quarta-feira, maio 21, 2008

Para ver e ouvir



O professor Luís Carlos, de Literatura e de Língua Portuguesa, criou um vídeo simples e sensível para mostrar que desejamos mudar o mundo a partir da escola. Não se trata de uma propaganda de uma gestão, mas de uma verdade de um grupo de funcionários que comprou briga sem troco.

Certa vez, quando levei meus alunos para assistirem a um filme na filmoteca do centro de Rio Branco, observei que muitos não usavam o uniforme. Foi quando uma aluna me disse que os alunos tinham vergonha de usar a camisa da Escola Heloísa Mourão Marques.

Eles tinham seus motivos. Gestores ausentes. Gestores que não colocaram limites. Gestores que não trocaram idéias com professores. Gestores que falaram uma coisa e fizeram outra. Gestores que deixaram a escola inadimplente. Gestores que deixaram a escola suja. Gestores indiferentes a transformações. Gestores que receberam muito bem no final de mês para ser incompetentes.

Para a professora Osmarina ser gestora, acredite, foi uma longa caminhada. Perseguições, injustiças, mas é preciso sonhar para ser um pesadelo na vida de gestores arbitrários. Contra isso, elegemos, com muita engenharia, a professora Osmarina, queríamos ordem, disciplina, procedimentos justos, cobranças éticas. Queremos mudar o mundo (de alunos) a partir de uma escola que saiba cobrar e que saiba ser cobrada.

Falta muito ainda. Realizamos pouco. Só não pode faltar esse desejo de melhorar a vida de jovens por meio do saber para que eles não tenham, por exemplo, vergonha do uniforme de sua própria escola.

Luz & Sombra












Há momentos em que o fotógrafo é feliz quando registra o instante. Nessa foto de Selmo Melo, o contraste entre Luz & Sombra.

No pronto-socorro de Rio Branco, Acre, em um banco de madeira, uma pessoa doente (?) recebe a luz do céu enquanto no corredor predomina a sombra.

Ex-aluno

Olívio Botelho disse...
Belo gesto de como fazer uma boa gestão escolar. Uma pena que coisas como essas não existiam quando lá estudei. Talvez se os educadores tivessem feito isso em minha época, teríamos tido muito mais alunos empolgados, com gana para ascender intelectualmente. Hoje, conto pouquíssimos colegas de HMM que hoje são acadêmicos da UFAC ou mesmo de outra Instituição, o mais lamentável é que via ali uma gama de alunos que tinha tudo para brilhar e, de repente, estagnou. Não sei se por culpa deles ou do Estado, que não insistiu incentivando-os. Só sei que hoje vi pessoas que poderiam estar tranquilamente dividindo sala comigo na UFAC tendo que contentar-se com as migalhas que o destino lhes oferece. Parabenizo à escola pelo feito, contudo, lamento por não ter visto atitudes como essa. Pelo jeito, finalmente existe uma diretoria lá agora. Mais uma vez, parabéns!