sexta-feira, março 07, 2008

Sinjac e o gênero feminino

Nesses últimas dias, meus ouvidos permaneceram atentos às bocas das mulheres que administram o Sindicato dos(as) Jornalistas do Acre. Uma delas falou sobre a importância de haver um grupo de gênero no sindicato. Tudo muito superficial. Tudo muito lugar-comum. Clichê. Todo ano, em 8 de março, a banalização sobre o dia da mulher exposta por mulheres, por exemplo, de sindicatos, no caso, Sindicato dos Jornalistas.

O que representa uma mulher em uma redação de jornal? Não importa mulher jogar futebol se o jogo (social) é igual ao jogo do homem. A mulher pode ocupar espaços do homem, mas a forma como se joga é a mesma, ou seja, a forma é masculina. Mais uma vez: o que representa uma mulher ocupar espaço em uma redação de jornal?

Na TRIBUNA, há duas repórteres; elas, entretanto, reproduzem as formas masculinas na Redação, por exemplo, quando escrevem. Suas escritas submeteram-se à escrita masculina. O Sinjac, por meio de suas jornalistas, orbitam em torno do gênero, porque não percebem suas metáforas, suas representações aqui: na escrita.

Essa é uma questão essencial, porque a produção em uma Redação é matéria textual, escrita. Existe uma escrita feminina que as jornalistas do Sinjac ignoram. A essas virgens intelectuais, sugiro a leitura de Fronteiras contaminadas, de Rildo Cosson, editora UnB. Nessa tese de doutorado, elas poderão conhecer a escrita masculina para que percebam o quanto a reproduzem nos jornais.

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