Hoje, no Ideal, em uma nova turma, disse aos meus alunos que muitos desejam faculdade de direito por status, prestígio. E assim edifica-se a vaidade acima da justiça social.
Para que me serve um espelho se a luz do sol reflete neste país, neste estado, pobreza, miséria, ignorância, violência, vulgaridade, injustiça?
Quanta perversão contra Ozias Ferreira da Costa, Roni da Silva Chaves e Ernandes da Silva Chaves e, no final, o estado pagará a eles, por causa do erro do próprio estado, míseros R$ 30 mil.
O mal ri de nós. Brinca.
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Obs: esta matéria não veio assinada.
TJ manda Estado indenizar
colonos que não mataram a estudante
A Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Acre condenou o Estado a pagar R$ 30 mil de indenização por danos morais a cada um dos três colonos acusados injustamente de estuprar e de matar a estudante Luziene Queiros de Morais.
A decisão dos desembargadores baseia-se nas provas de torturas física e psicológica, exercidas no quartel da Polícia Militar de Sena Madureira. As vítimas são Ozias Ferreira da Costa, Roni da Silva Chaves e Ernandes da Silva Chaves. Passaram dois anos e quatro meses presos até serem inocentados pelo Tribunal do Júri por falta de provas.
O crime, um dos mais horrendos da história acreana, segundo os registros policiais, ocorreu no dia 21 de maio de 1997. Luziene foi estuprada, teve a garganta cortada à faca e o corpo, abandonado em um terreno baldio no centro da cidade, em frente à paróquia da cidade.
O filho do então deputado estadual Zé Vieira, Tácio Vieira, foi apontado como proprietário da caminhonete usada para transportar o corpo de Luziene.
Na época, Tácio com 16 anos, não foi chamado sequer a depor ao juizado do menor. Até alcançar a maior idade, ele permaneceu em local não revelado em Florianópolis (SC). A responsabilidade dos militares, acusados de tortura, será julgada em processo distinto.
Durante o tempo em que Ozias esteve no presídio, nasceu seu terceiro filho. O pai dele se matou, deixando uma carta destinada ao promotor de justiça da cidade, alegando que não acreditava na culpa do filho, porque, na noite do crime, ele se encontrava no seringal.
A esposa abandonou a colônia para ficar perto dele na cidade e também acreditava na inocência do marido.
Ao ser solto, Ozias não pôde voltar para casa, porque sua colônia já tinha sido ocupada por outra família. Hoje, ele tem problema com alcoolismo, mora em um quarto alugado na invasão do bairro João Eduardo, periferia de Rio Branco, vive de diárias prestadas em fazendas da Transacreana e tenta esconder dos vizinhos o que aconteceu com ele no passado.
Os outros dois acusados, ambos solteiros, continuam morando no mesmo seringal com os país, um dia de viagem de barco de Sena Madureira.
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Seria bom ouvir Ozias, publicar sua fala no blog ou no jornal.
Um comentário:
professor sou umas das suas novas alunas do ideal gostei muito do seu jeito de não se conformar com as injustiças que o homem cria... Adorei teu jeito, bjos ateeeee
Lara Larissa, assim manda bj pra tua filha....
xauzinho
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