O secretário municipal de Educação, por meio da Instrução Normativa 003, de 5 de janeiro de 2007, institui um processo de avaliação para professor alfabetizador e determina que, no final de cem dias, pelos menos 90% dos alunos da turma deverão ter construído a hipótese de escrita silábica como valor sonoro convencional e, no final de 200 dias letivos, pelo menos 90% dos alunos da turma deverão ter construído a escrita alfabética. Evidente que esse professor será observado por uma Comissão de Avaliação. Caso o professor não cumpra o que está escrito nessa instrução normativa, poderá ser afastado da sua função. Creio que, aos poucos ou de repente, a Secretaria de Educação do Estado desejará algo semelhante para os professores do ensino médio. Isso pode ser perigoso se outras medidas não forem apreciadas. Em breve, escreverei um artigo sobre isso. Por enquanto, fiquemos com a matéria do jornalista Josafá Batista, da TRIBUNA
De olho na eficácia dos programas de alfabetização nas escolas de ensino infantil, a Prefeitura de Rio Branco acaba de criar um procedimento para avaliar a eficácia dos professores em sala de aula. As novas medidas pretendem avaliar os professores a partir da aprendizagem dos alunos.Seis avaliadores, sendo quatro professores e dois integrantes da Divisão de Recursos Humanos da Secretaria Municipal de Educação (Seme), irão compor o quadro de avaliadores. As avaliações serão feitas duas vezes por ano, sendo o primeiro ao final dos cem dias letivos e o segundo a partir do 200 dias.
“Além da avaliação a partir dos alunos, o professor terá ainda que se inscrever e participar de um curso de certificação oferecido pela secretaria, com freqüência mínima de 95% da carga horária total e aproveitamento mínimo de 80% dos conteúdos. As medidas entram em vigor já neste ano”, explica o subsecretário municipal de Educação, Cláudio Ezequiel.
Ainda segundo a Seme, as avaliações pretendem melhorar a alfabetização nas escolas de ensino infantil e também incentivar os professores com melhores pontuações. O incentivo será sentido no bolso, garante Ezequiel. “Queremos selecionar e vamos pagar mais, só que vamos pagar mais para aos melhores”, revela.
Pelas novas regras, o professor será considerado aprovado quando pelo menos 90% dos alunos de sua turma conseguir uma escrita silábica com valor sonoro convencional. Esse, porém, é o primeiro exame, realizado ao final dos cem dias letivos.
No segundo exame, realizado no final dos 200 dias letivos, pelo menos 90% dos alunos da turma devem conseguir construir a escrita alfabética.
Professores que não conseguirem notas mínimas serão encaminhados à Comissão de Avaliação. De acordo com a Instrução Normativa 003/2007, que estabeleceu as regras da avaliação, eles terão uma “análise e avaliação de sua prática pedagógica, podendo ser afastado da função”.