sábado, julho 07, 2007

TexTo de BloGuistA


Um bloguista comenta sobre a escola Heloísa Mourão Marques, pública.

Devo salientar que exponho a escola neste blog para que possamos criticar e propor saída para uma unidade escolar que não tem como virtude a qualidade de ensino, porque os dados do MEC apontam números negativos. Heloísa Mourão vive de alguns professores dedicados e inquietos.

A escola estadual Heloísa Mourão Marques, neste blog, não recebe a roupagem de propagandas políticas e muito menos o narcisismo de quem só contempla aparências.

Penso que os blogs são formas democráticas que podem servir para o bem da educação. Professores, de forma ética e sensível, deveriam ocupar esse espaço para que a escola pública tenha visibilidade.

Texto do bloguista José
Eu fragmentei


O problema, Aldo, é que a mesma dificuldade que nossos alunos têm de interpretar textos, é compartilhada por profissionais da escola.

A qualidade dos textos postados aqui estão acima da capacidade de leitura da maioria dos funcionários, que interpretam o que quiserem (ou são levados a acreditar por boatos).

Já encontrei pessoas IGNORANTES que leram sua postagem a respeito da gincana (que, aliás, está sendo divulgado a professores e alunos SEM a participação da gestão ou da coordenação de ensino), em que você elogia a área de matemática, e entenderam totalmente o oposto.

Infelizmente, até quem chegou a pouco tempo na escola já se deixou influenciar por comentários medíocres, e já anda falando nos bastidores a seu respeito. É deplorável. É triste. Deveria estar mostrando resultados no tocante ao ensino, e para isso deveria DIALOGAR com todos do corpo docente, inclusive, com os críticos.

E também parar de perder tempo com decisões arbitrárias que não levam em consideração o desenvolvimento da escola, apenas puro autoritarismo. Alguns dos itens que você citou como esquecidos pela gestão da escola são realizáveis, outros não creio. Mas aqueles que são, foram engavetados, sem perspectiva de que voltem à tona.

O problema da gestão é o de todo cargo eletivo: achar que, após eleito(a), pode subir em um panteão acima dos mortais (que o colocaram lá) e dar ordens deliberadamente, mesmo dando o mal exemplo de não cumprir seus horários e/ou obrigações.

Precisamos nos articular para, na próxima eleição para gestão da escola, não assumir outra pessoa que vai usufruir plenamente seu salário sem que a escola usufrua de bons resultados. Caso contrário, o prejudicado pela irresponsabilidade mais uma vez será o aluno
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Ótimas palavras, professor.

Há um erro no Estado, o problema é, também, política de gestão escolar. A lei que existe é insuficiente e ainda não é fiscalizada. Diretores não conseguem qualificar o ensino, porque o processo democrático é corrupto e burro e porque a Secretaria de Educação não exige metas.

O Sinteac nunca contribuiu para um debate sério sobre isso. O Sinplac, mais ainda. Naluh é professora e está deputada, mas não contribui para a discussão. Edvaldo é professor e está deputado, mas não contribui para a discussão. Moisés Diniz é professor e está deputado, mas não contribui para a discussão. Márcio Batista é professor e está vereador, mas não contribui para a discussão.

Será que eles pensam que está tudo bem na educação pública? Avançamos, mas, agora, estamos parados no sentido de promover debates sobre qualidade de ensino.

Para terminar, retomo suas palavras, professor, para dizer que um diretor ganha muito bem para dar muito pouco à sociedade. Até onde eu sei, um diretor de escola recebe um salário limpinho de R$ 3,9 mil. Por outro lado, escolas nem plano político pedagógico têm, por exemplo, a nossa.

Dizem que precisamos formar alunos críticos, pois bem, eu tive ótimos professores que ofertaram isso a mim. Sim, sou crítico e, além disso, proponho e faço.




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