sábado, agosto 18, 2007

Drummond e os comunistas


“Os lírios não nascem da lei”

As leis não bastam.
Os lírios não nascem da lei.
Meu nome é tumulto, e escreve-se
na pedra.


(Nosso Tempo, da Rosa do povo)

Quando o sol se pôs em 17 de agosto de 1987, Carlos Drummond de Andrade passou a ser somente palavras em páginas. Mas, na terra do samba e do futebol, brasileiro não lê nem dois livros por ano, isso significa que Drummond permanece morto em muitas livrarias, em bibliotecas.

Vinte anos após sua morte, ele só poderia estar esquecido em um mundo onde a superficialidade das palavras cria raízes profundas. Ler esse mineiro de Itabira é (des)cobrir o que o cotidiano oculta. Drummond nos revela.

Sua poesia toma formas políticas em 1935 e, em 1942, por meio do livro José, seus versos sociais intensificam-se. Para o poeta Mário Chamie, “Drummond é o nosso Baudelaire”, poeta francês que colocou na linguagem poética as multidões.

"E agora, José?", seu verso mais conhecido, representa essa multidão que com a chave na mão/quer abrir a porta/ não existe porta/ quer morrer no mar,/ mas o mar secou. Não há saída para esse nome comum, o povo. Só perguntas sem respostas.

Sua poesia social e política, entretanto, nunca foi compreendida pelos comunistas. Em O imaginário vigiado, de Dênis de Moraes, lemos que o discurso ideológico da esquerda constrange e pune a criação.

Essa doença que lhe faz ver tudo negro, num mundo de problemas e contradições sem saída, é própria de sua gente, da classe pobre, arcaica, degenerada, moribunda”, Emílio Carréra alvejou na revista comunista Para todos contra Carlos Drummond de Andrade.

O poeta ficou no Partido Comunista do Brasil (PCB) de maio a novembro de 1945. Foi membro do conselho diretor de Tribuna Popular, mas discordou das práticas do partido. Como não havia troca de idéias, orientação, o pouco que redigia tinha destino incerto.

Mas o motivo de sair do PCB foi outro. Drummond discordou quando os comunistas defenderam uma aliança com Getúlio Vargas.

Censor

Nesse período da história brasileira, havia um censor das artes e da literatura. Membro do PC da União Soviética, ele defendia o realismo socialista, isto é, uma estética panfletária que excluía o imaginário como forma revolucionária. Seu nome, Andrei Jdanov.

Como escreveu Dênis de Moraes em seu livro, “as classes populares não devem descobrir que a força real do partido brota da castração das possibilidades expressivas do outro”. Drummond foi essa expressão de um Eu castrado pelo manual de Jdanov.

Em 17 de agosto de 1934, no 1º Congresso dos Escritores Soviéticos, as artes e a literatura recebem a sentença final de Andrei Jdanov.

Sob a direção do partido, sob a direção atenta e diária do Comitê Central, sustentados e auxiliados incansavelmente pelo camarada Stalin, a massa inteira dos escritores acha-se unida em volta do poder soviético e do partido”, julga o representante da censura comunista no Brasil.

No livro A rosa do povo, a poesia Nosso tempo expressa que “este é tempo de partido/, tempo de homens partidos”. Partido que inibe a criação individual em nome uma ideologia panfletista. A literatura, segundo Jdanov, deve ser objetiva e objeto da luta revolucionária. A poesia é coisa. Menos para Drummond.

(...)
As coisas talvez melhorem.
São tão fortes as coisas!

Mas eu não sou as coisas e me revolto.
Tenho palavras em mim buscando canal,
São roucas e duras,
irritadas, enérgicas,
comprimidas há tanto tempo,
perderam o sentido, apenas querem explodir
.
(...)

(Nosso tempo)

Antes de roubarem


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ATÉ PORQUE POUCA GENTE TEM O HÁBITO DE LER

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Com a venda do 'Chip', o interesse dos ladrões por aparelhos >celulares aumentou. Ficou simples para eles: é só comprar um novo chip por >um preço médio de R$ 30,00 em uma operadora e instalar no aparelho roubado. >Com isso, generalizou-se o roubo de aparelhos celulares.Segue então uma >informação útil que os comerciantes de celulares não divulgam, uma espécie >de vingança para quando roubarem seu celular:Para obter o número de série >do seu telefone celular (GSM), digite *#06#Aparecerá no visor um código de >15 algarismos. Esse código é único!Anote-o, e o conserve com cuidado. Se >roubarem seu celular, telefone para a sua operadora e informe este código. >O seu telefone poderá então ser completamente bloqueado, mesmo que o ladrão >mude o 'Chip'!Provavelmente você não recuperará o aparelho, mas quem quer >que o tenha roubado não poderá mais utilizá-lo!Se todos tomarem esta >precaução o roubo de celulares se tornará inútil!Envie isto a todos os seus >contatos, e não esqueça de anotar o seu número de série!!>>>

Texto não é meu.