sexta-feira, julho 21, 2006

A gEneralizÇão

Após dois encontros, apresentei os problemas mais comuns nas introduções dos vestibulando do Ideal. Entre 12 textos, destaquei este problema: a generalização.
Maria Teresa Serafini, em seu livro Como escrever textos, na página 62, escreve que "um dos problemas mais comuns nos textos estudantis é o excesso de generalização".
Em outro parágrafo, a autora afirma que "um princípio básico para evitar muita generalização consiste em mostrar em vez de declarar". Bem, sobre isso, o padre Antônio Vieira escreveu no século 17, no Sermão da Sexagésima.

Romeu & Julieta


Não adianta inventar "caricatura de teatro" na escola para a leitura ser prazerosa, porque, antes, os alunos precisam ler em sala de aula.
E ler é muito chato, exige concentração, disciplina. Após três meses, concluí a leitura de Romeu e Julieta, de William Shakespeare (1564-1616).
Ler como faço em minha casa - ir ao dicionário, compreender, interpretar. Ler exige disciplina, por exemplo, a disciplina do silêncio... nem sempre encontrada em uma escola.
A aula de leitura não pode se reduzir à literatura brasileira, por isso a tragédia inglesa. Passei a temática amorosa do século 16 para mostrar uma obra literária que serviu de base ao romantismo do século 18, realimentando, assim, as aulas de Literatura sobre Romantismo.
O quanto se torna árdua a leitura em sala, desconforto. Tudo na escola desestimula a ler. Hoje, havia oito sobreviventes. Eu leio em sala desde quando as aulas iniciaram-se.
Além disso, marquei aspectos gramaticais no texto, como colocação pronominal e uso da vírgula. A gramática ocorre na leitura, em uma obra universal.
Na próxima semana, apresentarei uma leitura sobre a tragédia e sobre o amor de Romeu e de Julieta. Depois, haverá um teste objetivo.
Feito isso, os alunos assistirão ao filme no Teatro Hélio Melo, na seguna semana de agosto. O texto cinematográfico, claro, do diretor Franco Zefireli.
Depois, em agosto, a prova dissertativa.

quinta-feira, julho 20, 2006

Texto Dissertativo


Para quem deseja a Universidade Federal do Acre, sabe que o texto dissertativo pode introduzir o aluno em um novo desenvolvimento de sua vida.
Pensando nisso, sugiro que leia o padre Antônio Vieira a fim de perceber sua beleza dissertativa.
Como exemplo, destaco aqui uma introdução do Sermão da Sexagésima.
"Mas como um Pregador há tantas qualidades, e em uma pregação tantas leis, e os Pregadores podem ser culpados em todas, em qual consistirá esta culpa? No Pregador podem-se considerar cinco circunstâncias: a Pessoa, a Ciência, a Matéria, o Estilo, a Voz. A pessoa que é, a ciência que tem, a matéria que trata, o estilo que segue, a voz com que fala. Todas estas circunstâncias temos no Evangelho. Vamo-las examinando uma por uma, e buscando esta causa."
Repare que, na introdução, o autor apresenta cinco circunstâncias e desenvolverá sobre cada uma delas em cada desenvolvimento. Ele só desenvolverá o que foi deixado na introdução.
No caso da dissertação escolar, eu digo para escrever dois desenvolvimentos, cada um entre 10 e 12 linhas.
Se fossem duas circunstâncias na introdução, desenvolveria uma no primeiro desenvolvimento; e a outra, no segundo desenvolvimento.
Algo simples; os alunos, entretanto, erram muito.

Eleição

A professora Lúcia é diretora da escola Heloísa Mourão Marques como interventora há três meses e, nesse período, alterou um pouco a imagem escolar.
Em 18 de julho, houve eleição para diretor, e ela, em pouco tempo, conseguiu um resultado muito bom nas urnas, ganhando com 61.02% dos votos.
O professor Marlon obteve 25.03%.
A professora Nádia, que foi coordenadora de ensino por dois anos, chegou a 12.15% dos votos.
A professores Lúcia obteve 98 votos entre professores e funcionários e 435 entre pais e alunos.
O professor Marlon conseguiu 11 votos entre professores e funcionários e 386 entre pais e alunos.
A professora Nádia chegou a 21 votos entre professores e funcionários e 77 votos entre pais e alunos.

sexta-feira, julho 14, 2006

Texto em uma Escola Pública

Na escola Heloísa Mourão Marques, até hoje, não se consolidou um trabalho semelhante de produção textual entre os professores da área.
Falamos várias línguas. É cada um por si.
Em reuniões - muitas, infecundas -, sempre exponho a idéia sobre a necessidade de haver aos sábados o encontro pedagógico, dividido em dois conselhos: o de Turma e o de Disciplina.
Sem esperar, os professores de Literatura e de Língua Portuguesa, do turno da manhã, têm se reunido para "formar um rosto" dessas duas disciplinas na escola.
Amanhã, às 7h30, haverá a quarta reunião.

terça-feira, julho 04, 2006

VerBo InForMar


Sobre a regência do verbo informar, admitem-se estas duas construções: 1) informei ao gerente as últimas decisões e 2) informei os gerentes das últimas decisões.

segunda-feira, julho 03, 2006

LínguA NA LiteraturA




No sábado, 1º de julho, quatro professores das disciplinas Língua Portuguesa e Literatura reuniram-se para traçar uma prática interligada na escola Heloísa Mourão Marques.
Como eu digo sempre nas reuniões, em uma escola, não há o trabalho do professor Luís Carlos ou da professora Maria Célia, mas o trabalho do corpo docente das disciplinas Língua Portuguesa e Literatura.
Na escola, professores da mesma área não se encontram, jamais dialogam sobre seus limites e sobre outras possibilidades, dependendo, sempre, da compreensão do coordenador de ensino para promover encontros entre as áreas.
Nesse sábado, então, concluímos uma parte sobre Literatura. Houve um consenso: das oito aulas por semana, duas serão dedicadas à leitura em sala de aula a partir do segundo semestre.
No primeiro ano do ensino médio, os alunos lerão Dom Casmurro, de Machado de Assim; no segundo ano, lerão Admirável mundo novo, de Aldous Huxley; e, no terceiro ano, Inocência, de Visconde de Taunay.
O primeiro romance, segundo José Guilherme Merquior, é impressionista. O segundo, expõe um realismo para muito além do século 19. O terceiro, romântico.
Concluída a leitura, um filme. Para Dom Casmurro, o filme Dom; para Admirável mundo novo, Matrix; e, para Inocência, o filme Inocência ou Titanic.
Um ponto de interseção entre os três: o feminino. Aceitamos uma temática comum durante um período na escola para, depois, buscar outra temática.

No próximo encontro, detalharemos mais sobre os três livros e apresentaremos ensaios sobre o gênero feminino.

Paulo Caruso, do Jornal do Brasil (RJ)




Ronaldo Gaúcho, R$ 160 mil por dia.

Zagalo, R$ 500 mil por palestra.

Maria da Silva da Cruz, R$ 350 por mês.




Angeli, da Folha de São Paulo


Há dois chargistas neste Brasil que me seduzem: Ique, do JB; e Angeli, da Folha de São Paulo.
Quando estive no Rio de Janeiro, no final de 2005, revendo minha família, tive o prazer de ver o Ique na estação do metrô da Carioca expondo seu trabalho.
No Acre, é proibido rir do poder.

sábado, julho 01, 2006

Até 2010!

Tributo ao Parreira

Telê perdeu em 82 e em 86. Parreira perdeu em 2006.

Lembramo-nos sempre de Telê, porque, se não houve a vitória, ele deixou a arte do futebol.

De Chico Caruso, o galo contra o burro.

Brasil e França: 13 Letras (4)




Volte, Felipão!!!

Brasil e França: 13 Letras (3)



Além ser o maior jogador de todos os tempos, Pelé agora é vidente: "Estou com uma intuição de que o Brasil irá perder para a França."

Também, com Parreira e Zagalo, o futuro é previsível, porque, nesse caso, duas cabeças não pensam melhor do que uma, qual seja: a cabeça do Felipão.

Um brinde a Portugal!!!

Brasil e França: 13 Letras (2)


Espero nunca mais ver o Parreira na seleção brasileira. "Espetáculo é vencer", disse.
No entanto, quando se perde mais uma vez contra os franceses, deveria, pelos menos, ficar na memória dos brasileiros o espetáculo.
Contra a França, nem isso. Contra a Itália em 94, nem isso. Como técnico, ele nega o futebol-arte.
O rostinho de Parreira lembra as feições de Quico. Em uma pesquisa do UOL, 79,85% dos brasieliros culpam Quico por suas besteiras.
Adeus, Parreira!!!

Brasil e França: 13 Letras (1)



Zagalo é conhecido pela mística do 13. Pois bem, Brasil e França totalizam 13 letras.
Nunca precisamos de um místico, mas de um ótimo treinador.
Em 70, Zagalo ganhou a Copa, porque Saldanha tinha armado a seleção. Ele pegou tudo pronto.
Na Copa de 74, Zagalo fica em quarto lugar.
Depois, o místico reaparece na Copa de 94 como auxiliar dele, Carlos Alberto Parreira.
Zagalo ganha com a seleção jogando mal. Por isso, fomos para os pênaltis. Baggio chutou para fora e levamos o quarto título.
Em 98, ganhamos nos penâlti contra a Holanda com o "vai que é tua, Tafarell". E assim, por meio da penalidade máxima, jogamos contra os franceses, lembra? No jogo jogado, sem os pênaltis de 94, perdemos por 3 a 0.
Hoje, contra os franceses, no jogo jogado, perdemos com a mística de um auxiliar técnico: Brasil e França: 13 letras. Futebol não é misticismo. Futebol é o que Zagalo não faz o que um Felipão faz.