Hoje, um calor que deputados e vereadores não sentem em seus gabinetes incomodou a leitura e a interpretação de uma belíssima poesia de Cruz e Sousa, "Grande Amor".
Grande amor, grande amor, grande mistério
que as nossas almas trêmulas enlaça...
Céu que nos beija, céu que nos abraça
num abismo de luz profundo e céreo.
Eterno espasmo de um desejo etéreo
e bálsamo dos bálsamos da graça,
chama secreta que nas almas passa
e deixa nelas um clarão sidéreo.
Cântico de anjos e de arcanjos vagos
junto às águas sonâmbulas de lagos,
sob as claras estrelas desprendido...
Selo perpétuo, puro e peregrino
que prende as almas num igual destino,
num beijo fecundado num gemido.
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Até a terceira estrofe, colocamos na ordem sintática direta, fomos ao dicionário, criamos imagens para as palavras e interpretamos os versos desse negro de Santa Catarina.
Um comentário:
Que saudade de suas aulas!
E que falta faz seu senso de humor implacável...
Abraço ;D
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