
No primeiro, suas palavras passearam pela floresta. Outra vez, Marina ratificou sua imagem de “protetora do meio ambiente” e, em nenhum momento, a mulher que nasceu em uma classe social pobre mostrou-se indignada com a miséria, com a exploração. No meio ambiente de Marina Silva, as injustiças sociais calaram-se na entrevista.
Pedi a Deus para a senadora falar dos desenganados, por isso esperei pelo segundo bloco. Ela, entretanto, usou o tempo caríssimo da televisão para falar dela mesma, da menina pobre que ajudou o pai a calcular a péla quando pesada. A menina Marina era hábil com os números. A senadora só não falou das oligarquias que sempre foram mais hábeis para trapacear nos cálculos.
Uma entrevista amena para entreter o público. Se eu quisesse assistir a uma provocação, a senadora Mariana Silva deveria estar diante de outro gordo, Antônio Abujamra (foto).
Mas quem saberia das habilidades matemáticas de uma menina se a audiência da TV Cultura é tão pequena?
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