1º
bloco, 30
minutos com temas livres: 1. corrupção na Petrobras, 2. corrupção nos Correios,
3. mensalão, 4. educação, 5. bolsa-família, 6. homofobia e 7. Homofobia.
3º
bloco, 30
minutos com temas livres: 1. privatização, 2. habitação popular. 3. segurança, 4.
promessas de Dilma não cumpridas, 5. corrupção na Petrobras, 6. Inflação e
crescimento econômica e 7. violência na penitenciária.
2º
bloco, 30
minutos com temas determinados: 1. corrupção é estrutural, 2.política de
privatização, 3. Banco Central, 4.Previdência, 5. custo Brasil, 6. Droga e 7.
segurança.
4º
bloco, 30
minutos com temas determinados: 1. saneamento, 2. mudança climática, 3.
situação carcerária, 4. capital privado, 5.direito trabalhista, 6. impostos e
7. taxar milionários.
No final,
cada candidato teve 1 minuto e 40 segundos.
________________________________________________
O debate conforme o tempo da TV
Dividido
em quatro blocos - cada bloco com 30 minutos e 30 minutos divididos em sete
sub-blocos -, o programa iniciou-se às 22h50 e chegou ao fim à 01:17, e, como
observamos acima, os temas, submetidos ao tempo do jornalismo da TV, ficaram
fragmentados. Esse tempo condicionou a teledemocracia ao retalho temático e,
como consequência, à superficialidade.
Assim, sem aprofundamento por causa do tempo televisivo, a palavra-imagem assemelhou-se à estética de vídeo, quer dizer, ela chegou ao telespectador-eleitor de forma cortada, instantânea.
É esse tempo televisivo que estrutura o espaço do debate, organiza-o, e, diante da TV, o telespectador-eleitor consome o engano de “escolher o melhor candidato por causa do que é dito”, sem saber que o que é dito nada mais é do que a delimitação do tempo da TV, fazendo falar o que é possível falar conforme esse tempo.
Para que a palavra fosse dita, algo já estava estruturado para ela, no caso, isto: a composição do estúdio, espaço-tempo que impediu a palavra livre, a improvisação, que impediu a palavra de se arriscar. Toda rigidez do estúdio foi adequada então ao enfrentamento, isto é, aos afetos, por isso a homofobia de Levy Fidelix, segundo a opinião pública, foi o momento mais tenso e o mais comentado.
Assim, sem aprofundamento por causa do tempo televisivo, a palavra-imagem assemelhou-se à estética de vídeo, quer dizer, ela chegou ao telespectador-eleitor de forma cortada, instantânea.
É esse tempo televisivo que estrutura o espaço do debate, organiza-o, e, diante da TV, o telespectador-eleitor consome o engano de “escolher o melhor candidato por causa do que é dito”, sem saber que o que é dito nada mais é do que a delimitação do tempo da TV, fazendo falar o que é possível falar conforme esse tempo.
Para que a palavra fosse dita, algo já estava estruturado para ela, no caso, isto: a composição do estúdio, espaço-tempo que impediu a palavra livre, a improvisação, que impediu a palavra de se arriscar. Toda rigidez do estúdio foi adequada então ao enfrentamento, isto é, aos afetos, por isso a homofobia de Levy Fidelix, segundo a opinião pública, foi o momento mais tenso e o mais comentado.
No dia
seguinte, jornais publicaram a vitória de Aécio Neves, do PSDB. No entanto,
penso que sua vitória ocorreu não pelo conteúdo reflexivo ou profundo de sua
palavra, mas por sua roupa, por sua postura física, por suas feições de rosto ou
pelo conjunto de sua aparência – e nisso incluo seu discurso - ter se submetido
ao espaço-tempo da composição do estúdio. Sua palavra, por exemplo, foi precisa,
rápida, fluente, ou seja, ela soube, bem mais que os outros, enquadrar-se à
composição do estúdio, até sua ironia foi bem medida pelo grau da formalidade do espaço-tempo.
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