quarta-feira, maio 05, 2010

Minoria vota na continuidade do erro

Depois de não comparecer a três assembleias, sentei-me em um banco de praça para ouvir sindicalistas e professores ao microfone.

A presidente do Sindicato dos Professores Licenciados do Acre (Sinplac), professora Alcilene, informou que o governo ofereceu 3% de reposição salarial, porcentagem referente à inflação de janeiro a maio.

Depois disso, governo e Sinplac não se sentarão mais à mesa de negociação. Chegou-se ao limite. Na assembleia de hoje, professores (minoria) votaram a favor da paralisação até 5 de junho (ou será 5 de julho?). Digo minoria porque, em relação ao número de filiados, não havia 20% de professores na assembleia.

Clichês

O sindicato permanece com suas falas tão previsíveis, linguagem fechada em si mesma. A representante da CUT acriana ainda concebe "movimento de massa". Em seu discurso, ela reproduz as palavras "luta", "enfrentamento".

Trata-se de um sindicalismo que, por meio de discursos padronizados e dramáticos, ainda defende o confronto e a força para que se mantenha a unidade da luta. O mais triste é que mulheres usam palavras que reforçam o gênero masculino no sindicato.

Escolas retornam

Aos poucos, professores retornam às aulas. Na escola Armando Nogueira, por exemplo, alunos estão em sala. Outra, Rodrigues Leite. O governo conta com o tempo como seu aliado, o desgaste agora é gradual.

Greve ou férias antecipadas?

Como as férias foram antecipadas, preparei minhas malas, estou com viagem marcada para a Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. Antes de as aulas começarem, passarei meus dias lendo sobre os anarquistas e sobre a falência do atual modelo sindical.