Conforme
o Currículo Mínimo: Instrumentos do Pensar Filosófico
- Apropriar-se de princípios e de alguns dos instrumentos da lógica para o pensar filosófico; e
- Desenvolver o raciocínio lógico e a argumentação.
DO LÓGOS AOS PRINCÍPIOS DA LÓGICA
I. Razão e Fé na Idade Média: Patrística (do século II ao século VIII)
1. Precursor da Patrística:
a. Fílon de Alexandria ou Fílon Judeu (23 a.C-41 d.C): 1) toma da Estoá o conceito de Lógos e toma de Platão a estrutura do mundo suprassensível e o mundo das Ideias.
2. Patrística Apostólica: .
a. Clemente de Roma, discípulo de Pedro, ele não tem preocupação com a filosofia e seu olhar é para dentro;
- Apropriar-se de princípios e de alguns dos instrumentos da lógica para o pensar filosófico; e
- Desenvolver o raciocínio lógico e a argumentação.
DO LÓGOS AOS PRINCÍPIOS DA LÓGICA
I. Razão e Fé na Idade Média: Patrística (do século II ao século VIII)
1. Precursor da Patrística:
a. Fílon de Alexandria ou Fílon Judeu (23 a.C-41 d.C): 1) toma da Estoá o conceito de Lógos e toma de Platão a estrutura do mundo suprassensível e o mundo das Ideias.
2. Patrística Apostólica: .
a. Clemente de Roma, discípulo de Pedro, ele não tem preocupação com a filosofia e seu olhar é para dentro;
3. Filosofia Patrística Apologista ou Apologeta Helênica ou Filosofia Helênico-Patrística:
a. Os textos dos apologetas eram conforme as letras jurídicas, ou seja, suas obras defendiam os imperadores romanos o reconhecimento do direito legal dos cristãos à existência em um império oficialmente pagão;
b. São Justino (100-165), o mais destacado, filósofo e mártir: 1) segundo ele, a filosofia “era o que nos conduz a Deus e a ele nos une”; 2) ele une filosofia e fé; 3) se admitirmos que Deus revelou a verdade aos homens apenas por meio de Cristo, então os que nasceram antes de Cristo não foram culpados de tê-la ignorado; 4) Justino vai a são João, que diz “todo gênero humano participa do Verbo”; 5) então, existe uma revelação universal do Verbo divino antes do Verbo se fazer carne; 6) Justino vai aos estoicos para afirmar que existe uma “razão seminal” (Lógos);
c. Taciano (120-180), discípulo de Justino, é contra a filosofia;
d. Escola de Alexandria: Clemente de Alexandria (150-215), de origem grega, ele representa o que há de mais original na literatura patrística e foi discípulo de Panteno de Sicília (falecido em 200): 1) a filosofia não é obra do mal, mas é um bem de Deus, pois a filosofia aprofunda o sentido da fé; 2) o Verbo assume as funções de um pedagogo para estabelecer limites; e
e. Orígenes (185-253), discípulo de Clemente de Alexandria: 1) influenciado pela noção estoica de Lógos, que é a ordem racional do mundo, ou seja, o Lógos é força de unidade na dispersão (grego); 2) no entanto, para Orígenes, o Lógos também não é grego, ao dizer que é princípio ativo que dirige o mundo, mas o mundo judaico-cristão; 3) o Lógos se faz o princípio divino que vive nos homens, divinizando-os; 4) Jesus é o Lógos, ou seja, é tempo imanente e transcendência, eis a fonte das duas naturezas de Jesus.
LÓGOS:
lei, assim como
ler, vem de legĕre, de raiz leg, também sob a forma lig-, cujo particípio é lectus, de radical lec.t-, transformadas em português em l(e)-, lh(e)-, le.ç- ou
lei.t. Da mesma origem, lei e ler, portanto, encontram-se em colheita. Contudo, antes de separar o grão
ruim do grão que é bom, o ato de selecionar está submetido a tudo que envolve o
ciclo da terra, a natureza (physis,
movimento).
1. “Heráclito,
fragmentos contextualizado”,
tradução, estudo e comentários de Alexandre Costa: 1) “Ouvindo não a mim, mas ao logos,
é sábio concordar ser tudo-um” ou aparente-inaparente; 2) se ouve o “eu”, dá
ouvidos ao mundo enganoso de suas falsas impressões e ao bulício da
idiossincrasia; 3) ouvir o logos é concordar com ele, obedecer,
acatar o que ele diz e mostra é ser sábio para perceber que o Lógos é ser tudo-um; 4) a escuta determina a fala, que diz a
mútua necessidade entre divergência e concordância, o que Heráclito designa
como harmonia; 5) o Lógos mantém a unidade, a multiplicidade
e a tensão entre elas, fazendo concordar o que discorda;
2. “Estoicismo, Ceticismo e Ecletismo”, de Giovanni Reale: 1) o Lógos é princípio da verdade (com suas leis do pensar, do conhecer e do falar) na lógica, é princípio criador (como princípio ontológico) do cosmo na física, é princípio normativo na ética ou princípio que determina o sentido das coisas, ou seja, o fim e o dever-ser do homem, que é objeto da ética; 2) a essência do Lógos não se esgota no conhecer e no falar; 3) princípio espiritual que dá forma a todo universo e a todo homem; 4) a lógica é método, é o esqueleto, é a casca do ovo; 5) o Deus dos estoicos, que é Physis (faz tudo nascer, crescer e ser), é também Lógos, vale dizer, princípio de inteligência, de racionalidade e de espiritualidade; 6) O Deus estoico, à medida que se identifica com a natureza, não pode ser pessoal; mas, depois, isso se transforma; e
2. “Estoicismo, Ceticismo e Ecletismo”, de Giovanni Reale: 1) o Lógos é princípio da verdade (com suas leis do pensar, do conhecer e do falar) na lógica, é princípio criador (como princípio ontológico) do cosmo na física, é princípio normativo na ética ou princípio que determina o sentido das coisas, ou seja, o fim e o dever-ser do homem, que é objeto da ética; 2) a essência do Lógos não se esgota no conhecer e no falar; 3) princípio espiritual que dá forma a todo universo e a todo homem; 4) a lógica é método, é o esqueleto, é a casca do ovo; 5) o Deus dos estoicos, que é Physis (faz tudo nascer, crescer e ser), é também Lógos, vale dizer, princípio de inteligência, de racionalidade e de espiritualidade; 6) O Deus estoico, à medida que se identifica com a natureza, não pode ser pessoal; mas, depois, isso se transforma; e
3. “Os assassinos do sol”, de Marcio Tavares d’Amaral: 1) Paulo, judeu-helenístico, é responsável pela helenização do cristianismo: penetração dos logos de Jesus no mundo greco-romano e sua difusão através da língua grega; 2) “Logos nós traduzimos depois apenas por pensamento, razão – e não é pouco, mas é menos. O dizer da palavra logos tinha ainda, em Heráclito, uma grande potência de instauração, contenção em limites, de dis-posição, recolha de “tudo o que é”.