Em Rio Branco, uma obra recria uma avenida. Tratores, caminhões e homens ampliam a pista, mas uma senhora de 79 anos, o humano, retira restos do lixo para alimentar seus cães. O progresso não transita para alguns.
sexta-feira, outubro 05, 2007
Progresso e Miséria
"O que você está fazendo aqui?"
Hoje, a escola teve um momento de desordem, alunos por corredores distribuíam barulho para incomodar aulas de professores, a minha. Momentos depois, a coordenção de ensino colocou ordem.
Há anos lecionando na escola Heloísa Mourão Marques, continuamos a falar sobre velhos problemas, por exemplo, alunos nos corredores.
No intervalo, disse a alguns colegas de profissão que o "acreano não cria conflitos éticos" para alterar a realidade, no caso, a realidade escolar.
Por causa disso, permanecemos com os mesmos problemas escolares. Evidente que não me referi ao acreano que mora à beira de rios, que mora em seringais, em bairros maltratados pela falta de saneamento básico.
Referia-me ao acreano-funcionário público que leciona em uma escola do estado. Mais: ao acreano de classe média. Não aprecio generalidades.
Uma professora acreana, no entanto, generalizou minha falas, sentindo-se, portanto, ofendida. Ela ouviu o que eu disse, mas se calou.
Saiu do meu lado para se sentar ao lado de uma outra professora acreana. Colocou o diário escolar na frente de seu rosto para que eu não percebesse o que falava. Com não sou simpático a falas miúdas, ou seja, a fofocas, disse-lhe:
"O que a senhora está dizendo às escondidas?"
"Se você critica tanto o Acre, por que saiu do Rio de Janeiro para ficar aqui?", perguntou a mim.
"Muito mais do que estar no Acre, eu estou em meu país, e problemas que existem aqui também existem no Rio, em São Paulo."
Na verdade, critiquei a postura de funcionários públicos que permanecem indiferentes à escola e que se encontram também no Rio de Janeiro.
Há anos lecionando na escola Heloísa Mourão Marques, continuamos a falar sobre velhos problemas, por exemplo, alunos nos corredores.
No intervalo, disse a alguns colegas de profissão que o "acreano não cria conflitos éticos" para alterar a realidade, no caso, a realidade escolar.
Por causa disso, permanecemos com os mesmos problemas escolares. Evidente que não me referi ao acreano que mora à beira de rios, que mora em seringais, em bairros maltratados pela falta de saneamento básico.
Referia-me ao acreano-funcionário público que leciona em uma escola do estado. Mais: ao acreano de classe média. Não aprecio generalidades.
Uma professora acreana, no entanto, generalizou minha falas, sentindo-se, portanto, ofendida. Ela ouviu o que eu disse, mas se calou.
Saiu do meu lado para se sentar ao lado de uma outra professora acreana. Colocou o diário escolar na frente de seu rosto para que eu não percebesse o que falava. Com não sou simpático a falas miúdas, ou seja, a fofocas, disse-lhe:
"O que a senhora está dizendo às escondidas?"
"Se você critica tanto o Acre, por que saiu do Rio de Janeiro para ficar aqui?", perguntou a mim.
"Muito mais do que estar no Acre, eu estou em meu país, e problemas que existem aqui também existem no Rio, em São Paulo."
Na verdade, critiquei a postura de funcionários públicos que permanecem indiferentes à escola e que se encontram também no Rio de Janeiro.
Açeçoriâ de inpremçá
Um açeçôr manda esta:
"Secretaria de Segurança proíbe acesso armado à eventos públicos"
1. Governo, por favor, convoque Josafá Batista para elaborar matérias bem escritas. Eu sei que herrar é umano, mas esse tipo de herro é, no mínimo, um insulto;
2. Aluno de 5a série sabe que não há acento grave, indicador do fenômeno da crase, antes de palavra masculina. Ainda: o substantivo "eventos" encontra-se no plural e "à" encontra-se no singular; e
3. Definitivamente, assessoria de imprensa do governo não é questão de competência gramatical.
"Secretaria de Segurança proíbe acesso armado à eventos públicos"
1. Governo, por favor, convoque Josafá Batista para elaborar matérias bem escritas. Eu sei que herrar é umano, mas esse tipo de herro é, no mínimo, um insulto;
2. Aluno de 5a série sabe que não há acento grave, indicador do fenômeno da crase, antes de palavra masculina. Ainda: o substantivo "eventos" encontra-se no plural e "à" encontra-se no singular; e
3. Definitivamente, assessoria de imprensa do governo não é questão de competência gramatical.
A TRIBUNA
Hoje, não publico a matéria do repórter Josafá Batista neste blog sobre invasão de terra. Digo apenas que o texto, bem elaborado, oferta ao jornal A TRIBUNA inteligência, qualidade rara em nossas Redações.
Algum babaca dirá que eu devo ter algum caso com Josafá, o Batista. Sim, tenho, eu tenho um caso de amizade e de respeito. Quem não comprar o jornal amanhã, dia 6, perderá de vista uma invasão de terra bem escrita.
Vida longa, Josafá!
Algum babaca dirá que eu devo ter algum caso com Josafá, o Batista. Sim, tenho, eu tenho um caso de amizade e de respeito. Quem não comprar o jornal amanhã, dia 6, perderá de vista uma invasão de terra bem escrita.
Vida longa, Josafá!
Ronda Gramatical
E sim
a. Esse um não é numeral e, sim, artigo.
O Celso Pedro Luft escreveu páginas sobre vírgula, publicadas em Vírgula, editora Ática. Ótimo.
Em (a), ele inadmite a contrução "e, sim, artigo". Com razão, porque "e sim" é uma unidade inseparável, que significa "mas".
b. Esse um não é numeral, e sim artigo.
O Celso Pedro Luft escreveu páginas sobre vírgula, publicadas em Vírgula, editora Ática. Ótimo.
Em (a), ele inadmite a contrução "e, sim, artigo". Com razão, porque "e sim" é uma unidade inseparável, que significa "mas".
b. Esse um não é numeral, e sim artigo.
Construção correta em (b).
c. Esse um não é numeral, mas artigo.
d. Esse um não é numeral; mas, isto sim, artigo.
e. Esse um não é numeral; mas, sim, artigo.
Em (c), em (d) e em (e), construções sintáticas corretas.
c. Esse um não é numeral, mas artigo.
d. Esse um não é numeral; mas, isto sim, artigo.
e. Esse um não é numeral; mas, sim, artigo.
Em (c), em (d) e em (e), construções sintáticas corretas.
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