Quando leio um romance para meus alunos, busco sempre o teatro da escola, porque, além dos ares-condicionados, pulsa o silêncio prefeito para a leitura. A leitura, sagrada.
Assim, às quartas-feiras, lemos Werther, de Goethe. Verbos são marcados. Pronomes, observados. Relação entre termos, analisada. Além disso, conceitos e palavras compõem valores românticos por meio de uma narração-carta.
Um estudo, portanto, sistemático, uma leitura que exige concentração. Alguns burocratas da educação dirão que isso é chato, que a aula dessa forma faz o aluno dormir. É preciso possibilitar uma aula prazerosa.
Burocratas não lêem romances. Nunca abriram um livro. Nem sempre saber confunde-se com sabor. Ler é chato. Faz a gente dormir.