quinta-feira, outubro 15, 2009

Professor. Ausente.

Hoje, dia do professor. Se realizarmos uma pesquisa em um pré-vestibular, constataremos que poucos, muito poucos, desejam ser professores. Nem precisamos de pesquisa. Na Universidade Federal do Acre, a relação aluno-vaga não é maior nas faculdades que formam professores.

Como consequência, a Ufac coloca tão poucos profissionais na rede pública de ensino que falta professor em certas disciplinas, por exemplo, em física.

Esse não querer ser professor justifica-se por vários motivos, um deles: o salário. Após quatro anos na Faculdade de Letras, esse profissional, se passar no concurso da Secretaria Estadual de Educação, receberá por mês R$ 1.520, lecionando 30 horas. Esse salário é líquido.

Até que apareça um segundo contrato, ele irá esperar anos e anos. Até lá, deverá lecionar na rede privada, isto é, salário menor e mais turmas, umas dez.

Leciono há quase vinte anos, 12 dedicados ao Acre. Hoje, por causa da Frente Popular, ou seja, do PT e do PC do B, as condições do professor melhoram, porque, se compararmos à política educacional dos ex-governadores Romildo Magalhães e Orleir Cameli, o pouco já seria muito.

O fato é: houve melhoras. Repito: melhoras - eu não disse revolução. E existe revolução?

Não creio que exista revolução, pelo menos, no sentido clássico. Deveria haver uma nova ordem escolar, uma ordem que soubesse entrelaçar tradição & modernidade.