Em minha casa, guardo com muito carinho processos que pessoas moveram contra mim. Para rir delas - e rio muito -, já fui processado por não lecionar gramática em sala de aula, por lecionar produção textual. Até ler Monteiro Lobato para alunos do ensino fundamental foi motivo de processo.
Na Universidade Federal do Acre, consta em um processo que eu lecionava "A República", de Platão, em Literatura Infanto-Juvenil, e isso, acredite, repito, foi motivo para eu ser processado .
O tempo... é preciso paciência para que o rosto das horas e dos dias revele seus traços serenos de verdade. É preciso esperar. No passado dessas folhas processuais até hoje, coleciono em meu álbum minutos, horas, dias, semanas, meses, anos.
À sombra das folhas mortas de outono, é preciso esperar sem jamais deixar de acolher na memória de minha história nomes que me traíram em páginas desses processos.
Como me esquecer de João de Carvalho? como me esquecer de Milton Chamarelli? esquecer-me de Vicente Serqueira, como? Não me esqueço desses nomes - há mais - como quem não se esquece do Deus, o do Velho Testamento.
Ainda permaneço muito vivo em sala de aula, e meus alunos, os mais dedicados, os mais interessados, os inquietos, os que incomodam a mediocridade, reconhecem a voracidade carinhosa de minhas aulas e a desobediência de minha paixão por lecionar. Deles, recebo o mais sincero respeito e admiração após 10 anos, após 15 anos.
Recentemente, a turma A, segundo ano do ensino médio da escola Heloísa Mourão Marques, criou uma festa para o corpo docente, e eu, em minha condição humana, não pude deixar de me emocionar diante de alunos inteligentes, esforçados, amorosos, inquietos. Mesmo os que não passaram, mesmo eles, creia-me, não deixaram de reconhecer a minha vontade de transformar suas vidas por meio da educação, da cultura, do saber.
Deus sabe o quanto desejo revê-los no futuro como adultos vitoriosos em suas profissões, e isso significa dizer servir suas profissões com paixão aos seus semelhantes, porque a essência do trabalho não se reduz a receber o salário no final do mês, porém transformar, para melhor, a vida do semelhante.
Fui teu professor para que tu nunca te esqueças de mim como obstáculo ultrapassado por seu esforço e por sua inteligência. Quem não me transpos, paciência, ainda não era a tua hora, o teu tempo.
Dois alunos passaram pelo obstáculo e deixaram estas palavras neste blogue.
Na Universidade Federal do Acre, consta em um processo que eu lecionava "A República", de Platão, em Literatura Infanto-Juvenil, e isso, acredite, repito, foi motivo para eu ser processado .
O tempo... é preciso paciência para que o rosto das horas e dos dias revele seus traços serenos de verdade. É preciso esperar. No passado dessas folhas processuais até hoje, coleciono em meu álbum minutos, horas, dias, semanas, meses, anos.
À sombra das folhas mortas de outono, é preciso esperar sem jamais deixar de acolher na memória de minha história nomes que me traíram em páginas desses processos.
Como me esquecer de João de Carvalho? como me esquecer de Milton Chamarelli? esquecer-me de Vicente Serqueira, como? Não me esqueço desses nomes - há mais - como quem não se esquece do Deus, o do Velho Testamento.
Ainda permaneço muito vivo em sala de aula, e meus alunos, os mais dedicados, os mais interessados, os inquietos, os que incomodam a mediocridade, reconhecem a voracidade carinhosa de minhas aulas e a desobediência de minha paixão por lecionar. Deles, recebo o mais sincero respeito e admiração após 10 anos, após 15 anos.
Recentemente, a turma A, segundo ano do ensino médio da escola Heloísa Mourão Marques, criou uma festa para o corpo docente, e eu, em minha condição humana, não pude deixar de me emocionar diante de alunos inteligentes, esforçados, amorosos, inquietos. Mesmo os que não passaram, mesmo eles, creia-me, não deixaram de reconhecer a minha vontade de transformar suas vidas por meio da educação, da cultura, do saber.
Deus sabe o quanto desejo revê-los no futuro como adultos vitoriosos em suas profissões, e isso significa dizer servir suas profissões com paixão aos seus semelhantes, porque a essência do trabalho não se reduz a receber o salário no final do mês, porém transformar, para melhor, a vida do semelhante.
Fui teu professor para que tu nunca te esqueças de mim como obstáculo ultrapassado por seu esforço e por sua inteligência. Quem não me transpos, paciência, ainda não era a tua hora, o teu tempo.
Dois alunos passaram pelo obstáculo e deixaram estas palavras neste blogue.
"Professor, como aluna, posso dizer que suas aulas são excelentes!!!. Outros professores de outras disciplinas até se questionam se o senhor, um homem tão rígido, tem um 'mel' que conquista os alunos! Bom seria se todos os professores utilizassem métodos assim, que, além de descontraírem, estimulam o aprendizado! Abraços!"
"Por isso que eu o admiro como professor, como pessoa. Sinto falta das tuas aulas. Um abraço!"
2 comentários:
Com certeza professor, nenhum de nós tivemos um professor tão esforçado em nos ensinar do que o senhor.
Digo e repito: "Por isso que eu o admiro como professor, como pessoa. Sinto falta das tuas aulas."
Você marcou nossas vidas com certeza.
Fostes o melhor professor que já tive!
Continue assim ;*
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