Se aceitamos ficar presos em nós mesmos, com nossas opiniões, com nossa forma de ver o mundo a partir de nós, jamais percebemos o todo. A arte do cinema possibilita a visão do todo, a relação entre as partes.
Quando assisti ao belíssimo filme "Sociedade dos poetas mortos", meus olhos se depararam com um mundo bem mais amplo do que eu. Esse filme expressa a palavra do mundo clássico, do mundo romântico, além das palavras paixão, traição, leitura.
Robin Williams encarna a paixão de um professor de literatura, encarna a aula que seduz, porque a literatura em sala é feliz, repleta de vida, de intensidade e também de prudência.
Até hoje, assisto a este filme, um clássico. Vou ao cinema para contemplar palavras; saber melhor como elas existem fora de mim, fora do meu mundinho; vou para revê-las de forma ampla, condutoras de relações e mais relações.
Hoje, a Rede Globo passará "Sociedade dos poetas mortos". O Romantismo não é isso que sua palavra não pensa.