quinta-feira, novembro 01, 2007

Admirável Mundo Novo


Em 1932, Aldous Huxley publica um romance de ficção científica. Mais: profetiza. Em suas páginas, Admirável Mundo Novo prevê a clonagem humana. Huxley, portanto, narra uma revolução que não é política.

Em seu prefácio, ele afirma que essa revolução não se dará no mundo exterior, mas, sim, na carne humana, no corpo. "Robespierre havia realizado a espécie de revolução mais superficial, a política", está lá escrito.

O tempo passa. Após 75 anos, em 22 de outubro de 2007, a revista Época publica Hormônios contra o crime. Há três anos, a Itália debate debate a castração química. Por meio de hormônios femininos, o pedófilo perde seu desejo sexual.

O mais usado nos Estados Unidos, acetato de medroxiprogesterona. A morte da política representa a morte das instituições - incapazes, por meio da palavra, de ordenar a vida social.


Em 1932, o livro previu a biopolítica.

2 comentários:

morenocris disse...

Admirável Mundo Novo!

Já estou por aqui.

Beijinhos.

José, professor de matemática disse...

Boa comparação. Em "Admirávcel mundo novo" os seres humanos são mantidos sob controle utilizando uma droga, o "soma". Países europeus que cogitam a castração química para coibir abusos sexuais abrem um precedente para que outras mazelas sociais dependam de meios similares para serem solucionadas.