Manoel Jesus,
professor de Comunicação da UCPel
Alguns podem me acusar de saudosismo, mas não é assim. Infelizmente, no que se refere à educação, involuímos, voltamos tristemente para trás. Havia uma fórmula simples, mas eficaz: as famílias davam os primeiros ensinamentos, especialmente no que se referia aos valores e às referências, auxiliadas pelas igrejas, e quando a criança chegava ao ensino formal já tinha um lastro, em condições de alcançar o seu desenvolvimento.
Onde deu errado? Já foi dito: a família foi colocada em xeque, mesmo que não se tenha encontrado nenhuma estrutura alternativa em condições de suprir as carências dos primeiros anos. A mãe, como referência em educação, precisou sair para o trabalho, complementando a renda familiar; enquanto a autoridade do pai passou a ser questionada, nas coisas mais simples, como uma palmada, que pode ser pedagógica, na maior parte das vezes doendo mais em quem dá do que em quem recebe.
As igrejas perderam a sua força e bispos, padres, pastores, hoje, são apenas vistos como “figuras interessantes”, mas não ditam normas e orientações para a maior parte da população. E a educação formal, especialmente a pública, enfrenta grandes e sérios problemas, sem solução a curto ou médio prazo. Isto é um raio-X superficial de uma questão onde as perguntas são muitas e as respostas poucas. Não podemos voltar ao passado para refazer o caminho onde erramos, mas também não podemos descartar as experiências que deram certo.
Tenho visto escolas anunciarem um ensino de qualidade e “puxado”, onde as normas são claras e cobradas dos alunos, professores e pais. E, depois de todas as experiências “democráticas”, os responsáveis entendem que há regras que precisam ser seguidas e produtividade que precisa ser cobrada para que se desenvolvam padrões de aprendizado.
Não estou advogando “linha dura” nos colégios, mas que entre a oferta de ensino, convívio, prática esportiva, muitas vezes a própria alimentação, fique claro para alunos e seus pais que não há vitórias no ensino sem que haja esforço e colaboração. Não há professores “bonzinhos”, ou “maus”. Há preocupação com aqueles que julgam que “dando uma mãozinha”, agora, vão se dar bem mais adiante. Não vão. Esta etapa só pode ser vencida por quem entende que a cumplicidade entre educando e educador está, sim, numa cobrança recíproca que deixe marcas para sempre. As marcas que indicam os caminhos da própria vida.
professor de Comunicação da UCPel
Alguns podem me acusar de saudosismo, mas não é assim. Infelizmente, no que se refere à educação, involuímos, voltamos tristemente para trás. Havia uma fórmula simples, mas eficaz: as famílias davam os primeiros ensinamentos, especialmente no que se referia aos valores e às referências, auxiliadas pelas igrejas, e quando a criança chegava ao ensino formal já tinha um lastro, em condições de alcançar o seu desenvolvimento.
Onde deu errado? Já foi dito: a família foi colocada em xeque, mesmo que não se tenha encontrado nenhuma estrutura alternativa em condições de suprir as carências dos primeiros anos. A mãe, como referência em educação, precisou sair para o trabalho, complementando a renda familiar; enquanto a autoridade do pai passou a ser questionada, nas coisas mais simples, como uma palmada, que pode ser pedagógica, na maior parte das vezes doendo mais em quem dá do que em quem recebe.
As igrejas perderam a sua força e bispos, padres, pastores, hoje, são apenas vistos como “figuras interessantes”, mas não ditam normas e orientações para a maior parte da população. E a educação formal, especialmente a pública, enfrenta grandes e sérios problemas, sem solução a curto ou médio prazo. Isto é um raio-X superficial de uma questão onde as perguntas são muitas e as respostas poucas. Não podemos voltar ao passado para refazer o caminho onde erramos, mas também não podemos descartar as experiências que deram certo.
Tenho visto escolas anunciarem um ensino de qualidade e “puxado”, onde as normas são claras e cobradas dos alunos, professores e pais. E, depois de todas as experiências “democráticas”, os responsáveis entendem que há regras que precisam ser seguidas e produtividade que precisa ser cobrada para que se desenvolvam padrões de aprendizado.
Não estou advogando “linha dura” nos colégios, mas que entre a oferta de ensino, convívio, prática esportiva, muitas vezes a própria alimentação, fique claro para alunos e seus pais que não há vitórias no ensino sem que haja esforço e colaboração. Não há professores “bonzinhos”, ou “maus”. Há preocupação com aqueles que julgam que “dando uma mãozinha”, agora, vão se dar bem mais adiante. Não vão. Esta etapa só pode ser vencida por quem entende que a cumplicidade entre educando e educador está, sim, numa cobrança recíproca que deixe marcas para sempre. As marcas que indicam os caminhos da própria vida.
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