Nada é tão bom que não precise de transformações. Mas, quando é ruim, muito menos precisa ficar como está.
A imprensa, nos últimos oito anos, por causa de alguns jornalistas, só escreveu para adular o poder como se não existisse uma sociedade para ser transformada. A adulação, rebento deformado dos tolos, obstrui veredas e varadouros para novas possibilidades.
O tempo exige outros jornalistas, outros textos, outra forma de expor a realidade. Repetir com o governador Binho o que ocorreu com o governador Jorge Viana significa parar no tempo. A sociedade, a parte que lê jornais, perde com essa paralisia. Por que o futuro governo não incentiva a criação de jornais escolares? Por que os jornais não publicam matérias propositivas sobre a educação e a saúde, por exemplo? Por que a crítica ética e inteligente é impossível? Tenho aversão aos aduladores e aos panfletários, tipo de gente que desqualifica a democracia. Nosso jornalismo precisa pensar o Acre a fim de que não seja pensado pelo poder.