1. A Fé e a
Lógica
a. A reforma
educacional de Carlos Magno (século VIII), a fim de fortalecer a unidade de seu
império, estabeleceu, por meio do monge beneditino Alcuíno, as artes liberais,
o trivium: o ensino literário (gramática,
retórica e dialética); preparando o caminho para o Renascimento
do século XII;
b. Antes, no século
XI, alguns sacerdotes da Igreja já tinham
o ardor da dialética e da retórica. Pedro Damião (1007-1072) queixava-se de que o interesse era pelo
seu estilo, pela sua eloquência, pela sua sutileza dialética,
pelo silogismo, e não o interesse pela verdade do conteúdo.
Até o dogma foi submetido à dedução silogística. Por causa
disso, Pedro Damião rejeita a razão dialética porque ela não pode questionar a
autoridade. Cristo é a autoridade maior e única, e não Aristóteles com sua razão.
Monge não precisa de filosofia, mas Pedro Damião usa a filosofia contra a
filosofia. Para Anselmo de Cantuária
(1033-1109), “não se compreende para crer, mas, ao contrário, crê-se para
compreender”. Anselmo trilha o caminho da lógica; e
Nenhum comentário:
Postar um comentário