quinta-feira, dezembro 16, 2010

O Deus que ofertei aos olhos teus

Havia teus seios erguidos. Havia tua bunda sorrindo. Havia tua vulva escondida. Havia tuas coxas indo...

Mas a felicidade de um encontro mais íntimo não habita em tuas partes "sem-vergonhas". Eu desejava tão somente me erguer acima de teus montes firmes, de teu ventre suado, de tua relva úmida.

Eu desejava tão somente contemplar a paisagem de teu rosto. Era teu rosto que eu desejava, porque nele, naquele momento de transe, eu fixei a verdade de meus olhos nos teus para dizer...

abençoada seja a vida, meus Deus, nesta hora em que meu gozo me salva da vulgaridade do mundo.

E, quando minha carne se alargou mais ainda sobre a tua, no momento-luz de meu libertário gemido, arregalei minha visão para, em meu êxtase, evocar o nome do meus Deus na cama.

Deve haver algo de Espírito Santo no orgasmo de quem se ama.

Aprendi contigo que o que menos importa na cama é o corpo. Era teu rosto que eu desejava para ofertar o meu Deus aos olhos teus.