sexta-feira, março 14, 2008

Fui Fluminense

Neste dia, eu e Mony fomos Fluminense. O Mengão perdeu de 4. Foi o jogo onde se iniciou o "créu". No vídeo, momento de entrar no Mário Filho, o Maracanã.

Livros



Na Barra da Tijuca, em um shopping, livros e mais livros, um oásis fértil de palavras. Comprá-los em espaço charmoso. Cadeira. Mesa.

Aqui, comprei um livro muito bom sobre Desejo.

Jaconé












Depois de Maricá, no município de Saquarema, temos a praia linda e selvagem de Jaconé. Uma cadeira diante do mar.

Literatura 2

Defendo de forma intolerante a presença de narrativas e de poesias em sala de aula. O professor, comprometido com a Literatura, deve promover a leitura dramatizada diante de seus alunos como se fosse um sacerdote diante de seus fiéis à imaginação. A escola, um templo do saber.

Para quem deseja questionar o historicismo literário ou mantê-lo no ensino médio, ler e reler História da literatura: o discurso fundador, de Carmen Zink Bolognini (org.), é obrigação. Sem essa leitura, permanece impossível manter um debate sobre o historicismo literário no ensino médio.

Outra questão refere-se à televisão, isto é, às novelas. Como professores de Literatura, excluímos a novela nas escolas. Os alunos não estudam sua ideologia, sua estética a serviço da cultura de massa.

Precisamo, antes, definir nossa linha teórica sobre consolidados ensaios comuns à Literatura.

Literatura 1

Em uma Assembléia Legislativa ou no Senado, forças políticas se opõem em nome do erário. Podem usar ternos, podem até ser formais, mas não predomina no discurso de parlamentares o teor acrítico.

Literatura, caixa-alta

Há outras instâncias públicas, espaços mantidos pelo dinheiro da população menos favorecida, por exemplo, a escola. Mais: conselhos escolares. Ainda: conselhos de disciplinas. Os pais de meus alunos precisam de um ótimo serviço público, porque pagam para que seus filhos tenham ótimas aulas de Literatura.

No entanto, sabemos, certos profissionais transpiram péssima formação quando reduzem a Literatura ao historicismo. Não podem receber críticas? Se, em um Senado, homens públicos criticam idéias, por que servidores públicos de uma escola, seja ela qual for, não podem criticar e ser criticados sem que seus nomes sejam revelados?

Nomes neste blog não interessam, mas defesa de idéias sim. Ratifico, portanto, minha crítica quando professores submetem a Literatura ao historicismo, conseqüência de uma péssima formação teórica.

Que linha teórica vós defendeis? Qual lastro de leitura para se justificardes? Vós assistis ao filme Escritores da liberdade? Há professores que se assemelham à diretora da escola dessa película quando ela não possiblita leitura aos alunos, porque tais alunos são incapazes de compreender. Os livros originais permanecem trancados na biblioteca da escola enquanto os paradidáticos são oferecidos a eles. A professora, oposta à diretora, rompe com regras internas para que seus alunos leiam.

Por que professores não lêem uma obra universal em sala de aula? "Nossos alunos não têm condições de aprender", disse-me uma professora em uma reunião de área. Dizer nomes? Isso, aqui, menos importa. Não me interessa o nome do carteiro, mas a mensagem que insiste em ser verdadeira.

Negar o historicismo implica levar o texto à sala, e isso dá muito trabalho. Ler um romance em sala cansa alguns, porque "aluno de escola pública não tem condições de ler Clarice, Machado."