segunda-feira, março 09, 2009

É fantástico não haver chuchu no Jordão


Não poderia deixar de escrevinhar sobre a falta de chuchu no Jordão. Hoje, A TRIBUNA publica este artigo.

De Aldo Nascimento

Uma pessoa tem um sonho. “Quando crescer, serei jornalista.” A pessoa cresce. Estuda. Estuda. Estuda. Entra na faculdade de jornalismo. Estuda. Estuda. Estuda. Conclui a faculdade. Estuda. Estuda. Estuda. Pós-graduação. Finalmente, depois de tantos anos, consegue trabalhar na Globo. Vai para o interior do Acre e, aqui, depois de estudar tanto na faculdade, sua audiência divulga no Brasil que Jordão não conhece chuchu. A isso dão um nome: fantástico.

Depois, eu me perguntei: qual a relação entre não conhecer um chuchu e o Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH? Outra dúvida: se o cálculo do IDH leva em consideração a expectativa de vida, o nível de educação e a renda da população, o que a falta de chuchu em Jordão estava fazendo em uma matéria sobre IDH? Última pergunta: qualidade de vida tem a ver com o consumo de chuchu?

Ficou a impressão de que quem não conhece chuchu é atrasado ou motivo de chacota. Mas ficou também a impressão de que o jornalista global não conhece o seu próprio país, passando pelo Jordão como turista. Assim, na condição de repórter-turista, sua matéria só poderia ter transmitido isto: superficialidade sobre nós.

Esperar de uma TV comercial e de um repórter-turista o registro de nossa identidade, convenhamos, seria anormal. O normal tem sido - que ironia! - os jornais acrianos ignorarem o interior deste Estado; tem sido desconhecerem o homem rural que nunca viu um chuchu.

Para uma Redação de Rio Branco, tão condicionada a ser aquário, Jordão não passa de um mapa. Se leitores daqui não encontram em nossos jornais o que é o Acre em Feijó, em Mâncio Lima ou em Assis Brasil, outros publicam o que não encontram no Jordão, neste caso, um chuchu. Se nossos jornalistas publicam matérias que ocultam o interior deste Estado, outros descobrem a falta de chuchu e riem de nós.

Após uma semana de o Fantástico rir do Acre, não houve um jornal da capital que tenha tomado a iniciativa de retirar do Jordão “a chacota do chuchu". O repórter-turista plantou nesta terra uma matéria para colher chuchu, e as redações acrianas só cultivam um jornalismo que desconhece Rodrigues Alves, Capixaba, Plácido de Castro. Do Rio de Janeiro, a Globo nos conhece “melhor”. Plim-plim!!!

A Bahia é aqui

Folga no TJ 1
No Mato Grosso do Sul, o novo presidente do Tribunal de Justiça instituiu, por portaria, folga para o servidor no dia do aniversário. A decisão é inédita no Brasil.

Folga no TJ 2
Se o servidor tiver o azar de fazer aniversário em um fim de semana ou em um dia que já é feriado, não tem problema: ele terá direito à folga no primeiro dia útil seguinte.

Folga no TJ 3
O presidente do TJ-MS, Elpídio Helvécio, faz aniversário em 11 de julho, que neste ano cai num sábado. Logo, ele terá direito à folga na segunda, dia 13.
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