quinta-feira, julho 01, 2010

Vamos fazer festa

Não gosto da engrenagem escolar. Os seus hábitos me incomodam. O ato de entrar e de sair como se fosse uma procissão desacralizada me perturba.

Alunos sentem que não sou mecânico em sala, previsível, monótono. Quando o cansaço não me domina, teatralizo a aula. Mais do que professor, ator. Meu plano de curso, uma peça.

A escola anula o afeto. O filme O Sorriso de Mona Lisa expõe muito esse afeto por meio da professora. Outra película, Sociedade dos Poetas Mortos. Nesses, o afeto é visível.

Pensando nisso, eu e meus alunos criaremos uma festa com boa música das décadas de 1960, 1970, 1980 e 1990. Realizar uma boa festa na escola HMM. Se conseguirem algo muito organizado, uma festa sem problema, receberão ponto extra e ainda criaremos outra no final de ano.

Não serei o mesmo professor, melhor, nem serei professor porque estarei em uma festa com músicas que irão dos Beatles a Skank. Quero O Rappa no lugar da gramática. A escola deveria promover encontros musicais.

A escola deveria ser referência para outras relações humanas. No HMM, por exemplo, a direção promove cicleata, festa junina, projetos sociais. Agora, uma festa com boas músicas.