sexta-feira, agosto 25, 2006

Uma Introdução

Uma aluna apresentou-me uma dissertação e pediu aos meus limites para tecer algumas observações.
Introdução
O caso da Suzane, está gerando uma série de discursões deixando algumas pessoas na dúvida, Suzane: culpada ou inocente.
Para uma introdução dissertativa, destinada ao vestibular, peço aos alunos que escrevam entre 5 e 7 linhas, havendo no mínimo um ponto contínuo e no máximo quatro pontos.
Além do uso errado das vírgulas, a autora não especifica essas "discussões". Antes que especificasse, deveria, entretanto, limitá-las, por exemplo, em duas "discussões", porque, para cada "discussão", um desenvolvimento.
Por que escrever "uma série" se a autora só terá pela frente dois desenvolvimentos?

terça-feira, agosto 22, 2006

Caixa-preta

Em uma entrevista à TV Aldeia, a professora Maria Correia, secretária de Educação do Estado do Acre, afirmou que a sala de aula é uma "caixa-preta". Após oito anos, a Secretaria de Educação não abriu essa caixa.
Como abri-la? Existe um problema seríssimo nas escolas públicas acreanas, qual seja, administração. A organização interna das unidades de ensino, a estrutura, a forma como a escola pública funciona, impede que a "caixa-preta" se abra para que possamos observar seu interior.
Se não houver uma outra estrutura, não sairemos do blablablá. Certa vez, em uma reunião, uma professora disse que basta procurar a palavra estrutura no dicionário para sabermos o significado de estrutura. Inocência.
Bem, em O Poder Simbólico, Bourdieu pensa em estrutura como um significante que altera as relações humanas. Assim sendo, como essa estrutura se apresenta na escola pública hoje?
Na próxima atualização, escreverei.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Liberdade na Escola Pública Acreana

Estou para publicar um texto no jornal A TRIBUNA sobre a liberdade dos professores na escola pública, e tudo contado por alunos da rede pública de ensino.

Uma dessas histórias. Certa vez, uma professora, disciplina História, pediu que os alunos pintassem os desenhos de índios em sala de aula. Jardim de infância? Os alunos eram do ensino médio.

Outra. Durante todo ano letivo, a professora só falou que o homem veio do macaco.

Estou registrando mais. Em breve, publicarei no jornal.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Abuso & Abuso

Maior de idade e abusado. Pelas costas, o aluno fala baixo: "Professor que usa diadema não é homem". Além disso, não assiste às aulas. Permanece pelos corredores, incomodando minhas aulas.
Há certos alunos que escarram na educação, nos limites, no respeito. Afrontam para impor na escola um comportamento de rua.
Mostrei a esse aluno que também sei afrontar, ou seja, ele não ficará pelos corredores da escola, matando aula. Serei seu "inspetor vip", porque as inspetoras não conseguem se impor diante de alunos abusados.
Outro aluno manda eu tomar naquele lugar. Outro aluno diz a uma professora que ela não manda em sala. Outro, dá cotoco a uma inspetora. Outro manda a mãe "tomar no rabo" diante da direção.
Eu imponho limites.

terça-feira, agosto 15, 2006

A campanha política

Hoje, inicia-se a propaganda política na TV. Meu voto, já definido, cairá na urna com o nome de Binho e com os nomes da Frente Popular. É voto sem interesse particular, por exemplo, um DAS.
Por isso, não havendo segundas intenções, não sou obrigado a dizer que Binho é lindo, gostoso e atraente. O candidato do PT, eu sei, é imperfeito, por isso espero que ele não conjugue o passado do atual governo no pretérito perfeito.
Que saiba ser crítico de si mesmo, que não apresente o óbvio e que aponte caminhos revoluciuonários para a educação pública. Evite os clichês, palavrinhas feitas, porque o PT não pode se acomodar em seu narcisismo, em seus gabinetes.
Binho precisa falar sobre a administração da escola pública. MAIS: sobre a qualidade de ensino. Ele deve apresentar um idéia sobre como as escolas públicas são administradas e como deverão ser. Trata-se de um ponto central.
Outra questão, o tempo integral dos estudantes nas escolas.
Depois, escreverei mais.