quinta-feira, outubro 18, 2007

Um blog aberto a Cristina Maia


Um cometário infeliz sobre a minha pessoa obriga-me a escrever.

Professora de Língua Portuguesa e responsável pelo Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) na Secretaria de Educação do Estado do Acre, a servidora pública Cristina Maia declarou que sou "uma pessoa problemática".

É preciso ter muita calma nessa hora para não perder a postura de cavalheiro diante de uma dama. Prometo, serei elegante, semelhante a um esgremista que, com seu sabre, atinge a parte vital do adversário, no caso, o cérebro.

Um pessoa indicou-me a Cristina Maia para formular questões do Saeb e, como resposta, sentenciou que sou uma "pessoa problemática". Bem, na condição de funcionária do Estado, desqualificar outro funcionário do Estado não pode passar pela subjetividade. A administração estadual não pode avaliar segundo "o achar" ou "a opinião" de uma funcionária, sabemos, compentente e dedicada a qualificar o ensino da disciplina Língua Portuguesa.

Isso tem um nome bem chulo: queimação.

Leciono na rede estadual de ensino há dez anos e, até hoje, nunca fui avaliado pela Secretaria de Educação por meio, por exemplo, dos alunos. Em outras palavras, a secretaria e a funcionária Cristina Maia ignoram o meu ato de lecionar, minhas idéias, minhas relações com a escola pública, o que já fiz, o que não fiz.

Cristina Maia ignora, por meio de avaliações, de documentos, o trabalho de Aldo Antônio Tavares do Nascimento na sala de aula como professor de Literatura e de Língua Portuguesa. Ela já ouviu, isso sim, falar de mim. Uma representante do Saeb, no entanto, não pode desqualificar pelo fato de "ter ouvido falar de alguém". O Estado não julga segundo as "fofocas".

Viu a foto?

Acredito que a senhora Cristina Maia tenha chegado ao atual cargo da Secretaria da Educação por meio de um processo de avaliação, ou seja, seu trabalho nas escolas públicas ao longo dos anos ratificou sua função atual na Secretaria de Educação do Estado.

Não foram amigos partidários, antigas amizades e muito menos o nome de família que a colocaram onde está, mas, por meio de um procedimento institucional equânime e ético, repito, avaliação do corpo discente por meio de questionário, documentou-se que Cristina Maia não é "pessoa problemática". Tal procedimento representa o espírito republicano e não o espírito fisiológico.

"Problemático"!?!?!?

Cristina Maia, os cínicos, os indiferentes, os canalhas, os falsos, os fisiológicos, os incompetentes, os aduladores, esses sim, minha cara dama, esses sim, são problemáticos embora, reconheço, transitem livres e alegres pelos corredores, porque, ocultando o que são com seus joguinhos de aparência, recebem, que ironia!, o reconhecimento do que eles não são.

Minha cara, vós não sabeis quem sou.

Neste Acre, acredite, cultivadas há anos, tenho ótimas amizades, pessoas escolhidas a dedo. Para elas, nunca fui aparência. Para elas, a destreza de minhas palavras não dissumula. Somente os poucos podem saborear a lealdade de minhas palavras.

Vida longa aos que lutam sem duas caras por um Brasil e por uma Acre sempre melhor para os que precisam mais do que nós.

Um comentário:

Fora disse...

Aldo, meu caro, o senhor mora aqui há 20 anos, ou 15 - que é o que imagino ser a tempo certo, não se acostumou ainda a faladeira que é aqui? Por que acha que chamamo-nos Acre? Doce poucos são, e azedo muitos são, ainda mais desde a chegada duns bandos do sul. :/ É uma verdadeira infelicidade o povo querer apegar-se tanto ao nome do estado onde moram, querem fazer dele seu estado de espírito.


Caso ache mal escrito não publique, pois ando escrevendo muito mal ultimamente e não percebendo a desgraça.


AJ