Em 22 de agosto, o riso realizou uma passeata em Copacabana contra o artigo 45 da Lei das Eleições, vigente desde 1º de outubro de 1997, que proíbe em período eleitoral rir dos políticos. “Humorista unido jamais será comido”, era a palavra de (des)ordem.
Três dias depois, o antropólogo Roberto DaMatta publica no jornal O Globo o artigo "Legislar o riso e sacralizar o poder. Diz o autor de Carnavais, malandros e heróis: “O nosso sistema de poder protege, dignifica, hierarquiza e sacraliza o governante. E o quanto somos coniventes com isso.”
No Acre, essas palavras de DaMatta caem muito bem. Aqui, depois que a Frente Popular chegou ao poder, o riso contra Jorge Viana foi inibido quando eu trabalhava no Página 20. O talentoso Braga publicaria uma charge que, claro, ria de Jorge Viana. Entretanto, o assessor Oly – hoje na prefeitura de Rio Branco – “pediu” ao chargista retirar porque não se podia rir do governante Jorge Viana.
No Acre, não existe mais chargistas. Braga recebe sempre o Prêmio Chalub Leite de Melhor Chargista porque ele é único nesse deserto e porque sua charge não galhofa do poder, da Frente Popular, de Jorge Viana, de Edvaldo Magalhães.
Pergunta DaMatta em seu artigo: “Seria possível proibir o riso e o humor neste momento, como fazem os radicais, que se levam tão a sério que não podem rir de si próprios?”. O poder oculta-se com sua seriedade, e o riso (des)cobre o que há escondido sob o discurso sério de um político. O poder sempre mente. O riso sempre revela.
Depois da passeata, o artigo 45 da Lei das Eleições perdeu validade, agora podemos rir dos políticos, menos no Acre. “Amordaçado o riso, o poder sacraliza-se porque não há mais a liberdade de desafiá-lo”, diz Roberto DaMatta.
Três dias depois, o antropólogo Roberto DaMatta publica no jornal O Globo o artigo "Legislar o riso e sacralizar o poder. Diz o autor de Carnavais, malandros e heróis: “O nosso sistema de poder protege, dignifica, hierarquiza e sacraliza o governante. E o quanto somos coniventes com isso.”
No Acre, essas palavras de DaMatta caem muito bem. Aqui, depois que a Frente Popular chegou ao poder, o riso contra Jorge Viana foi inibido quando eu trabalhava no Página 20. O talentoso Braga publicaria uma charge que, claro, ria de Jorge Viana. Entretanto, o assessor Oly – hoje na prefeitura de Rio Branco – “pediu” ao chargista retirar porque não se podia rir do governante Jorge Viana.
No Acre, não existe mais chargistas. Braga recebe sempre o Prêmio Chalub Leite de Melhor Chargista porque ele é único nesse deserto e porque sua charge não galhofa do poder, da Frente Popular, de Jorge Viana, de Edvaldo Magalhães.
Pergunta DaMatta em seu artigo: “Seria possível proibir o riso e o humor neste momento, como fazem os radicais, que se levam tão a sério que não podem rir de si próprios?”. O poder oculta-se com sua seriedade, e o riso (des)cobre o que há escondido sob o discurso sério de um político. O poder sempre mente. O riso sempre revela.
Depois da passeata, o artigo 45 da Lei das Eleições perdeu validade, agora podemos rir dos políticos, menos no Acre. “Amordaçado o riso, o poder sacraliza-se porque não há mais a liberdade de desafiá-lo”, diz Roberto DaMatta.
Um comentário:
Pois a melhor vingança é rir d todos eles!!! É a melhor epoca p/ gente rir, o período d campanha eleitoral! Me racho d rir vendo Tião, Jorge e Edivaldo posando d bonzinhos na TV e nas visitas às favelas q a incompetência deles ajudou a manter do jeitinho q estão... Deixa eles, o poeta diz, 'ainda vem o cancer e te leva, doutor', afinal o cancer é democrático pega o pobre e o rico!
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