terça-feira, abril 01, 2008
Marcelo Tas
mas no CQC,
da
Bandeirante.
Quem sabe, meu caro, cria. Quem não sabe, meu caro, reproduz, copia. Jornalismo que muitos não compreendem.
Henrique Afonso e o homossexualismo
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Admiro muito a postura não do petista, mas do pastor Henrique Afonso. Por um lado, ele tem razão quando afirma, com outras palavras, que o sagrado deve ser preservado. E há uma tendência em curso que deseja violar o sagrado.
Isso ocorreu, por exemplo, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro. Asssiti a manifestações artísticas de homossexuais e, em uma delas, havia, na condição de arte, um crucifixo em formato de pênis. A Igreja indignou-se. O ministro da Cultura, Gilberto Gil, defendeu a liberdade de expressão.
Em outro caso, em Israel, a parada gay quis desfilar por Jerusalém, pelos caminhos por que Jesus passou com a cruz. O Estado de Israel colocou policiais nas ruas e proibiu.
Por outro lado, há homossexuais sóbrios, lúcidos, pessoas com um caráter exemplar. Inteligentes, cultos, vivem sua sexualidade sem haver o exibicionismo do corpo, sem haver o excesso no espaço público.
Mário de Andrade foi homossexual. Foucault. Barthes. Oscar Wilde. A lista é imensa, mas uma lista nenhum pouco vulgar, chula - homossexuais que souberam separar o profano do sagrado.
Ex-aluno do vereador Márcio Batista
O autor que teceu críticas ao vereador Márcio Batista, seu ex-aluno, é Francisco Rodrigues Pedrosa. Sobre ele, escreverei após seu texto.
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A PONTE ESTAVA QUEBRADA
O ano de 1996 foi marcado por algumas ironias e tragédia no Brasil. No futebol, o país se desencantava com uma Seleção de craques carregados de dólares, mas desprovida de força e coragem para bater uma sorridente e simples Nigéria. O sonho olímpico virou pesadelo. Na política, o plano real dividia a audiência com o ET de Varginha. Ninguém sabia ao certo qual dos dois era mais confiável.
Na sociedade, amargávamos um triste desfile de violência e corrupção que tinha o Rio de Janeiro como modelo, um perfeito “abre alas” guiado e guiando o país inteiro ao caos. O Cristo teimava em não erguer os braços.
Na educação, um rapaz da escola Heloísa Mourão Marques concluía o antigo “segundo grau”, desorientado e perguntando se servia para ele a frase do Raul Seixas: “por que foi tao fácil conseguir e agora eu me pergunto e daí?”.
Eram tempos escuros. Concluí o “ano” tendo três professores de Matemática, três de Física e dois de Química. As notas dos bimestres foram obtidas com trabalhos que tinha como “competências e habilidades” estimular a compreensão e o raciocínio do aluno. O magistério já era um mero “bico” para o chope do fim de semana.
A fraqueza teórica e pedagógica era a marca de um ensino público pobre e descompromissado. Faculdade, vestibular, curso superior ou qualquer palavra desse feitio eram desconhecidos pela grande maioria dos alunos.
Confesso por tudo que é mais sagrado no mundo que não me lembro de ter ouvido de algum professor que existia vida fora do planeta escola. Nenhuma orientação, nenhuma voz que ajudasse um grupo de indecisos a entender os caminhos do mundo. Éramos convencidos a repetir o famigerado jargão: “já tenho o seguindo grau completo”.
Da turma que saí, fui uma das poucas exceções a chegar a uma faculdade pública. Cursei História. Dois motivos me levaram a isso: o primeiro o amor eterno que tenho por essa disciplina; o segundo porque sabia das minhas enormes limitações escolares advindas da má formação que tive e da minha conseqüente irresponsabilidade.
Hoje, percebo o quanto as coisas mudaram, ao ver o HMM preocupado em fornecer subsídios para os alunos que almejam um curso superior, oferecendo um pré-vestibular noturno de qualidade. Agora temos mais professores compromissados com o futuro de seus alunos que não tem medo de expor quem é e o que sabe.
Ampliamos aquela frase da Secretaria de Educação, tão repetida naquelas reuniões agonizantes que ocorriam na escola aos sábados; “a escola deve preparar o aluno para a vida”.
Fazer uma faculdade faz parte da vida da pessoa, concurso público, também. Fugir do imediatismo barato não é privar o aluno de suas necessidades mais prementes. Precisamos correr! As estatísticas mostram o tamanho do hiato entre o ensino publico e o privado. A escola está no caminho certo. Uma nova geração de educadores junta-se àqueles que, há tempos, identificaram que a ponte estava quebrada.
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FRANCISCO RODRIGUES PEDROSA é formado em História e formando em Direito pela UFAC. O resto, meu velho, você sabe. Ah! por favor, se puder, dê uma olhada nos erros da língua que me pariu. Valeu, Aldo, um abraço!
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Gosto da amizade entre mim e Francisco, porque o cara incomoda. Trata-se de um acreano que sabe criticar, que sabe tecer autocrítica. Cabra muito bom.