quarta-feira, fevereiro 12, 2014

Uma foto para os de fora


Caso ocorra uma tragédia com um jornalista acriano no Acre, profissionais de outros estados serão bem capazes de um ato solidário, sendo que essa tragédia, talvez, tenha maior projeção a partir de fora.

No entanto, quando uma tragédia ocorre com um jornalista carioca no Rio de Janeiro, qual alcance existe se repórteres acrianos solidarizam-se no Acre por meio de uma foto? 

Penso que essa foto só importa como ato de solidariedade profissional.

Mas que outros fatos trágicos ou constrangedores existem no Acre que repórteres acrianos não aparecem na foto como imagem de solidadriedade, de questionamento, de protesto?

Fora a solidariedade, posar por causa da morte do cinegrafista da Band Santiago Ilídio Andrade é uma forma de existir ou de ser visto somente por causa de um fato externo à realidade local, à realidade da imprensa acriana. 

A foto é para os de fora, para um problema ocorrido fora do Acre. Como houve repercussão nacional, aos profissionais acrianos então é permitida a manifestação pacífica, sem comprometer ninguém.       

Mas onde estão as fotos de repórteres acrianos que se solidarizam com os constrangimentos da imprensa acriana ou com alguma vítima da violência entre policiais e manifestantes?

Não existe violência entre policiais e a população acriana?