domingo, março 10, 2013

"Não sou burro", diz pastor Marco Feliciano

Nesta foto, o pastor esbanja simpatia

Marco Feliciano, do Partido Social Cristão, o PSC-SP, sabe que, se a fé não remover montanhas, ela remove, pelo menos, muita grana para a sua conta bancária.

O pastor-deputado federal, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, é um cristão abençoado pelo dinheiro.

Convertido à palavra de Deus(?) desde os 14 anos, Feliciano, anos depois, saiu da Assembleia de Deus para fundar seu próprio negócio, isto é, a Igreja do Avivamento, em Orlândia, interior de São Paulo.

Antes, ele serviu a outro Mal: a cocaína. Feliciano comeu o pão que o diabo amassou, sem manteiga e geleia.

Foi engraxate. Vendeu picolé.

Hoje, esse empreendedor de Cristo tem 13 empresas, digo, igrejas. O Jesus de Feliciano só coleciona carro importado 

O templo-sede de sua igreja, segundo ele, arrecada por mês entre R$ 13 e R$ 14 mil, mas jura, em nome de Deus, que esse "valor destina-se a pagar despesas".

Marco Feliciano é acusado de estelionato. Em um de seus cultos, o Jesus em que ele crê pediu a senha de um cartão de crédito de um fiel. Sabe-se que só a senha foi salva.

Esse e tantos outros fiéis pagam o dízimo, porque em uma das paredes do Templo do Avivamento escreve-se "Porque não quero que Deus me chame de ladrão".

E o que diria o apóstolo Tiago disso tudo?

Que "as vossas riquezas estão corruptas, e as vossas roupagens, comidas de traça. O vosso ouro e a vossa prata foram gastos de ferrugens, e a sua ferrugem há de ser por testemunho contra vós mesmos e há de devorar, como fogo, as vossas carnes. Tesouros acumulastes nos últimos dias".

Tiago prossegue. Tesouros acumulastes, mas "eis que o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos e que por vós foi retido por fraude está clamando; e os clamores dos ceifeiros penetram até aos ouvidos do Senhor dos Exércitos".

O pastor-deputado Marco Feliciano, que empresaria Deus e contabiliza a fé em Jesus, nunca leu Tiago.

Ele não é burro.

O passado de Marco Feliciano

Marco Feliciano, do Partido Social Cristão (PSC), deve ter sido escolhido pelo Mal para falar por Deus no Congresso.

Para ele, o amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e à rejeição. Essa besta tem toda razão, por exemplo, as guerras religiosas ocorreram porque todos eram viados e lésbicas.

O crime aumentou em São Paulo porque os marginas são umas bichonas.

Como se ainda fosse ridículo e pouco, esse apóstolo dos heterossexuais declarou que "os africanos descendem de um ancestral amaldiçoado por Noé".

Segundo fontes paleontológicas, a linhagem de Feliciano foi descoberta na arca de Noé. Tudo indica que são fósseis de um asno.

O homem mais rico do Acre

Irmão pede na Justiça metade da fortuna bilionária do homem mais rico do Acre

Assem Neto
Do UOL, em Rio Branco

O desempregado Clealdon Matos Moura pede na Justiça metade da fortuna que seus advogados estimam em R$ 1 bilhão, controlada pelo irmão, o empresário Roberto Alves Moura, considerado o homem mais rico do Acre. Pelos valores envolvidos, trata-se da maior ação em curso no Judiciário acreano.
A ação, movida em julho de 2012, na 3ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, pede a nulidade de uma alteração contratual que Roberto Moura, natural de Tarauacá (AC), é acusado de falsificar.
Segundo o advogado de acusação, Maurício Hohenberg, a falsificação teria ocorrido em 1984, um ano após os irmãos concretizarem uma sociedade. 
A Central Distribuidora de Medicamentos e Materiais Hospitalares LTDA nasceu com 10 mil quotas divididas em partes iguais, tendo sido a primeira razão social do atual Grupo Recol, que reúne 11 unidades empresariais, abastece boa parte das farmácias do Acre, de Rondônia e do Mato Grosso e detém nestas regiões a exclusividade para comercializar marcas de multinacionais como Nestlé e Jonhson&Jonhson. 
"A promessa era para ganharmos muito dinheiro juntos", afirma Clealdon. Roberto Moura teria garantido, em seu nome, 90% das quotas (nove mil no total). O contrato, alterado, diz que, de forma espontânea, Clealdon transferiu toda a sua participação acionária para o irmão, ficando sem nada. 
"O autor jamais lançou a sua assinatura na referida alteração contratual. Para ele, foi uma grande surpresa saber que suas quotas estavam transferidas", escreve o advogado de acusação.  
"Até mesmo a matriarca da família, Dona Raimunda Alves, à época sócia minoritária, teve o seu sobrenome Souza grafado grosseiramente com ´s´", afirma o advogado. 

Laudo de autenticidade da assinatura sai em 10 dias

A Juceac (Junta Comercial do Acre) negou abrir seu acervo para perícia grafotécnica na assinatura do empresário. O presidente do órgão, Francisco Ivan de Araújo, disse não ser possível atender ao pedido "por falta de amparo legal". 
Ele disponibilizou cópias de certidões, o que é vedado por lei (não há valor jurídico o laudo produzido a partir de documentos não originais).  
Porém, a pedido da acusação, o Tribunal de Justiça acreano, por meio do desembargador Samoel Evangelista, autorizou a "coleta de provas", que consistiu na comparação da assinatura de Clealdon no contrato que delimita a transferência de cotas. 
"A parte apresenta quadro de saúde nitidamente grave e o seu tratamento não aguarda o deslinde da causa", despachou o desembargador ao negar recurso (agravo de instrumento) movido pela defesa. Clealdon tem aneurisma cerebral e outros dois tumores na região do crânio. O perito, nomeado pelo juiz do caso, apresentará o laudo em 10 dias. 

Juiz fala em manobra e nega pedido de sigilo 

O empresário sofreu outras derrotas. Seus advogados fracassaram na tentativa de que a ação corresse em segredo de Justiça, no fim do ano passado.  
A defesa argumentou risco de constrangimento perante os fornecedores do empresário, que também é proprietário da TV Gazeta (afiliada da Rede Record no Acre), do site de notícias Agazeta.net, da rede de supermercados Pague Pouco, da Distribuidora Acre Beer, da Recol Farma e das concessionárias Kia (veículos), Wolksvagem e Yamaha no Estado.
Mas, numa decisão dura, o juiz Lois Carlos Arruda ensina que "o sigilo pleiteado à época não se aplica a pessoas jurídicas" e disse estar "de olho" para evitar possíveis manobras que retardem ou compliquem a tramitação natural do processo.  
Clealdon também foi beneficiado com justiça e assistência judiciária gratuitas, por viver em estado de penúria no bairro Belo Jardim, periferia de Rio Branco. 
A acusação pede, em liminar, que o processo tramite com urgência, considerando o estado de saúde do autor da ação. "Eu quero a minha vida de volta. Vivo no médico e sobrevivo do salário da minha mulher, de R$ 1.300", disse Clealdon Moura. "Eu tenho medo dele", concluiu. 

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