Há alguns dias, um aluno leu em um jornal acreano “os povos Kaxinawá” e me perguntou se estava correto. “Se por acaso cair na redação do vestibular uma questão sobre indígenas, como devo escrever?”.
Bem, assim como jornalista não pode reproduzir a convenção gráfica da antropologia, um estudante não pode ir contra as regras gramaticais.
1. Nosso idioma obedece à Lei 5.765, de 18 de dezembro de 1971. Nela, as letras “k”, “w” e “y” deverão ser usadas em casos especiais. Nomes indígenas não são casos especiais. Por isso, não escrevemos “guarany”, “tupy”;
2. Não escrevemos “os povos Brasileiro”, mas “povo brasileiro”. Assim como “brasileiro”, “caxinauá” é adjetivo pátrio, concordando em grau, número e gênero como o substantivo “povos”; e
3. Coloca-se “caxinauá” em caixa-baixa, porque não é nome próprio.
Não falo mais no assunto.
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