terça-feira, abril 01, 2008

Marcelo Tas

Finalmente, a inteligência de Marcelo Tas retornou à TV. Existe vida inteligente na televisão, e ela não se encontra no programa do Serginho Groisman,


mas no CQC,
da
Bandeirante.



Quem sabe, meu caro, cria. Quem não sabe, meu caro, reproduz, copia. Jornalismo que muitos não compreendem.

Henrique Afonso e o homossexualismo

Palavras do deputado.

"A Igreja precisa reagir sempre que sentir que sua liberdade está sendo cerceada. Não devemos nos calar ou fazer concessões diante daquilo que temos certeza que é pecado e que desagrada ao Todo Poderoso. Quero inclusive citar um fator recente. Em Brasília, dias antes da celebração da Semana Santa, começou a ser exibida uma peça teatral sob o título “Nunca Fui Santo”. Durante a encenação, os atores usavam a Bíblia Sagrada para mostrar cenas de masturbação, contavam piadas, usando o nome do Senhor Jesus Cristo, e zombavam dos objetos de culto da Igreja Católica, como o cálice e a hóstia. Ao tomar conhecimento deste fato, reagi, fui à Tribuna da Câmara dos Deputados e protestei e agora estou incentivado e apoiando uma senhora católica, residente em Brasília, que tem 82 anos de idade, e que teve a coragem de ir a uma Delegacia de Polícia e registrar um boletim de ocorrência contra os atores e produtores daquela peça teatral. E assim acho que devemos agir. Não podemos permitir que o nome do Senhor Jesus seja envergonhado. Temos a obrigação, como cristãos, de manifestar nossa posição e sair em defesa da fé. Mesmo que tenhamos que pagar algum preço, não devemos nos intimidar nunca. Por exemplo: todos já devem saber que estou sendo ameaçado de ser expulso de meu partido, o PT, por me manifestar contra o PLC 122/2006 e por estar liderando uma campanha nacional contra a legalização do aborto no Brasil, temas que como membro de PT deveria estar a favor. E neste sentido conto com o apoio e as orações do povo de Deus no Brasil."
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Admiro muito a postura não do petista, mas do pastor Henrique Afonso. Por um lado, ele tem razão quando afirma, com outras palavras, que o sagrado deve ser preservado. E há uma tendência em curso que deseja violar o sagrado.

Isso ocorreu, por exemplo, no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro. Asssiti a manifestações artísticas de homossexuais e, em uma delas, havia, na condição de arte, um crucifixo em formato de pênis. A Igreja indignou-se. O ministro da Cultura, Gilberto Gil, defendeu a liberdade de expressão.

Em outro caso, em Israel, a parada gay quis desfilar por Jerusalém, pelos caminhos por que Jesus passou com a cruz. O Estado de Israel colocou policiais nas ruas e proibiu.

Por outro lado, há homossexuais sóbrios, lúcidos, pessoas com um caráter exemplar. Inteligentes, cultos, vivem sua sexualidade sem haver o exibicionismo do corpo, sem haver o excesso no espaço público.

Mário de Andrade foi homossexual. Foucault. Barthes. Oscar Wilde. A lista é imensa, mas uma lista nenhum pouco vulgar, chula - homossexuais que souberam separar o profano do sagrado.

Ex-aluno do vereador Márcio Batista

O autor que teceu críticas ao vereador Márcio Batista, seu ex-aluno, é Francisco Rodrigues Pedrosa. Sobre ele, escreverei após seu texto.
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A PONTE ESTAVA QUEBRADA

O ano de 1996 foi marcado por algumas ironias e tragédia no Brasil. No futebol, o país se desencantava com uma Seleção de craques carregados de dólares, mas desprovida de força e coragem para bater uma sorridente e simples Nigéria. O sonho olímpico virou pesadelo. Na política, o plano real dividia a audiência com o ET de Varginha. Ninguém sabia ao certo qual dos dois era mais confiável.

Na sociedade, amargávamos um triste desfile de violência e corrupção que tinha o Rio de Janeiro como modelo, um perfeito “abre alas” guiado e guiando o país inteiro ao caos. O Cristo teimava em não erguer os braços.

Na educação, um rapaz da escola Heloísa Mourão Marques concluía o antigo “segundo grau”, desorientado e perguntando se servia para ele a frase do Raul Seixas: “por que foi tao fácil conseguir e agora eu me pergunto e daí?”.

Eram tempos escuros. Concluí o “ano” tendo três professores de Matemática, três de Física e dois de Química. As notas dos bimestres foram obtidas com trabalhos que tinha como “competências e habilidades” estimular a compreensão e o raciocínio do aluno. O magistério já era um mero “bico” para o chope do fim de semana.

A fraqueza teórica e pedagógica era a marca de um ensino público pobre e descompromissado. Faculdade, vestibular, curso superior ou qualquer palavra desse feitio eram desconhecidos pela grande maioria dos alunos.

Confesso por tudo que é mais sagrado no mundo que não me lembro de ter ouvido de algum professor que existia vida fora do planeta escola. Nenhuma orientação, nenhuma voz que ajudasse um grupo de indecisos a entender os caminhos do mundo. Éramos convencidos a repetir o famigerado jargão: “já tenho o seguindo grau completo”.

Da turma que saí, fui uma das poucas exceções a chegar a uma faculdade pública. Cursei História. Dois motivos me levaram a isso: o primeiro o amor eterno que tenho por essa disciplina; o segundo porque sabia das minhas enormes limitações escolares advindas da má formação que tive e da minha conseqüente irresponsabilidade.

Hoje, percebo o quanto as coisas mudaram, ao ver o HMM preocupado em fornecer subsídios para os alunos que almejam um curso superior, oferecendo um pré-vestibular noturno de qualidade. Agora temos mais professores compromissados com o futuro de seus alunos que não tem medo de expor quem é e o que sabe.

Ampliamos aquela frase da Secretaria de Educação, tão repetida naquelas reuniões agonizantes que ocorriam na escola aos sábados; “a escola deve preparar o aluno para a vida”.

Fazer uma faculdade faz parte da vida da pessoa, concurso público, também. Fugir do imediatismo barato não é privar o aluno de suas necessidades mais prementes. Precisamos correr! As estatísticas mostram o tamanho do hiato entre o ensino publico e o privado. A escola está no caminho certo. Uma nova geração de educadores junta-se àqueles que, há tempos, identificaram que a ponte estava quebrada.
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FRANCISCO RODRIGUES PEDROSA é formado em História e formando em Direito pela UFAC. O resto, meu velho, você sabe. Ah! por favor, se puder, dê uma olhada nos erros da língua que me pariu. Valeu, Aldo, um abraço!
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Gosto da amizade entre mim e Francisco, porque o cara incomoda. Trata-se de um acreano que sabe criticar, que sabe tecer autocrítica. Cabra muito bom.