Escrita aos 21 anos para a minha primeira namorada, Ana Maria, esta poesia não brutaliza a vida, pelo contrário.
Te amar
é navegar
no Galeão dos Loucos
e ter
como bússola
a própria loucura.
E te amo
nem muito e nem pouco
apenas o suficiente
para aprender a envelhecer contigo,
buscando as eternas conquistas
que outros navegantes não tiveram,
pois não foram loucos o bastante
a ponto de dizerem como Eu
que você está em mim
como a morte está na vida.
E que seja ela,
a morte,
o limite do Galeão dos Loucos,
que é naufragar
no Oceano Moreno
de teu...
sereno corpo
Naufrágio Insano
Aldo Nascimento