Pensar não é natural. Da mesma origem do verbo "pesar", pensar origina-se de "peso". Pensar é um peso.
E daí?
Imagino-me em uma planície, só vejo o que está sobre ela e vejo o que todos veem. Ao ver as coisas em uma planície, eu não penso, porque o meu pensar não é um peso, por isso só vejo o que a planície mostra.
Imagino-me em uma planície, só vejo o que está sobre ela e vejo o que todos veem. Ao ver as coisas em uma planície, eu não penso, porque o meu pensar não é um peso, por isso só vejo o que a planície mostra.
Mas, se coloco um peso na superfície, a linha reta da planície se altera, sofrendo um desnível, uma descontinuidade.
Por causa do "peso", isto é, por causa do "pensar", a forma natural como eu via a planície modificou-se.
Não vejo mais a superfície que todos veem, porque, por causa do peso, vejo agora "a fundo".
Por causa do "peso", isto é, por causa do "pensar", a forma natural como eu via a planície modificou-se.
Não vejo mais a superfície que todos veem, porque, por causa do peso, vejo agora "a fundo".
Por isso que pensar é se (apro)fundar, é ir ao fundo das coisas, é ir ao encontro de suas causas. A causa não se encontra na planície. A superfície, na verdade, oculta as coisas.
Lancemos este peso sobre nós mesmos: pensar.
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