Quando meus pés pisaram o Acre em 1992 pela primeira vez, logo observei que faltavam calçadas na capital e praças com brinquedos para as crianças. A ordem pública ignorava os pedestres e esquecia-se da inocência.
No passado? Crianças, ainda, continuam à margem, por exemplo, Thaísa, de 10 anos, e Fábio, de 8 anos, seu irmão. Elas são crianças terminais.
Trabalham no terminal urbano de Rio Branco como vendedores de doces com seus seus rostos desfigurados pela amargura da vida.
A mãe recebe menos de um salário mínimo por mês, também, como vendedora de doces. "Preciso ajudar a minha mãe", disse a menina, magra e triste. Thaísa freqüenta a escola, a 3a série. No banco, os dois, a foto registrou a hora do expediente infantil: 21h09. Prender a mãe? Não. É preciso libertar o mundo infantil. Chamem o Ministério Público.