quinta-feira, março 13, 2008

Açeçoriá de Inpremçá

Escolhido a dedo de amigos internos, o açeçôr escreveu isto:

"Jogos Escolares 2008: homenagens e participação de pára-olímpicos"

Evidente que não sou nenhum Bechara ou Celso Cunha da língua portuguesa, mas procuro não permanecer dopado com o vício de erros.

Ganha-se muito bem como açeçôr para escrever tão mal.
Escrever pára-olímpico é coisa bruta. Já inventaram o dicionário.

Braga & Braga

Meu velho amigo Braga, você sabe o quanto aprecio seus traços como chargista. Sempre o motivei a rir da sociedade acreana e, principalmente, do poder. Sinto falta de teu talento corrosivo nos jornais.

Você pode ter ganhado três vezes o Chalub, mas cuidado com os prêmios que o poder oferece, são ilusões de uma vaidade que nos emudece.

O Riso, Braga Charges, cada vez perde força na sociedade. Passei os olhos sobre umas páginas do livro Felicidade Paradoxal, de Gilles Lipovetsky, e ele ensaia sobre isso. O Riso não busca mais o avesso na pós-modernidade.

No Carnaval (coloco em caixa-alta) carioca, o prefeito César Maia (DEM) ordenou que a São Clemente não alegorizasse contra a Família Real, porque o poder não pode ser visto pelo avesso.

Das escolas de samba, a São Clemente é a única que mantinha ainda um Carnaval crítico, risível. Isso acabou.

Lembro quando, no Página 20, o Oly, extensão de um micropoder, proibiu que você risse do governador Jorge Viana por meio de uma charge. Um modelo de esquerda precisa assistir aos filmes A vida dos outros e A culpa é do Fidel.

Sem charges, restou somente isto: pagar as contas, o aluguel. Restou pedir a sobrevivência ao Carioca. O poder venceu, Braga: não ria dele.