Ivone Bengochea, do Rio Grande do Sul, não gostou do que escrevi em "Um livro e uma matéria de jornal". Minha amiga virtual, ela não me compreende quando rabisco algo sobre as feministas neste blogue.
Ivone, já disse a teus olhos que o feminismo não fala uma só língua. Entretanto, uma ideia de feminismo se perdeu ao longo dos anos, ideia defendida por Käthe Schirmacher, por Marguerite Durand, por exemplo.
Jogo pesado contra um feminismo tolo, um modelo que serviu ao capital, à indústria. Esse tipo é um erro. Não sou contra o feminismo, mas contra uma concepção dele. O feminismo que você defende não fugiu ao domínio masculino.
Ivone, sei que estou devendo a ti a leitura de Drummond, estou em falta. Por favor, tenha paciência.
Um abraço suave em teu destino!
Um comentário:
Meu querido amigo virtual Aldo.
Retire a discórdia do nosso vocabulário. Apenas temos pontos de vistas distintos. As autoras: Käthe Schirmacher, por Marguerite Durand em que embasa seus argumentos são de uma pobreza intelectual e mulheres reacionárias às mudanças que aconteceram nas últimas décadas. Como negar Simone de Beauvior, Hedloneida Studart, o próprio Bourdier não nega o feminismo. logo ele um crítico, um libertário. Não existe um lugar feminino e outro masculino,(nem a cozinha, hoje dominada pelos homens) existem seres humanos massacrados por ideologias que lutam e lutaram por um mundo melhor. Ai estão as mulheres, os homens, os negros, os gays, os índios etc. Cora Coralina era feminista, rompeu os preconceitos e tornou-se poetisa longeva, Zuzu Angel era apenas uma estilista, foi à luta quando presenciou as infâmias do regime militar contra seu filho e nora, foi morta covardemente. Nisa Floresta, no século XIX, venceu barreiras, perfilhou-se ao lado de intelectuais e fundou escolhas. Se as feministas do Acre são sectárias, azar delas. Você não pode tê-las como modelo. Na Idade Média, as mulheres eram tidas como bruxas porque ingressaram no mundo masculino da ciência. Ai foram queimadas, como séculos depois as operárias de Nova Iorque. Faça um debate com seus alunas e alunos para que eles não sejam sectários como você diz que são as feministas do Acre.
No Acre como no Rio Grande do Sul ainda sequestram, massacram, matam mulheres, apesar de tudo. Viva as lutas libertárias da humanidade. Mas, lembre-se as mulheres feministas não são amargas. "Nós, somos como purpurina, quando o palco se ilumina, somos roxas pra dançar". Vamos, meu amigo Aldo dançar a vida e liberdade. Um beijo fraterno da Ivone
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