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Iniciei um artigo científico a ser publicado em uma revista. Aqui, publico seus dois primeiros parágrafos.
Ei-los:
Em qual livro de história lemos a luta de classe
como luta da “estética do falso”? Tais páginas jamais foram escritas na
história do marxismo, porque, entre o patrão e o empregado, as lutas nas ruas
da Europa e do Brasil sempre se marcaram por sua natureza orgânica, isto é, a
práxis do corpo sempre se reduziu a ser meio ou a ser instrumento da violência ou instrumento da
força do corpo enquanto corpo reduzido ao orgânico.
Em
qual pensador lemos o marxismo brincando com as crianças? Nas entrelinhas ou de
forma invisível, elas podem estar em certos filósofos; porém, de maneira tão
visível, não há outro senão ele: quem, nos últimos dias da frágil República de
Weimar, em 1933, aproximou marxismo e criança no livro Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação; não há outro senão este
filósofo: quem afirma nessa obra que “a encenação contrapõe-se ao treinamento
pedagógico como libertação radical do jogo” (pág. 87) - enfim, eis o nome: Walter Benedix Schönflies Benjamin
ou tão somente Walter Benjamin (1892-1940).
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