Fala-se tanto de o aluno ler na escola. Fala-se muito, "os alunos precisam ler". O que nasceu primeiro, o Livro ou o computador? A resposta, óbvio!, ele, "o Livro".
Embora seja muito mais antigo, muito mais velho que a máquina, o Livro, essa entidade espiritual rara entre estudantes, jamais foi destinado a ele uma sala [confortável] de leitura.
Não há sala de leitura nas escolas estaduais do Acre; porém, mesmo surgindo no mundo séculos depois, ao computador, reservaram-se salas e mais salas, todas climatizadas. A tecnologia tem lá suas suas vantagens sobre coisas antigas, velhas, seculares.
Leio para meus alunos há anos, desde 1990, quando comecei na escola Souza Marques, em Madureira, Rio de Janeiro. No Acre, de uma forma ou de outra, o ato da leitura, até hoje, é difícil por causa de uma realidade escolar oposta à leitura em sala.
Hoje, na escola Heloísa Mourão Marques, sem domínio de sala, um profissional da educação permitiu que alunos exercem o "direito" de incomodar minha aula com gritos, com falatórios. Eu lia "O Deserto dos Tártaros".
Sala quente, sem ar-condicionado, ruídos pelo corredor, professor que incomoda outro professor, tudo para o Livro não ser lido na escola. Formas de impedimento.
No planejamento pedagógico, não consigo nem mais marcar um dia para ler no auditório ou na sala de vídeo, porque, como outros planejamentos são marcados antes do meu, professores já deixam agendadas suas aulas nesses locais marcados pelo silêncio.
Eu soube que, em outros anos, professores reclamavam de mim porque eu ocupava a sala de vídeo para leitura. "Sala de vídeo não é lugar de leitura", sentenciavam uns babacas, uns imbecis desqualificados.
Osmarina construirá um espaço para leitura ainda neste ano, longe de professores que não colocam limites em seus alunos.
Enquanto esse lugar não existe ainda, eu continuo, mesmo em local impróprio, em uma sala de aula, a ler.
Tenho inveja dos computadores.
Embora seja muito mais antigo, muito mais velho que a máquina, o Livro, essa entidade espiritual rara entre estudantes, jamais foi destinado a ele uma sala [confortável] de leitura.
Não há sala de leitura nas escolas estaduais do Acre; porém, mesmo surgindo no mundo séculos depois, ao computador, reservaram-se salas e mais salas, todas climatizadas. A tecnologia tem lá suas suas vantagens sobre coisas antigas, velhas, seculares.
Leio para meus alunos há anos, desde 1990, quando comecei na escola Souza Marques, em Madureira, Rio de Janeiro. No Acre, de uma forma ou de outra, o ato da leitura, até hoje, é difícil por causa de uma realidade escolar oposta à leitura em sala.
Hoje, na escola Heloísa Mourão Marques, sem domínio de sala, um profissional da educação permitiu que alunos exercem o "direito" de incomodar minha aula com gritos, com falatórios. Eu lia "O Deserto dos Tártaros".
Sala quente, sem ar-condicionado, ruídos pelo corredor, professor que incomoda outro professor, tudo para o Livro não ser lido na escola. Formas de impedimento.
No planejamento pedagógico, não consigo nem mais marcar um dia para ler no auditório ou na sala de vídeo, porque, como outros planejamentos são marcados antes do meu, professores já deixam agendadas suas aulas nesses locais marcados pelo silêncio.
Eu soube que, em outros anos, professores reclamavam de mim porque eu ocupava a sala de vídeo para leitura. "Sala de vídeo não é lugar de leitura", sentenciavam uns babacas, uns imbecis desqualificados.
Osmarina construirá um espaço para leitura ainda neste ano, longe de professores que não colocam limites em seus alunos.
Enquanto esse lugar não existe ainda, eu continuo, mesmo em local impróprio, em uma sala de aula, a ler.
Tenho inveja dos computadores.
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