Nesses dias, meus sentidos têm se fartado de bons filmes. O último, "Flores Raras", de Bruno Barreto.
Um dos prazeres de minha curta vida é sair com minha muito amada esposa para assistir a filmes. É um amor cultural, gesto de companheiros que apreciam a vida por meio da película.
Assistir a "O dia que durou 21 anos" é uma obrigação cívica. A única mulher que esteve no sequestro do embaixador norte-americano, Vera Sílvia Magalhães.
"Agustine" é outro bom filme. Ainda que não se refira a Freud, ainda que ele seja a mais absoluta ausência, você descobre o quanto Freud foi genial.
E "Flores Raras", que expõe a elite carioca dos anos de 1950 até 1964, que expõe uma lírica relação lésbica entre três mulheres, que expõe uma breve história de Carlos Lacerda, que expõe a vida de Lota, a pessoa que projetou o Parque do Flamengo, que expõe a inteligência poética de Elizabeth Bishop.
Ando muito feliz por aí...
Um comentário:
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
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