Por quase 20 minutos, assisti a uma partida, porém não vi os jogadores porque fiquei interessado pelas arquibancadas vazias. Onde estavam os torcedores do Rio Branco? E os do Nauas? Jogos sem torcidas, ou seja, arrecadação que não paga a iluminação do Arena da Floresta.
Quem paga? O dinheiro público, isto é, o contribuinte. Segundo informação de três jornalistas esportivos, com jogo ou sem jogo, o governo do Estado retira do contribuinte R$ 60 mil por mês para manter o Arena da Floresta. Em um ano, R$ 720 mil. Não custa repetir: vazio, o Arena vale por mês R$ 60 mil para ser sustentado pelo dinheiro público.

Na foto de Debora Mangrich, a miséria de quem torce fora do Arena por justiça social rápida como a jogada de um atacante.

Nesta outra foto de Debora Mangrich, o menino brinca com um pneu porque furtaram sua bola de futebol. Seu sonho, como o de muitos meninos, é ser jogador. Um dia, ele jogará no Arena pelo Rio Branco contra o Juventus diante de uma arquibancada vazia.
Depois, o craque será vendido para um grande time do Rio de Janeiro ou de São Paulo. Como é importante o dinheiro público ser aplicado em prioridades sociais.
Café Filosófico, agora eu entendo, não é prioridade.