quinta-feira, novembro 29, 2007

Elaíne


A inteligência dessa aluna é bem maior que sua altura. Para ela, a escola pública deveria exigir muito mais. Muito e mais.

Sua poesia recebeu um prêmio, e seus versos entrego agora aos seus olhos, bloguista.







Talvez

Talvez eu quisesse que você me amasse,
Talvez eu quisesse que o céu desabasse,
Talvez eu quisesse que a lua girasse,

Talvez eu quisesse que o mundo parasse,
Talvez eu quisesse num só momento
Beijar-te em silêncio em meus pensamentos,

Talvez eu quisesse voltar ao passado
E pagar todos os erros deixados.

Talvez eu quisesse o mar em minhas mãos
E te oferecer ondas de paixão.

Talvez eu quisesse que os talvez acabassem
E que no mundo só você e eu

restassem...

É... talvez!!!

quarta-feira, novembro 28, 2007

Democracia

Amigo, a escola HMM deu um grande avanço na democracia por meio de uma assembléia com 55 funcionários. Conseguimos, por meio do voto aberto, eleger um vigia para coordenador de administrativo. Foi eleito por maioria absoluta embora nem fosse conhecido entre seus pares. Seu nome é Valdir, perdoe-me, mas ainda não sei seu sobrenome, sei apenas que aceitou o desafio, que votou em mim pelas minhas idéias, tem o 4o período de administração de empresa e dois de ciências sociais. Espero termos acertado, confio em Deus e acho que sim.
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Na sexta-feira, os professores escolherão o coordenador de ensino por meio do voto. A gestora Osmarina está cumprindo o que falou. Tem palavra.

Por que os coordenadores não podem ser votados por seus pares? A escola, em sua gestão, precisa sacramentar essa democracia para, em outro momento, melhorá-la ainda mais.

A um colega de profissão

















Outro dia, conversei com o professor Luís, de Língua Portuguesa, sobre visitar a família após o ano letivo. Ele expôs o desejo intenso de rever sua mãe. Luís chegou há pouco tempo nesta parte do nosso Brasil, veio de Mato Grosso.

Mas o destino não é um cáculo, um produto cartesiano, um ponto exato segundo a abscissa e a ordenada. A vida é imprecisa como a onda do mar, como a nuvem em forma de asa. A vida, sabemos, é barroca como os quadros de Rembrandt - surpreende.

Por volta da meia-noite de quinta-feira, o telefone interrompe o sono de Luís. Sua mãe não se encontra mais entre nós, simples mortais. Revê-la, agora, pertence ao que o passado deixou em sua infância, em sua adolecência.

Luís, meu querido, que, por meio desta singular dor, você edifique um Amor maior ainda pela vida, porque, conforme seu jeito sempre educado e amoroso de ser, você revela que a sua amada mãe deixou marcas profundas em teu caráter.

O quanto nossa fragilidade escorre como lágrimas neste momento de perda.

Nós, professores da escola Heloísa Mourão Marques, somos solidários neste momento... tristeza.

terça-feira, novembro 27, 2007

Professora Osmarina no jornal

Hoje, na escola Heloísa Mourão Marques, a professora Osmarina, eleita à gestora, ficou preocupada com uma matéria publicada no jornal A TRIBUNA. O repórter afirmou que ela é "oposição". Pessoas na Secretaria de Educação não gostaram da palavra.

Li o texto, e essas pessoas interpretaram segundo suas intenções. As linhas deixam claro nenhuma referência à "oposição ao governo". Certos indivíduos precisam aprender a ler.

O repórter cita duas escolas que optaram pela continuação de um trabalho, ou seja, a oposição não venceu. Mas venceu na escola Heloísa Mourão Marques com a professora Osmarina.

Como colega de trabalho, posso afirmar que a professora Osmarina reconhece avanços na educação acreana e, por causa disso, em sua gestão, fará um belo trabalho para elevar os esforços da Secretaria de Educação do Estado do Acre.

Longe de ser uma estúpida, a professora-gestora Osmarina sabe o que deve ser feito para o bem da escola pública, muito diferente de alguns que não sabem sequer ler um texto simples de jornal.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Cofrão


No terminal de ônibus de Rio Branco, a falta de elegância ou de educação é visível.

O Enem do Acre

Da 23ª posição em 2006, o Acre ficou em 14ª em 2007 entre todos os estados. No Norte, em 2006, o Acre ficou na posição, subindo para a posição em 2007.

As escolas públicas obtiveram 47,10 em 2006 e 54,57 em 2007.

As escolas particulares do Acre permanecem em 1º lugar no Norte: 60,31 (2006) e 63,45 (2007).

Não podemos ser ufanistas, mas devemos reconhecer, de forma equilibrada, que os números na redação do ensino médio são maiores. Existe um aumento gradual.

Precisamos melhorar mais e mais. Sempre mais.

Matéria de Josafá Batista

Indicadores da escola particular
elevam desempenho do Acre no Enem

Professora de escola pública há 15 anos, Mônica Maria de Carvalho Araújo, de 36 anos, tem três filhos e uma jornada de trabalho exaustiva. Além das quatro horas na sala de aula da escola Roberto Sanches Mubárac, ela precisa dedicar mais três ao planejamento. São sete horas por dia, de segunda a sexta. Em ano de greve dos professores, aos sábados também.

O local de trabalho de Mônica passou por algumas melhorias nos últimos anos. Os professores foram valorizados, ganham melhor. Mas a maioria das salas ainda não tem ar-condicionado nem espaço para a informática, e cada professor dá aula para turmas com 40 e 45 crianças - o recomendado pela Unesco é metade disso.

“É preciso ter amor. Meus filhos, por exemplo, eu só vejo à noite, porque não tenho tempo durante o dia. Quando não estou aqui, estou planejando as aulas”, explica Mônica Maria Carvalho, que ganha R$ 1,4 mil mensais por tanto sacrifício.

O marido, diarista, complementa a renda doméstica, mas a família se ressente da ausência materna. E também sonha com o dia em que a profissão da mãe compense tanto sacrifício.

Mas o horizonte não é promissor. Esses pequenos e grandes problemas, de fato bem mais graves no passado que hoje, ainda tendem a ampliar a já considerável distância entre os indicadores da educação pública e privada.

Prova disso é o recente Exame Nacional do Ensino Médio (Enem): o comemorado salto da educação acreana foi puxado, ironicamente, pelas escolas particulares.

Na prova objetiva, contendo questões de várias matérias e pontuação entre 0 e 100, os alunos da rede pública tiraram 42,91 pontos. Os das escolas particulares alcançaram 59,34, puxando a média do Acre.

O milagre da redação

Mas não foi na prova objetiva o grande empurrão das escolas particulares sobre as públicas. Prova disso é que, nelas, a nota final do Acre está entre as cinco piores do país. Se contabilizadas somente as escolas públicas, o Acre “sobe” para o quarto pior lugar.

A grande revelação foi a prova de redação, onde tanto escolas públicas quanto particulares obtiveram ótimos índices. As públicas faturaram 54,57 pontos, o 14º melhor lugar do ranking nacional e 9 pontos acima do obtido no Enem do ano passado.

No entanto, o salto das escolas particulares foi muito maior. A pontuação de 63,45 pontos é a melhor de toda a Região Norte, está acima da média nacional (apenas 55,99 pontos), e, de quebra, é a quarta melhor colocação de todo o país nessa categoria.

Na divulgação do desempenho por Estado, o Enem somou as escolas públicas às particulares. O resultado para o Acre foi óbvio: uma das melhores colocações em redação do país. Orgulhosa, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) atribuiu as notas às políticas de treinamento e de valorização dos professores.

Mônica Maria, a professora entrevistada pela reportagem, não discorda. Ela agradece ao governo Binho pelos cursos, pelas capacitações e pelas melhorias salariais. Mas não deixa de perceber algo interessante.

“Se o sujeito quiser ser professor, pensando em ganhar dinheiro, é melhor desistir. É preciso ter muito amor, muito mesmo. E disposição para fazer muito sacrifício”, revela a mestre, cujos filhos são, tais quais os seus alunos, crianças.

Confira os números e compare

Enem 2006rede pública

30,27 foi a média na prova objetiva, 25º lugar do ranking.

47,10 foi a média na prova de redação, 23º do ranking.

Enem 2006rede privada

41,35 foi a média na prova objetiva, 22º lugar do ranking.

60,31 foi a média na redação, 8º lugar do ranking.

Na média nacional, os participantes do Enem 2006 obtiveram 36,90 na parte objetiva e 52,08 na redação.

Enem 2007rede pública

42,91 foi a média na prova objetiva, 23º lugar do ranking.

54,57 foi a média na redação, 14º lugar do ranking.

Enem 2007rede privada

59,34 foi a média na prova objetiva, 25º lugar do ranking.

63,45 foi a média na redação, 4º lugar do ranking.

Na média nacional, os participantes do Enem 2007 obtiveram 51,52 na parte objetiva e 55,99 na redação.

De um blogueiro

Quero aqui parabenizar a minha querida professora Osmarina pela conquista da direção da Escola Heloísa Mourão Marques, minha escola. Fico muito feliz por saber que os alunos deram esse voto de confiança a ela.

Quero lembrar um fato aqui: Osmarina assim como o professor Aldo Nascimento é "problemática". Ah, se todos os educadores fossem problemáticos, certamente teríamos outros números no Enem.

Professora Osmarina um beijo em teu coração, seja feliz. A senhora chegou aonde a senhora merece.

Do aluno José Pinheiro.
Comunicação Social/ Jornalismo- Ufac.
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sábado, novembro 24, 2007

Uma nova gestora

Após 15 anos na escola estadual Heloísa Mourão Marques, a professora Osmarina, de Geografia, ganhou a eleição à gestora com uma vantagem enorme sobre a atual administradora, professora Lúcia - 613 votos contra 189 ou 61,21% contra 29,49%.

Trata-se de rejeição incontestável. Na eleição anterior, a professora Lúcia recebeu 61,02%. Mas a gestora não soube ir ao encontro dessa maiora e, para a professora Osmarina, perdeu feio. Isso indica que a escola deseja transformações profundas, por exemplo, qualidade de ensino.

Lúcia errou demais: centralizou ações, ausentou-se muito da escola, agiu em muitos casos de forma arbitrária. A resposta não poderia ser outra: crítica explícita e velada. A professora Lúcia deve ter aprendido que diretor de escola também é criticado, porque, hoje, o Acre é outro. O mundo não pára.

"Na próxima-semana, os professores escolherão seu coordenador de ensino", declarou a professora Osmarina. A ex-gestora negou-se a isso, chegando a infrigir a Lei 1513, isto é, seus coordenadores não pertenciam ao quadro de funcionários da escola.

Como professora de Geografia, Osmarina sabe que existem erosões na escola. Ela precisará plantar paixões para que o solo germine qualidade de ensino. "Precisamos transformar a escola para que ela seja uma das melhores do Acre", crê Osmarina.

Para quem deseja ser vencedor, o trabalho exige constância de todos. Que a sua vitória seja maior ainda após quatro anos. A escola HMM precisa ser outra no final de quatro anos. Em 2006, no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), sua colocação, mais uma vez, deixou a desejar.

Entre as dez escolas públicas, sua Redação ficou na sexta posição.

Redação de 2006

1. Rodrigues Leite - 43.94
2. Barão do Rio Branco - 39.57
3. Lourenço Filho - 37.57
4. Glória Perez - 37.05
5. Ribamar Batista - 35.44
6. Heloísa Mourão Marques - 35.15
7. João Aguiar - 34.96
8. Henrique Lima - 33.82
9. Humberto Soares - 32.92
10. Leôncio de Carvalho - 30.76

Com as particulares, ela desce.

Particulares
1. Meta - 53.37
2. Lato Sensu - 52.73
3. Imaculada Conceição - 50.46
4. Alternativo - 47.82
5. Fundação Bradesco - 45.77
Públicas
6. Rodrigues Leite - 43.94
7. Barão do Rio Branco - 39.57
8. Lourenço Filho - 37.57
9. Glória Perez - 37.05
10. Ribamar Batista - 35.44
11. Heloísa Mourão Marques - 35.15
12. João Aguiar - 34.96
13. Henrique Lima - 33.82
14. Humberto Soares - 32.92
15. Leôncio de Carvalho - 30.76

Em 2012, desejo ver a escola HMM acima das escolas particulares.

Final

Pela brecha da janela

Começou às 21 horas e terminou às 23h31. Pela brecha da janela, os eleitores encontravam os números favoráveis por meio das expressões faciais.

"O professor Gleidson está sorrindo demais, isso quer dizer que a Osmarina ganhou", sentenciou um aluno.

Ele acertou. Por quatro anos, a escola pública Heloísa Mourão Marques será administrada pela professora Osmarina.

Olhe também pela brecha da janela.

Eleição da Escola HMM

Professora Lúcia
Professora Osmarina

Alunos: 136
Alunos: 541

Pais: 10
Pais: 18

Pais e alunos: 9,40%
Pais e alunos: 35,97%
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Funcionários: 30
Funcionários: 15

Professores: 13
Professores: 39

Funcionários e professores: 20,09%
Funcionários e professores: 25,23%

Total: 29,49%
Total: 61,21%
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quinta-feira, novembro 22, 2007

Expressionismo














Visitar um museu de belas-artes? Entre nós, não há Van Gogh. Não há quadros. Não há arte, beleza.

Somos um país rico... rico em miséria social.

O Expressionismo (re)toma para si conceitos do pré-romantismo, um deles: a subjetividade.

Mas o que é?

Em seu manifesto, publicado em 1918, Kasimir Edschmid escreve que "ninguém duvida de que a essência das coisas não seja a sua realidade exterior. A realidade tem que ser criada por nós". No entanto, ainda que criada por nós, ainda que haja a força do subjetivo, isso não exclui a universalidade.

Subjetivo, aqui, portanto, não implica fazer o que deseja, mas a inquietude da criação implica buscar o novo universal.

Palavra



Repare, a palavra na escola não é preservada.

Da "fanfarra", ficamos só com "RR".

Aqueles que são diretores deveriam deixar o cargo com a escola pública muito limpa. Limpíssima!

Osmarina & Lúcia















Hoje, eu soube que os professores Gleidson (Matemática) e Aires (Física) retiraram suas candidaturas para apoiar a professora Osmarina (Geografia).

Gleidson colocou os números sobre a mesa e concluiu que a maioria dos funcionários poderia (re)colocar a professora Lúcia na direção da escola Heloísa Mourão Marques por mais quatro anos.

O professor Aires, por sua vez, usou a Física para descobrir que seu corpo e o do candidato Gleidson, segundo os funcionários de apoio, estavam em queda livre.

Como a professora Osmarina tinha mais voto do corpo docente, Matemática e Física cederam terreno à Geografia da Osmarina.

Amanhã, dia de votação. Que ela vença. Quem? Ela, a...

democracia.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Alunos(as) & Candidatos(as)

Que desejo incomprável e inalienável de um dia ver a escola Heloísa Mourão Marques como uma das melhores do Acre. Que desejo!

Que desejo de apreciar meus alunos vitoriosos.

Ainda neste ano, deveríamos saber quantos se submeterão ao vestibular da Universidade Federal do Acre, quantos farão uma boa e ruim redação.

Por quatro anos, o novo diretor ou a nova diretora deverá imprimir na vida desses jovens qualidade de ensino, cobrando de alunos e de professores.

Ouça o último debate e...


Alunos(as) & Candidatos(as)



Na próxima eleição, precisará haver mais organização entre os alunos. Houve muita desordem por parte de alguns estudantes. A maioria soube se comportar.

As perguntas do corpo discente foram escritas, e a comissão eleitoral lia antes para permitir ou proibir. Penso que as perguntas poderiam ser elaboradas em sala com orientação dos professores. Em outras palavras, organização prévia.

Deve-se priorizar a qualidade de ensino por meio de perguntas.

CandidatAS(os) & AlunAS(os)



Nessa filmagem, o início do encontro entre candidatos e alunos. Auditório cheio, e uma minoria de alunos bagunçou. Ainda sim, pulsaram as virtudes da nossa jovem democracia.

Coloque um fone e ouça as vozes da democracia.

terça-feira, novembro 20, 2007

Eleição Escolar Exposta

Filmar uma eleição escolar. Em casa, ouvir o que cada candidato falou. Não gravei mais, porque a energia do celular terminou bem antes.

Filmei o começo do debate entre os candidatos a gestor da escola Heloísa Mourão Marques. De forma muito educada, o encontro não se submeteu a agressões verbais, mas a questionamentos e a um fenômeno social interessante: fofoca.

Alunos não votarão em certos candidatos, porque espalharam que serei coordenador de ensino de um dos dois. No debate de hoje, neguei tamanha mentira. Sou candidato a professor - e professor que deve ser submetido a uma avaliação séria na unidade de ensino.

Aluno deve avaliar professor por questionário.

Surpreendeu-me a fala de uma candidata. Ela afirmou que não chegará às 7 horas para trabalhar, porque, por ficar na escola até as 22h30, não tem condições de estar cedo na escola. Não filmei essa parte, porque a bateria do celular terminou.

Muitos funcionários, segundo informações, fecharam com a professora-candidata Lúcia, mas ela tem poucos votos de professores e de alunos.

O professor Aires divide com a professora Osmarina os voto dos alunos, sendo que o professor Gleidson supera os dois nesse setor. A educadora Osmarina perde voto do pessoal de apoio.

A professora Rosângela, por meio de uma prévia, obteve menos voto.

Abaixo, a filmagem amadora de um debate a que muitos assistirão em suas casas, em uma lan house. A isso, chamo TRANSPARÊNCIA. Falar e assumir o que fala diante de uma filmadora de celular. Coloque o fone e ouça.

Que tempos!!!

Alunos, gravem! (2)

Reuniões na escola devem ser filmadas. Conselho Escolar, filmado. Aulas, filmadas. Expor todos. Tudo. A verdade não se esconde.

Alunos, gravem! (1)

Sala filmada. Aulas filmadas. Não temos o que esconder. Não há lei municipal que regulamente isso. Filmar a escola pública. A palavra registrada para todos. Filmar o que é dito. Filmar para revelar. Filmar.

Na escola Heloísa Mourão Marques, os candidatos se apresentam e expõem suas idéias.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Ranking do Poder Legislativo Estadual

Assembléias das capitais que gastam menos por contribuinte:

1. São Paulo SP R$ 68,38

2. Salvador BA R$ 70,20

3. Belém R$ 71,27

4. Fortaleza R$ 80,18

5. São Luís R$ 86,21

6. João Pessoa R$ 86,61

7. Curitiba R$ 93,17

8. Recife R$ 93,45

9. Manaus R$ 95,91

10. Teresina R$ 96,63

11. Belo Horizonte R$ 96,65

12. Distrito Federal R$ 99,14

13. Maceió R$ 104,43

14. Porto Alegre R$ 106,44

15. Rio de Janeiro R$ 109,23

16. Cuiabá R$ 114,18

17. Natal R$ 119,26

18. Vitória R$ 120,92

19. Goiânia R$ 121,55

20. Campo Grande R$ 130,39

21. Aracaju R$ 132,41

22. Porto Velho R$ 132,96

23. Palmas R$ 151,76

24. Florianópolis R$ 155,31

25. Macapá R$ 174,48

26. Rio Branco R$ 176,50

27. Boa Vista R$ 224,70

Eleição escolar

O próximo gestor ou gestora da escola Heloísa Mourão Marques precisará tomar medidas urgentes quanto aos recursos financeiros da escola. Essa unidade de ensino encontra-se inadimplente, ou seja, deram calote e não resolveram o problema.

Sem dinheiro, a escola não tem papel sequer para imprimir provas. Alguns professores fazem por conta própria. "Eu gasto dinheiro para entregar as provas aos alunos", declarou uma professora, que pediu para LÍNGUA não publicar seu nome.

Resolvido esse problema, a escola, segundo alguns candidatos, deverá criar seu site para colocar seu orçamento e suas despesas. "Em plena época tecnológica, nossa escola não tem um site para dar satisfação à sociedade", reclama o professor Gleidson, um dos candidatos.

Mas ele não está sozinho. Outro candidato, o professor Aires, afirmou que, uma vez diretor, criará um site da escola. "O professor, se quiser, colocará seu blog hospedado no site da escola para quem quiser acessar."

Imagine uma reunião de professores filmada para ser exposta em um blog. "Não tenho nada contra a transparência, contra a democracia, a escola precisa ser vista por meio da internete", sentencia a professora Osmarina.

Elas têm 15 anos

.+.+.+.+.+ESSA AI É A ESCOLA Q NÓS ESTUDAMOS ONDE TEM OS INQUISIDORES, OS CORDENADORES DISCIPLINAR Q Ñ PODE NOS VER DE SHORTINHO Q VEM CORRENDO P/ NOS VER D PERTO TENHO CERTEZA Q DEVE ENTRAR NO NOSSO ORKUT E VÊ AS NOSSAS FTS E VEM CONFERIR SE SOMOS TUDO ISSO, ELES ESTAO NOS DESCRIMINANDO POR CAUSA DO NOSSO ORKUT E DO NOSSO FLOG O PROBLEMA Ñ É NOSSO UNIFORME PQ TODO MUNDO USA IGUAL A GENTE ATE A GENTE DE CALÇA COMPRIDA ELES NOS PERSEGUE ESTAMOS PRECISANDO DA AJUDA DOS NOSSOS AMIGOS DA NET, P/ Q TODOS VCS POSSAM DIVULGAR OQ ESTÁ ACONTECENDO CONOSCO, QUERIAMOS Q VC PEGASSEM A FOTOGRAFIA E OQ NÓS ESCREVEMOS E COLOCASSE NO ORKUT DE VCS P/ Q TODOS FIQUEM SABENDO Q ESTAMOS SENDO PERSEGUIDAS, HUMILHADAS E MALTRATADAS Q Ñ TEM UM DIA SE QUER Q AS CACHORRRAS TENHA Q SAIR DA SALA ESCURRAÇADA PELOS COORDENADORES "CARLAO", "LUÍS MONITOR" E "EDUARDO" UMA ESCOLA Q SE DIZ CATOLICA TRATANDO O SER HUMANO DESSA FORMA SE VCS NOS AMAM AGORA TA NA HORA D VCS DEMONSTRAREM O AMOR Q SENTEM PELAS CACHORRRAS NOS AJUDE POR FAVOR+.+.+.+

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O que dizer de duas garotas de 15 anos que se denominam cachorras? Elas são irmãs e, no orkut delas, todos podem apreciar imagens sensuais de menores de idade que desejam ser, repito, cachorras.

Em uma foto, estão com a mãe.

Sobre isso, a escola é inocente.





Ronda Gramatical

Caso seja detectado algum erro no Cartão de Informações, por equívoco da COPEVE, o candidato deverá solicitar, de imediato, junto à COPEVE a correção do mesmo, logo após sua impressão, ou até 48 horas após o término do período de acesso (30/11/2007).

1. O aluno não deverá solicitar "junto à", porque significa "perto de". Ele solicitará na Copeve.

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De um bloguista (2)

Se configurar verdade, não será a primeira vez que tentaram, às escuras, tramar contra um professor da escola. Fazem dessa forma porque sabem que, se vier à tona antes de conseguirem seus objetivos, muitos criticarão e se oporão a essa forma ilegal de agir.

Não pedem opinião sobre sua forma de agir porque sabem do erro que estão cometendo, mas seu "superpoder" lhes cega. Mas, boas notícias: os alunos vêem como a escola jaz abandonada e não desejam que ela continue assim. Não por mais quatro anos.

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Bloguista, a fonte é muito segura, confiável. Eu só publiquei neste blog depois que outra fonte confirmou. Sendo assim, com duas fontes, publiquei a forma como uma coordenadora de ensino age em uma instituição de ensino contra um professor.

Na escola, muitos professores não se expõem por causa do medo de arbitrariedades. Ora, vivo em país livre e minha crítica, sendo ética, sendo a partir de fatos, sendo a partir de fontes, não pode se calar, porque direção de escola pública é tão importante quanto Assembléia Legislativa.

Péssimos diretores precisam ser expostos. Ótimos diretores também.

A postura da coordenadora Gisélia é lamentável. Se não me deseja na escola, pelo menos que procurasse caminhos justos, trâmites legais.

De um bloguista (1)

Os recursos da Web 2.0 (blogs, orkut, youtube, entre outros) assustam aqueles que imaginam que o computador é uma televisão mais bonitinha. Alguns de nossos alunos estão anos-luz a nossa frente e é relaxamento não se interar a esses novos meios de comunicação e liberdade de expressão.

Meios que, inclusive, permitem uma tal transparência que amedronta os que insistem em viver na idade da pedra.A ssisti ao vídeo gravado pelo celular do aluno. Fiquei impressionado com a atitude de alguém que nunca assistiu a uma de tuas aulas, nem pediu que alguém assistisse, criticasse tua forma de lecionar e pedisse àqueles alunos que gostam de tua aula se retirassem.
Até onde sei, a grande maioria saiu do recinto. Restaram poucos. Lembrei da lei complementar nº 39/93, que em seu artigo 167 diz que "ao servidor é proibido promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição". Que se cumpra a lei.

Democracia não é só eleição

De ALBA ZALUAR

BASTA TER ELEIÇÕES para um país ser considerado democrático? Não, dizem os cientistas políticos que comparam regimes pela história afora. Adam Przeworski argumenta que só é democrática a eleição em que há contestação porque há mais de um partido competindo pelo poder.

E, claro, alternância de partidos no poder. Outro modo de comparar países é a maturidade de seu regime político. A idéia é que um país acumula experiências de resolução democrática de conflitos pelos anos ininterruptos de democracia. Isto quer dizer respeito às regras estabelecidas no jogo democrático, sem mudanças de última hora para servir aos interesses dos poderosos.

A idade da Constituição torna-se importante porque revela o respeito que os competidores têm pelas regras do jogo ali estabelecidas. O país que muda as regras ao sabor dos interesses eventuais e momentâneos, de quem pode manipular o Legislativo com o seu poder, não pode ser considerado um país de democracia consolidada.

Por fim, como nos jogos esportivos em que todos os participantes, inclusive o público torcedor, não optam por vencer a qualquer custo, o que importa é a confiança nas instituições envolvidas e a cooperação entre os parceiros.

Quando não confiam nos parceiros, as pessoas procuram tirar o máximo de proveito pessoal sem se importar com a legitimidade dos seus atos, nem com os efeitos perversos deles sobre os demais. Vale tudo: oportunismo, blefes, doping, clientelismo, manipulação, o que pode chegar às raias de uma tirania mal disfarçada quando é comandada por um projeto político secreto e opaco.

E é principalmente o tempo (constitucional, legal) que conta para transformar os indivíduos em parceiros confiantes e cooperativos. Porque é assim que se aprende como todos ganham quando respeitam as regras e agem para fazer prevalecer a ética da confiança e da cooperação. Impossível pensar em combate à desigualdade sem esta ética. Só as sociedades organizadas para obter o bem comum, mesmo que a longo prazo, livram-se dos predadores que só agem em busca de resultados imediatos.

Só nas sociedades em que o jogo parlamentar é limpo, transparente e previsível, a crença dos eleitores em seus representantes nutre a confiança nas instituições do país e suas leis. Só assim deixa de ser imprescindível a coerção constante da polícia legitimamente armada, porque bastam os limites internos que cada um carrega dentro de si. Só assim, sem o uso excessivo da força nem a manipulação do poder, evitam-se as violações e a autofágica prevalência dos interesses individuais dos predadores habituais.

ALBA ZALUAR escreve às segundas-feiras nesta coluna.

sábado, novembro 17, 2007

Duas questões de prova

Questão 1

1.2 Vírgula - Retirado do portal http://educaterra.terra.com.br/literatura/index.htm. (0,8)

Nas últimas décadas do século 18, o Romantismo já está mais ou menos anunciado pelas obras do filósofo Rousseau, especialmente por sua teoria do "bom selvagem", e pelo movimento Sturm und Drang (Tempestade e Ímpeto), constituído ( ) nos anos de 1770 ( ) por jovens alemães que valorizam o folclórico, o nacional ( ) e o popular em oposição ( ) ao universalismo clássico. Também a publicação de Os cantos de Ossian, pelo inglês Macpherson, em 1760, torna-se uma referência fundamental para os futuros românticos.

Comentário
Nas minhas provas, o aluno sabe quanto a questão vale e, às vezes, ela se relaciona a outro conteúdo, nesse caso, à literatura. Aqui, ele colocará as vírgulas quando elas forem necessárias. Repare que ele lerá o texto para, aí então, colocá-las. Não são frases soltas.

Questão 2

2.2 Como um dos maiores pensadores do século 20, Theodor W. Adorno escreveu O Iluminismo como mistificação das massas para analisar a indústria cultural. Esse alemão é um crítico profundo da razão iluminista, a mesma que gerou o “desencanto do mundo” por meio da industrialização. Em seu texto intitulado acima, diz: “(...). O particular, ao emancipar-se, tornara-se rebelde, e se erigira, desde o Romantismo até o Expressionismo, como expressão autônoma, como revolta contra a organização (...).” Ora, o simbolismo também representa uma arte contra a organização industrial, entendo como organização industrial a objetividade. Em outro livro seu, Lírica e sociedade, Adorno declara que o que ganha voz na lírica é um eu que se determina e se exprime como oposto à coletividade, à objetividade (...). Após essas observações de Adorno, escreva sobre a oposição da arte simbolista à organização industrial.

Comentário

Daqui a dois anos, o aluno poderá estar em uma universidade e, no ensino médio, não colocamos autores que eles poderão estudar, no caso, Adorno. Aqui, nessa questão, o aluno, mais uma vez, deve ler e entender, mas, caso não entenda, o professor deve explicar.

Fica claro que a questão coloca o conflito entre o processo industrial e o simbolismo. A aluno deverá desenvolver a idéia-conceito do simbolismo para estabelecer esse conflito. Ele pode tirar dúvidas em sala, porque, para mim, o que importa é que ele organize seu texto de forma clara, consultando o dicionário antes para evitar erros ortográfico.

Em minhas provas, eu exijo muito que ele desenvolva o raciocínio dissertativo a partir de conceitos, nesse caso, a oposição entre objetividade e subjetividade.

A maldade humana






















Dar visibilidade à escola pública

Nesta semana, das eleições mais importantes de uma nação, as das escolas públicas do Acre não receberão destaques nos jornais. Carros que batem em postes e drogas apreendidas são notícias todo dia, mas a educação pública não serve como pauta para as redações.

Pela primeira vez no Acre, a escola pública evidenciou-se por meio de um blog. Tive a coragem de expor não os erros de uma unidade de ensino, mas os limites de uma gestão. Tenho a certeza de que não usei adjetivos para desqualificar a gestora, mas, a partir de fontes e de falas ocultas na escola, expus o que não se fala às claras.

Evidenciei fatos, por exemplo, acordos em reuniões entre gestão e corpo docente que não se transformaram em qualidade de ensino.

Penso que gestor de escola é tão importante quanto Edvaldo Magalhães ou Naluh Gouveia, mas aquele não tem importância para a imprensa. A escola é uma instituição que vive seus problemas internos à sombra. Não pode ser assim.

Câmeras

Defendo a idéia de reuniões entre gestão e professores gravadas para serem expostas por meio de um site escolar. Imagine um pai de aluno acessando em uma lan house imagem de uma reunião do Conselho Escolar. Imagine um aluno que grava as aulas de um professor para serem colocadas em um orkut, em um blog.

Podem gravar as minhas.

Um aluno gravou uma reunião em que alguém fala muito mal de mim. Se eu quisesse, colocaria em meu blog a gravação do aluno, mostrando uma pessoa que tentou colocar turmas contra mim.

Contra a lei?

Não há lei municipal que regulamente isso.

Defendo a total visibilidade das ações de servidores públicos em uma escola, porque, quando se fala a verdade, quando o professor só tem uma cara e sabe o que fala, ele não tem medo de se expor às câmeras.

Além de ata, o Conselho Escolar precisa registrar suas reuniões e expô-las em um blog hospedado em um site escolar.

Sorria, você está sendo filmado!

Quadro de professores

Em 2009, a quantidade de salas da escola Heloísa Mourão Marques será reduzida, isto é, com o quadro de professores reduzido, alguns não permanecerão.

Até agora, a direção não comunicou ao corpo docente os critérios para o professor A sair e para o professor B ficar. Os critérios precisam ser claros, porque, se for segundo a subjetividade da gestora, professores não ficarão porque eles não têm olhos azuis, por exemplo, eu.

Trata-se de uma questão muito séria.

Prévia de alunos e de funcionários (2)

Pela manhã, 250 alunos e 7 funcionários votaram.


Alunos

Professora Rosânglea: 10 votos

Professora Lúcia: 14 votos

Professor Aires: 58 votos

Professora Osmarina: 61 votos

Professor Gleidson: 107 votos


Funcionários


Professor Gleidson: 1 voto

Professora Lúcia: 6 votos

A postura de um comunista

Houve uma época em que alguns diziam que comunista comia criancinha. Rascunhei críticas ao comunismo, por exemplo, à ditadura do proletariado. De lá para cá, o mundo mudou; e os comunistas, também.

Em "minha" escola pública, há pessoas de esquerda - por exemplo, eu -, há pessoas de direita, há pessoas indiferentes à política e há uma coordenadora de ensino, a professora Gisele.

Na coordenação, há uma ata que guarda um conteúdo negativo à minha pessoa. Pois bem, a coordenadora pegou essa ata para apresentá-la ao comunista Josenir Calixto -responsável pelo ensino médio do estado do Acre.

Eu nem sei o que escreveram na ata sobre mim, mas o documento encontra-se na escola à mercê de quem ocupa posição em uma unidade de ensino para exercer arbitrariedade.

Além de não comer criancinha, o comunista não aceitou o documento, porque o procedimento da coordenadora de ensino não se submeteu aos trâmites legais, por exemplo, eu deveria tomar ciência.
A coordenadora Gisélia foi aconselhada a tomar medidas justas para poder, se quiser, me excluir da escola, mas ela não retornou.

Anos atrás, período em que a arbitrariedade políticas imperavam neste estado, outro teria aceitado a ata para me prejudicar, mas isso não é justo, isso renega a democracia, o direito à defesa.

Um comunista nega o ilegal, o que não é correto. A coordenadora é evangélica e deveria trilhar os caminhos da justeza e não da arbitrariedade.

Posso falar muito, posso me expor, posso ser chato, posso ter muito defeitos, mas os meus procedimentos na escola são muito claros; posso até errar, mas não erro tramando, não erro com duas caras, não erro como um cínico, não erro como pessoa falsa para prejudicar alguém.

Registro esse fato no blog LÍNGUA porque obtive a informação por meio de duas ótimas fontes. Tomarei providências.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Prévia dos professores (1)

Hoje, pela manhã, houve uma prévia eleitoral com os professores da escola Heloísa Mourão Marques, turno da manhã.

Votaram 36 professores.

Branco: 5

Professor Jorge Braun: 2 (não é candidato)

Professora Lúcia: 2

Professor Aires: 8

Professor Gleidson: 4

Professora Osmarina: 15

Blog aberto à gestora Lúcia

Estão me fazendo de palhaço,
mas não sou palhaço


1. Professora-gestora Lúcia, na última eleição da escola Heloísa Mourão Marques, a senhora recebeu 98 votos de professores e de funcionários e 435 votos de pais e de alunos, totalizando 61.02%. O segundo candidato obteve 25.03%. Sua vitória, portanto, esmagadora.

2. A senhora teve absoluto apoio para transformar a escola. Idéias, e muitas, e tantas, e várias, foram ofertadas à sua gestão. Registrei neste diário virtual que a senhora reunia os professores para aprovar procedimentos escolares; entretanto, no dia seguinte, a escola permanecia inalterada.

3. Poderia reescrever o que aprovamos em reuniões, mas penso que seja desnecessário, basta ir aos arquivos deste blog.

ENFERMA

4. Só desejo me reportar ao último fato, eu disse isto: fato. Pelo período de um mês e duas semanas, a senhora se ausentou. Informaram a mim que se encontrava em casa por estar enferma.

5. Aos professores, a senhora não deu nenhuma satisfação. Procurei me informar. No Conselho Escolar, nenhum documento, a senhora apresentou para justificar seu afastamento. Na administração, idem.

6. Enquanto professores e funcionários se dedicam à escola, a senhora encontrava-se "enferma" em um salão de beleza, cuidando das mãos, dos cabelos, da sua aparência. Digo isso porque pessoas a viram e me disseram. Pessoas que, quando se afastam da escola, apresentam documento à coordenação.

7. Hoje, após sua longa ausência e indiferença, a senhora ressurge para reunir os alunos do segundo ano, os meus alunos. Permiti que a minha aula fosse interrompida para a senhora se pronunciar. Antes de sair, disse aos jovens que não agredissem, que só ouvissem o que a gestora tinha a dizer e quem quisesse protestar usasse nariz de palhaço.

8. Senhora Lúcia, criticar é uma arte nobre para quem sabe e a crítica ética, sabemos, fortalece a democracia, mas injúria, difamação, isto é, espalhar mentira como se fosse verdade, bem, uma pessoa pode ser processada por isso. Reli o que escrevi neste blog e não ataco a sua pessoa, mas critico, com idéias, a gestora, a funcionária pública, a servidora do estado do Acre.

9. Pois bem, cedo minha aula a suas falas e sou avisado de que a senhora, diante de meus alunos, afirma que eu os chamo de burro, de idiotas. Retornei ao auditório, interrompi sua reunião para perguntar aos alunos se os chamo de burro, e a senhora ouviu um NÃO bem alto -e a sua enfermidade não é auditiva.

10. Depois disso, não permitirei que a senhora ocupe meu espaço para falar, porque suas falas não importam mais que as minhas. Minhas falas, gestora, não fogem a compromissos; minhas falas, sedentas de sonho e famintas de paixão, desejam transformar o mundo, e ele começa na sala de aula, na minha.

11. São quase 20 anos lecionando e jamais considerei a sala um fardo, por isso só me ausento sob estas três condições: suicídio, homicídio e enfermidade grave e comprovada. Fora isso, sou tarado por aula. E são quase 20 anos lecionando.

12. Há anos, meus alunos respondem a um questionário sobre minha conduta em sala e sobre minha relação com eles. Afirmo-lhe que os resultados são os melhores. Sem se identificarem, muitos pedem para eu lecionar no terceiro ano. Mesmo assim, preciso lecionar melhor.

13. A escola não é o professor, mas a relação entre eles para edificar um processo de ensino-aprendizagem. Lembra quando argumentei sobre a importância dos conselhos de disciplina e dos conselhos de turma?

14. Este blog é um meio que encontrei para dar visibilidade a gestores que não cumprem com seus deveres segundo as leis da educação. Sou favorável também à minha exposição, porque devo satisfação à sociedade acreana.

Blog aberto a Josenir Calixto

Reponsável pelo ensino médio da rede estadual de ensino, o professor Josenir Calixto, jovem do PC do B, tem a oportunidade de transformar, dentro do possível, a escola pública. A esquerda sempre deve buscar o melhor, sempre.

Por isso, Josenir, escrevo-lhe para encontrar outros caminhos referentes, por exemplo, ao gestor escolar. Eu não entendo o porquê de o gestor não ser avaliado pela escola segundo critérios da Secretaria de Educação.

Há gestores que durante dois anos não contribuíram para qualificar o ensino público; gestores que não comparecem à escola pelo prazo de um mês e duas semanas, mas, mesmo assim, esses pseudo-administradores, submetidos a um exame da Secretaria de Educação e aprovados, estão habilitados novamente para ser candidatos a gestores de escola pública.

Josenir, o exame institucional deve surgir, primeiro, na escola, submetendo o gestor a uma avaliação dos professores, dos alunos, dos funcionários administrativos e dos funcionários de apoio.

Eu queria entender o porquê de isso não ocorrer.

terça-feira, novembro 13, 2007

Seu garçom, por favor!













O deputado Moisés Diniz, do PC do B, é flagrado quando pedia a número 1 na Assembléia Legislativa.

O fotógrafo foi malicioso.


Açeçôr de Inpremçá (2)


"Quanto às críticas, ainda dos oposicionistas, de que a entrega dos kits de combate à doença estaria a privilegiar determinadas famílias, o líder do governo responde: está acontecendo todo um levantamento técnico para atender à todos os moradores das comunidades contempladas."

1. Erro primarial. O verbo "atender", segundo Celso Pedro Luft, em Dicionário Prático de Regência Verbal, admite "atender a" (Transitivo Indireto) e "atendê-lo" (Transitivo Direto);

2. por exemplo, "atender a uma explicação" ou "atender uma explicação. No entanto, ele diz que, "se o complemento for um pronome pessoal referente a PESSOA, só se empregam as formas objetivas diretas. O diretor atendeu os interessados, ou aos interessados, mas apenas: O diretor atendeu-os (...)";


3. entretanto, para incomodar, o professor Celso, por exemplo, cita "... a bênção de lhes atenderdes"; e

4. sendo moradores, poderia ser "atendeu aos moradores" ou "atendeu os moradores", mas o fenômeno da crase inexiste antes de "todos", porque não cabe o artigo "a" antes dele, havendo, portanto, só o "a" da preposição do verbo "atender". Sem essa união (crase) entre vogal e preposição, não há o fenômeno da crase.

Açeçêr de Inpremçá (1)




"Foi essa mobilização que levou os deputados da oposição à criticarem na sessão desta terça-feira, 13, o evento no Juruá."

1. Querido aluno, se você for amigo de político, fique tranqüilo, não precisa saber escrever, basta ser amigo de;

2. Como um assessor pode cometer um erro desse, minha nossa!!! Coloca-se um acento grave, indicador do fenômeno da crase, antes de verbo. Isso é o mesmo que 2 + 2= 5.

Desilusão


"Vou fechar o blog" e "Velhos companheiros, novos inúteis"

Li o blog de Altino Machado e de Gean Cabral e meus olhos se abriram para a desilusão. Mesmo discordando daquele por alguns motivos, reconheço sua importância para o jornalismo acreano. Este, em seu blog http://kabrow.blogspot.com/, revelou sua amargura.

No caso de Gean Cabral, esse acreano por quem tenho enorme apreço, fico triste quando vejo seu talento de caricaturista ser ignorado pela cultura deste estado. A inteligência de Gean é digna de um DAS à altura daqueles que não são medíocres. E há muitos no governo estadual e municipal que simulam inteligência, porém permanecem no poder por uma doença chamada adulação.

Por outro lado, eu critico Altino e Gean, porque desejam ser reconhecidos pelo poder. Pessoas como vocês só podem esperar isto: a boa solidão, a escura e segura solidão. E que ela venha com o seu sólido breu para que possa ser iluminado pelo caráter dos inquietos, dos irreverentes.

Faça, Gean, sem a esperança de receber algo em troca, por exemplo, elogios. Pior: o reconhecimento. A vida nos recompensa com a morte e com o esquecimento de outros; entretanto, ainda sim, devemos viver mais e mais, sempre.

Se chegarmos ao fundo do poço, cavemo-lo mais ainda até encontrar a fonte de água límpida.

Exemplo














Com o papel sobre a perna, blusa azul, Izanilde é uma das coordenadoras da escola Heloísa Mourão Marques.
Simples, sempre educada, essa colega de trabalho faz o que pode.

Em um momento tão ruim na escola, Izanilde tem sido muito companheira dos professores.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Provão do Fantástico

O programa Fantástico testou 270 alunos do ensino médio de todas as capitais. Os alunos responderam a cinco perguntas de cada disciplina e dissertaram em dez linhas. Não houve questão de múltipla escolha.

Dez alunos da maior escola de cada estado foram escolhidos por acaso. De cada cinco provas, uma recebeu nota zero. Só houve seis nota 10.

O resultado é péssimo para o país. No Acre, o provão ocorreu com alunos do Colégio Barão do Rio Branco.


Matemática
Acre no ranking nacional (27 capitais): 19º

Norte

1. Roraima: 3,0
2. Tocantins: 2,5
3. Rondônia: 2,4
4. Amazonas: 2,4
5. Acre: 1,6
6. Pará: 1,4
7. Amapá: 0,9
______________________

Português
Acre no ranking nacional:
14º

Norte

1. Amazonas: 6,8
2. Rondônia: 5,8
3. Acre: 5,0
4. Tocantins: 4,9
5. Roraima: 4,7
6. Amapá: 4,3
7. Pará: 3,6

______________________

Geografia

Acre no ranking nacional: 15º

Norte
1. Tocantins: 4,0
2. Pará: 3,6
2. Amapá: 3,6
3. Rondônia: 3,1
4. Amazonas: 2,6
5. Acre: 2,2
6. Roraima: 1,8
_____________________

História
Acre no ranking nacional: 18º

Norte
1. Rondônia: 3,7
2. Roraima: 3,5
3. Amazonas: 3,4
4. Amapá: 3,2
5. Tocantins: 2,5
6. Acre: 2,4
7. Pará: 1,9

_______________________

Redação
Acre no ranking nacional: 7º

Norte
1. Rondônia: 5,3
2. Amazonas: 5,2
3. Acre: 4,0
4. Tocantins: 3,2
5. Pará: 2,5
6. Amapá: 2,3
7. Roraima: 2,3
_________________________

Todas as disciplinas
Acre no ranking nacional: 15º

Norte
1. Rondônia : 4,1
2. Amazonas: 4,1
3. Tocantins: 3,4
4. Roraima: 3,1
5. Acre: 3,0
6. Pará: 2,9
7. Macapá: 2,9

sábado, novembro 10, 2007

Um apelo eleitoral

Não lanço palavras a alunos que nunca estudaram comigo, porque esses me ignoram, só ouvem falar de meu fantasma.

Falo aos que vivem comigo entre as quatro paredes da escola Heloísa Mourão Marques, sem ar-condicionado; profiro aos que, diante de mim, saboream minha virtude e aos que sentem o gosto amargo de meus defeitos.

Querido aluno, a eleição de gestor se aproxima para definir o que desejamos com a nossa escola pública. Teu voto representa uma escolha para os próximos quatro anos. O teu destino prende-se a teus estudos, pois, sem estes, aquele está condenado ao fracasso.

Não podemos mais suportar uma escola sem direção, sem proposta educacional, sem vontade de transformar a tua preciosa vida por causa de alguns que permanecem indiferentes e cínicos. Alguns.

Um gestor sensível, inteligente, franco, ético, ou seja, um pessoa que não se reduza à aparência das palavras, à dissimulação. Um gestor que trabalhe mesmo, que saiba apontar novos caminhos com todos e para todos. Um gestor que saiba exigir e que saiba ser amável com equilíbrio e com perseverança.

Aluno, aluna, por favor, vamos transformar a escola Heloísa Mourão Marques para o bem de nossos destinos, porque, como escreveu o poeta Affonso Romano de Sant'Anna,

"Uma coisa é um país,
outra um ajuntamento
".

E, para nós,

Uma coisa é uma escola,
outra um ajuntamento.

Professor e Professora, assistam!!!













Hoje, madrugada, assisti a este bom filme do diretor americano Richard LaGravenese, Escritores da Liberdade.

Com sua narrativa simples, sem nenhuma pretensão de ser um filme autoral ou filme-arte, Escritores da Liberdade reproduz uma realidade que ocorreu em uma escola dos Estados Unidos, na última década do século 20.


Essa película une-se aos filmes Ao Mestre com Carinho, Sociedade dos Poetas Mortos e O Sorriso de Mona Lisa, formando um quadrívio exemplar sobre a escola.

Professora de Literatura, Erin apresenta Homero em sala de aula, mas, conforme os conflitos tomam dimensões maiores, ela opta por um livro que se relaciona à vida social desumana e violenta dos alunos.

Para isso, eles lerão
O Diário de Anne Frank. Amável e rígida, sensível e austera, Erin mostrou o que venho afirmando há tempo, que o ensino de literatura no ensino médio é distorção, é anacrônico, com sua divisão histórica: Barroco, Arcadismo, Romantismo, Parnasianismo.

Quando ela escolhe O Diário de Anne Frank, a disciplina Literatura deixou de ser indiferente às relações socioexistenciais dos jovens. Erin tematiza, isto é, ela não generaliza o conhecimento e, assim, não o fragmenta, mas, especificando-o, vasculha conceitos, reflete. Em outras palavras, aprofunda-se sobre o conceito violência.

Mas se aprofunda não só de forma racional, sistemática, Erin promove o lúdico, promove a razão do sensível, muito bem escrita por Maurice Merleau-Ponty.

Momento Pô-Ético (1)


















Sob meus olhos, a poesia de Affonso Romano de Sant'Anna, Que país é este?, para outro conteúdo.

Uma coisa é uma escola,

outra um ajuntamento.

Uma coisa é uma escola,
outra um fingimento.

Uma coisa é uma escola,
outra o aviltamento.

Ronda Gramatical


Respeite a gramática, a norma padrão pede passagem

Seja consciente, dê preferência à crase,

à vida

Livro Didático



Nesta semana, para minha surpresa, vi esses livros didáticos na escola estadual Heloísa Mourão Marques.
Não me lembro da última reunião entre professores de Literatura e de Língua Portuguesa para eles escolherem o livro didático.

Reunião com ata e filmada.

Pois bem, como resultado, o livro de Literatura e de Língua Portuguesa que chega aos alunos de uma escola pública é muito ruim.

É preciso compreender que os conselhos de área devem estar no processo de construção do Plano Político Pedagógico.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Matéria de Josafá Batista


Foto de Selmo Melo










Faltam agulhas,
e pacientes ficam sem hemodiálise na Fundhacre

Jorge Martins do Nascimento, 52, professor. Maria Antônia Moraes Souza, 40, agricultora. Maria Martins de Oliveira, 54, dona-de-casa (foto).

Os nomes, as idades e as profissões são diferentes, mas os três têm a mesma necessidade: o serviço de hemodiálise oferecido na Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre). Ontem, porém, os três ajudavam a aumentar uma fila de dezenas de pessoas. Motivo: faltaram agulhas no hospital.

Além de não terem dinheiro para pagar hemodiálises, Jorge, Maria Antônia e Maria Martins compartilham a mesma dificuldade para acessar o serviço público. Horas de caminhadas, ônibus superlotados, caronas mal-humoradas e outras humilhações são suportadas por esses e outros cidadãos que têm RG e CPF. A lembrança de horas de espera no hospital foi só um item a mais.

“Tenho que vir fazer esse tratamento três vezes por semana, quatro horas por sessão. Quando falta, sinto dores pelo corpo e vários problemas de saúde. O pior é que se a situação se normalizar muita gente vai perder a condução de volta pra casa. Muitas vezes, isso é feito como um favor de amigos mais próximos ou vizinhos”, revela Jorge Martins, que está de licença-prêmio para fazer o tratamento.

A possibilidade de publicação, nos jornais, de histórias de usuários do serviço como Jorge Martins ou Maria Antônia - que três vezes por semana caminha 22 quilômetros entre a sua casa, na zona rural, e a Fundhacre - mobilizou a diretoria do hospital. Por volta das 14 horas, o problema havia sido resolvido, e o subsecretário estadual de Saúde, Sérgio Roberto Gomes de Souza, atendeu gentilmente a reportagem.

Atraso no fornecimento

Perguntado por qual razão a Fundhacre não comprou agulhas suficientes para atender os pacientes da hemodiálise, Sérgio Roberto disse que houve um atraso para entregar parte do fornecedor do produto.

“A Fundhacre comprou agulhas em quantidade suficiente, o que houve foi uma demora no fornecimento do produto. Nós trabalhamos com um prazo máximo de entregas, numa quantidade suficiente para atender o intervalo até a próxima entrega, mas, infelizmente, nesse último caso, houve um atraso além do prazo máximo. Como resultado, faltaram agulhas”, justificou.

O subsecretário garantiu, mesmo assim, que todas as famílias serão atendidas.

“Não vamos deixar ninguém sem atendimento, é um compromisso que assumimos de atender todos os que estavam esperando”, afirmou.

As agulhas utilizadas desde ontem para suprir a deficiência fazem parte de um fornecimento especial. A estimativa do governo é que a entrega atrasada deve ser feita por volta do meio-dia desta segunda-feira.

Ronda Gramatical

"O Exército e as Polícias Federal, Civil e Militar apreenderam mais de 128 quilos de cocaína, armas, munição e a elucidação da chacina na quarta-feira, no Ramal Progresso. Três homens foram executados."

1. Da forma com está escrito, Exército e policiais apreenderam a elucidação. O correto é "e elucidaram a chacina".

Obrigado, Evandro!

Aldo, te parabenizo pelo blog. É uma delícia. Minhas filhas não vão à escola sem antes te ler. Dizem que escrevo razoavelmente, talvez por ser humilde o suficiente para acompanhar críticas como as tuas, assim como sempre consulto meu amigo professor-doutor Francisco Dandão.

Um grande abraço,
Evandro Cordeiro
_________________________

Evandro, todos, sem exceção, têm seus limites. O que me desagrada são eles se acomodarem. Há jornalista que representam a idade da pedra, os caras pensam que, para escrever, basta ser alfabetizado. São figurinhas petrificadas, congeladas. Textos previsíveis.

Se não fossem os revisores, nossos jornais seriam impublicáveis, porque os caras estacionaram mal no tempo e foram multados pela ignorância. Há exceções, poucas.

E ainda são arrogantes. Para essas pessoas, sim, também sou.

Queria um tempo a meu favor para escrever com mais calma e com um conteúdo melhor, mas a realidade se impõe, nem sempre, nem sempre.

Obigado por tuas educadas palavras.

quinta-feira, novembro 08, 2007

Ao talentoso Enilson Amorim



Não considero Enilson um chargista, porque seus traços, na verdade, são caricaturais. Trata-se de um acreano talentoso quando o assunto é retrato e caricatura.

À margem dos que estão no poder, Enilson paga o preço de não receber incentivo. Não existem filhos da terra. Existem, isso sim, os interesses diferentes dos filhos da terra.

Um abraço em tua vida, Enilson!!! Crie, meu irmão, crie para muito além das dificuldades.

Com sua caricatura, deforme a imagem de nossos políticos.

Açeçôr de Inpremsá

Carvalho almoçou com o secretário de agricultura do município, Sebastião Saraiva e com o diretor da COPEL, vereador Xixico de quem recebeu uma sexta contendo os principais produtos da cooperativa.

Procura-se!

Quanto vale a indiFerenÇa?

Quanto custa tomaR conta só da próPria viDa?

Qual o preço do siLênciO?

Qual a vantagem do ciNisMo?

O preço de publicar a verdade, algumas, as pequenas, ainda sim, é alto. Ao redor de ti, uma plêiade de antipáticos à sua pessoa sustentam a leveza das aparências. Nunca é bom dizer a verdade.

A não ser que você... que você...

bem, que você não tenha negociado com Satanás - senhor da mentira, da dissimulação. Não me submeti à plástica de Ivo Pitanguy, quer dizer, não tenho duas caras e escrevo com palavras que olham no olho.

Gestora

A gestora da escola Heloísa Mourão Marques, enferma, muito doente, pediu licença para cuidar de sua combalida saúde. Eu também estive mal. No semestre passado, um leito do hospital Santa Juliana me acolheu por quase duas semanas. É humano, ficamos doentes.

Mas, como vivo em sociedade, como leciono em uma escola pública estadual, não posso me afastar sem, antes, dar satisfação por escrito. Devo satisfação.

Eu devo.

Mas a gestora Lúcia não deve satisfação a quem votou nela ou à escola pública. Perguntei ao presidente do Conselho Escolar, e ele me disse que a gestora não apresentou sequer um documento para legalizar seu afastamento. Perguntei ao setor administrativo e... a gestora não apresentou documento.

Gestor é mais bonito que professor? Não sei se é mais bonito, mas duas alunas me disseram que viram a gestora Lúcia não em posto médico, mas em um salão de beleza cuidando de sua saúde estética. Escrevo para (des)cobrir as aparências de uma escola pública e, dessa forma, expor o que insiste manter-se à sombra. Quero luz - visibilidade, franqueza.

Há um mês e duas semanas, ela, sem dar satisfação, recebe todo mês seu dinheiro como gestora de uma escola sem Plano Político Pedagógico.

Quanto vale a indiFerenÇa?

Quanto custa tomaR conta só da próPria viDa?

Qual o preço do siLênciO?

Qual a vantagem do ciNisMo?

quarta-feira, novembro 07, 2007

O PT da vereadora Maria Antônia














Quando defendemos um partido a qualquer custo, aceitamos que um palanque custe aos cofres públicos mais de R$ 90 mil para o presidente Lula subir.

O presidente, como não veio, não subiu ao palanque. Subir, subir mesmo, bem, só o preço.

Pela TV, a vereadora Maria Antônia disse que, quando foi sindicalista, Lula subia ao caminhão para falar. Como presidente, ela justifica o gasto.

Houve uma época em que petista chegava ao Congresso pedalando bicicleta, ele: Gabeira. Mas o partido é poder, e o poder não pode ser simples, acreditam alguns.

Um país pobre para muitos, um palanque com esse preço, esse é um PT que me entristece.

Matar Aula



Escondida, essa aluna matou Aula com sete facadas no coração e com um golpe de terçado na cabeça. Motivo: Aula era chata.

"O professor quer que eu leia um livro e ler é muito chato, porque tenho que ir ao dicionário, tenho que prestar atenção", reclamou.

Impune, ela afirmou que matará outras. Trata-se de uma assassina cruel. Seu futuro, bem, ela está matando Futuro.

O PT de Raimundo Angelim


Voto, mais uma vez, em Angelim. Às vezes, critico a Frente Popular por meio de artigos ou de matérias, mas eu escrevo minhas críticas com sensatez, não panfleto.

Panfletar diminui o valor da democracia.

Na foto, a prefeitura de Rio Branco limpa bairros desde que Angelim chegou ao poder. Eu tenho um apreço por essa administração.

Como digo, posso criticar a esquerda, mas, quando se trata da direitona no poder, eu rio e rio.

Minha acreana filha


Meu Amor, sei que você só se limita a teus dez anos, comemorados hoje, mas, por favor, entenda que a realidade exigirá de ti muito mais do que eu exijo.

E, quando ela exigir, por favor, sonhe mais ainda; imponha à realidade a alegria de viver com um caráter ímpar.

Filha, jamais traia teus amigos e os valores que dignificam a vida. Não seja irresponsável com as palavra, assuma-as.

Eu a amo mais do que a minha vida e não se esqueça: sempre amigos!!!

Um abraço em teu destino e um beijo em tua alma.

terça-feira, novembro 06, 2007

Ronda Gramatical

Hoje, o jornalista Josafá Batista foi criticado por escrever em sua matéria "sul-cruzeirense". O ruim não é a crítica, mas a soberba da ignorância de quem critica um dos melhores textos jornalísticos do Acre.

O que existe de errado em "sul-cruzeirense"? O crítico disse que não há norte-cruzeirense. Bem, a melhor saída, ele: o livro.

Se você abrir uma gramática ou o Manual da Redação, da Folha de São Paulo, encontrará a resposta.

Na página 278, do Manual da Redação, quem nasce em Mato Grosso do Sul é mato-grossense-do-sul ou sul-mato-grossense. Não há nenhum impedimento para haver uma analogia, isto é, quem nasce em Cruzeiro do Sul é sul-cruzeirense ou cruzeirense-do-sul.

Os livros, sim, é preciso ir a eles antes que a arrogância se engane.

Açeçôr de Inpremçá

Quem lhe procurou?

1. Eu tenho meus limites gramaticais, porque, sei, não domino a LÍNGUA. Sabedor disso, o caminho é leitura e mais ela: leitura;

2. Tem gente que critica texto de jornalista e erra 2 + 2. Sim, essa matemática equivale a uma regência verbal errada;

3. Quem procura, meu caro, procura alguém e não a alguém, ou seja, o verbo não pede a preposição "a", não havendo, portanto, o uso de "lhe"; e

4. O correto é "quem a procurou?" Primário.

A professora











Conheço a professora Lucinéa Wertz há anos, 15 para ser exato. Conheço seus defeitos, conheço os meus defeitos. Os meus.

O seu maior defeito é confiar no ser humano e esperar deles o gesto simples da confraternização.

Em uma escola, não precisamos de bundas e de coxas, mas de belos cérebros. Miss Inteligência deveria receber apoio da direção, mas, como não recebe, ela realiza sozinha uma ótima idéia.

De Bernardo de Carvalho









Escritor, Bernardo de Carvalho recebeu o Prêmio Jabuti em 2004 com o romance Mongólia. Estou para ler um de seus romances. Sua inteligência, sedutora.

Ótimo artigo.

O fracasso do pensamento

Num mundo em que o jornalismo substitui a filosofia, é lógico que o bom senso não tem vez

UM MUNDO sem reflexão, onde a violência da realidade obriga o sujeito a deixar de pensar para agir, cedendo ao senso comum, ao simplismo e ao pragmatismo cínico, recorrendo ao preconceito e a ações impensadas que antes ele condenava, quando essa mesma realidade ainda não o atingia diretamente e ele podia repetir belas teorias da boca para fora, não é um mundo menos hipócrita (como alguns gostariam), é um mundo pior.

Um mundo sem arte (no qual a arte, aceitando a pecha de ilusão e perfumaria, cede ao consenso da realidade e passa a funcionar como jornalismo e sociologia) também.

É nesse mundo desiludido que a representação de jovens tolos e inconseqüentes, repetindo Foucault da boca para fora, para acabar quebrando a cara na prática contraditória do trato direto com a realidade nua e crua, passa a ter um efeito catártico junto a platéias em busca de um bode expiatório.

É desse mundo (o do fracasso do pensamento) que trata "Tropa de Elite": onde só é permitido escapar à violência (e deixar de ser violento) fora da realidade -tudo o que o capitão Nascimento quer, ou diz querer, é sair desse mundo (onde quem pára para pensar morre), para poder cuidar em paz do filho e da família.

Gostei do filme, embora tivesse preferido o longa-metragem anterior de José Padilha, o documentário "Ônibus 174". Não acho o filme fascista. Mas é inegável que, como qualquer representação da realidade, ele tem um discurso (que não é exatamente o mesmo do capitão Nascimento), a despeito de dizer que se limita a mostrar a realidade. E não é um discurso novo.

É o discurso de um realismo funcional que volta e meia reaparece para dizer que a realidade é o que é. E que só os fatos (ali representados) contam.

Num mundo em que o jornalismo substitui a filosofia (e em que a arte se esconde como discurso para se apresentar como espelho de uma realidade unívoca), é lógico que o bom senso não tem vez. A demagogia e a ira, sim. É preto no branco. Produção de subjetividade é coisa de elite irresponsável. Aqui, nós tratamos de fatos objetivos.

Com o desbaratamento das idéias, este passa a ser um mundo de polarizações em torno de questões simplistas e indiscutíveis. Não se produz pensamento; tomam-se partidos. Vozes da ponderação e do conhecimento de causa -como a de Alba Zaluar, que exercita o bom senso semanalmente e sem maiores alardes nas páginas deste jornal- vão se tornando inaudíveis em meio ao bruaá dos lugares-comuns estridentes.

O bom senso não aparece, porque não tem graça nem dá manchete. As idéias foram reduzidas a representações sociais. Basta que cada um fale e seja reconhecido como representante do seu grupo social (e que muitas vezes se aproveite disso para respaldar a banalidade ou a demagogia do que diz).

O que conta não é o teor das idéias (em geral, as mais simplistas), mas que sirvam para identificar o lugar social de quem as manifesta no campo de batalha. Essa aparente desordem apenas encobre uma ordem geral, o consenso em torno da realidade como um campo de forças autônomo, um teatro de ação e reação, imune à reflexão e à inteligência.

Foi em meio a esse contexto que bati com os olhos na recém-publicada edição espanhola dos artigos e palestras do dramaturgo francês Enzo Cormann: "Para que Serve o Teatro?" (Universidade de Valência). Na conferência de 2001 que dá título à coletânea, o autor diz que o teatro (e de resto toda arte que se preze), por ser reflexão, "consiste em reinjetar subjetividade num corpo social entrevado pelo uniforme demasiado estreito do pragmatismo econômico" -ou (por que não?) do realismo oportunista que reivindica para si uma pretensa objetividade, condenando ao mesmo tempo toda produção subjetiva à impotência e ao ridículo, como se dela não fizesse parte.

Em nome de uma representação unívoca da realidade, o discurso embutido em "Tropa de Elite" (que não se assume como discurso) limita a própria possibilidade de produção de subjetividade a quem está fora desse mundo, ao diletantismo ridicularizado de estudantes inconseqüentes.

Ao associar a produção de subjetividade aos ricos, aos tolos e aos irresponsáveis, como se tampouco estivesse produzindo subjetividade, o filme acaba, provavelmente sem perceber, dando um tiro no próprio pé, pois contribui para estreitar o entendimento do que num passado não muito remoto, e graças ao esforço e à resistência de grandes cineastas, garantiu ao cinema um lugar entre as artes, justamente como produção de subjetividade.

Muito além dos sindicalistas (2)



A Secretaria de Educação do Estado do Acre deveria promover um encontro estadual com os professores de língua portuguesa e de literatura para que idéias pudessem ser registradas como parâmetros.
Trata-se de um assunto urgente. O texto ao lado, escrito por um outro aluno de ensino médio, delata a péssima qualidade de ensino em língua portuguesa.

Para iniciar as melhoras, o problema ultrapassa a própria disciplina. A solução depende também de administração escolar.

Muito além dos sindicalistas (1)



Quando o assunto é qualidade de ensino, sindicalistas pensam que sabem o que dizem. Ao lado, texto de aluno do ensino médio.
Como um aluno chega ao ensino médio com essa escrita?

E não é somente um. Não são somente dois. Não são somente três. Muito chegam ao ensino médio com uma escrita que se assemelha à quinta série, no máximo.
Trata-se de uma questão muito séria, ou melhor, a palavra encontra-se enferma na escola sem que o tratamento seja adequado.

Não basta o professor em sala. É pouco. Muito pouco.