sábado, agosto 08, 2015

Idade Média (476-1453)


1. A Fé e a Lógica


a. A reforma educacional de Carlos Magno (século VIII), a fim de fortalecer a unidade de seu império, estabeleceu, por meio do monge beneditino Alcuíno, as artes liberais, o trivium: o ensino literário (gramática, retórica e dialética); preparando o caminho para o Renascimento do século XII;

b. Antes, no século XI, alguns sacerdotes da Igreja  já tinham o ardor da dialética e da retórica. Pedro Damião (1007-1072) queixava-se de que o interesse era pelo seu estilo, pela sua eloquência, pela sua sutileza dialética, pelo silogismo, e não o interesse pela verdade do conteúdo. Até o dogma foi submetido à dedução silogística. Por causa disso, Pedro Damião rejeita a razão dialética porque ela não pode questionar a autoridade. Cristo é a autoridade maior e única, e não Aristóteles com sua razão. Monge não precisa de filosofia, mas Pedro Damião usa a filosofia contra a filosofia. Para Anselmo de Cantuária (1033-1109), “não se compreende para crer, mas, ao contrário, crê-se para compreender”. Anselmo trilha o caminho da lógica; e


c. O ápice dessa razão é Guilherme de Ockham (1288-1347).