Durante os anos lecionados na escola estadual Heloísa Mourão Marques, no Acre, entrei em sala com "sejam bem-vindos ao inferno".
Pais evangélicos, crentes ou protestantes crucificaram-me. A palavra "inferno", propriedade da igreja, jamais poderia ser usada como recepção.
Muitas vezes, fui conduzido à direção escolar.
Vendo isso hoje, percebo a fraqueza da instituição escola diante de pessoas que são educadas por pastores. Os livros na escola não têm importância quando as páginas da Bíblia são abertas nos cultos pelos incultos.
No Acre e em muitos lugares do Brasil, são as igrejas que ensinam a palavra, cabendo à escola a entrega do diploma.
Passamos quatro anos na faculdade e dedicamos boa parte do tempo aos livros para, na escola, lugar das ideias, um professor valer menos do que um pastor inculto, fanático e intolerante, que diz, a fiéis mais incultos, mais fanáticos e mais intolerantes, que "inferno" é o lugar do diabo, que este possui chifre, cauda.
Se pastores ignorantes pregam a palavra de Deus conforme sua escolaridade e condição social, se esses pastores interpretam a palavra segundo a tolice dos superficiais, por que na escola, por meio das disciplinas história, literatura e filosofia, a Bíblia não pode ser lida e interpretada?
Penso que a temática "homossexualismo" deveria passar por essas disciplinas, porque a igreja, segundo pastores intolerantes, usa a Bíblia para disseminar a violência (semântica).
Em 2012, 338 foram assassinados. Em 2011, 266. Em 2005, 81 homossexuais perderam a vida por causa de uma intolerância iniciada também nas igrejas evangélicas.
Imagino uma escola pública em que alunos lerão uma bela obra literária de Oscar Wilde (homossexual) e conhecerão sua vida por meio da literatura.
Na aula de história, por sua vez, estudarão o período vitoriano, época de Oscar Wilde.
E a filosofia? Os alunos estudarão conceitos, por exemplo, religiosidade, ética.
Depois, no final do semestre, um filme autoral para os alunos lerem os conceitos nas imagens.
Mas não terminei: para as três disciplinas, um livro escrito por um religioso culto e reconhecido por sua obra, por exemplo, o padre Daniel A. Helminiak.
Jovens deveriam aprender palavras em boas escolas públicas, não em igrejas incultas.
Mas o contrário se reproduz como capim no pasto. Sejam bem-vindos ao inferno (da ignorância)
Pais evangélicos, crentes ou protestantes crucificaram-me. A palavra "inferno", propriedade da igreja, jamais poderia ser usada como recepção.
Muitas vezes, fui conduzido à direção escolar.
Vendo isso hoje, percebo a fraqueza da instituição escola diante de pessoas que são educadas por pastores. Os livros na escola não têm importância quando as páginas da Bíblia são abertas nos cultos pelos incultos.
No Acre e em muitos lugares do Brasil, são as igrejas que ensinam a palavra, cabendo à escola a entrega do diploma.
Passamos quatro anos na faculdade e dedicamos boa parte do tempo aos livros para, na escola, lugar das ideias, um professor valer menos do que um pastor inculto, fanático e intolerante, que diz, a fiéis mais incultos, mais fanáticos e mais intolerantes, que "inferno" é o lugar do diabo, que este possui chifre, cauda.
Se pastores ignorantes pregam a palavra de Deus conforme sua escolaridade e condição social, se esses pastores interpretam a palavra segundo a tolice dos superficiais, por que na escola, por meio das disciplinas história, literatura e filosofia, a Bíblia não pode ser lida e interpretada?
Penso que a temática "homossexualismo" deveria passar por essas disciplinas, porque a igreja, segundo pastores intolerantes, usa a Bíblia para disseminar a violência (semântica).
Em 2012, 338 foram assassinados. Em 2011, 266. Em 2005, 81 homossexuais perderam a vida por causa de uma intolerância iniciada também nas igrejas evangélicas.
Imagino uma escola pública em que alunos lerão uma bela obra literária de Oscar Wilde (homossexual) e conhecerão sua vida por meio da literatura.
Na aula de história, por sua vez, estudarão o período vitoriano, época de Oscar Wilde.
E a filosofia? Os alunos estudarão conceitos, por exemplo, religiosidade, ética.
Depois, no final do semestre, um filme autoral para os alunos lerem os conceitos nas imagens.
Mas não terminei: para as três disciplinas, um livro escrito por um religioso culto e reconhecido por sua obra, por exemplo, o padre Daniel A. Helminiak.
Jovens deveriam aprender palavras em boas escolas públicas, não em igrejas incultas.
Mas o contrário se reproduz como capim no pasto. Sejam bem-vindos ao inferno (da ignorância)