domingo, dezembro 08, 2013

Para onde vai o jornalismo?

Da revista CUT

No Espaço CULT, Ciro Marcondes Filho, Eugênio Bucci, Leonardo Sakamoto e Afonso de Albuquerque falam sobre as novas diretrizes curriculares para o curso de Jornalismo

Em setembro, o Ministério da Educação homologou as Novas Diretrizes Curriculares para o curso de graduação em Jornalismo, bacharelado. Elaborada por uma Comissão de Especialistas, instituída pelo Ministério da Educação, as novas diretrizes sugerem que o curso de Jornalismo se torne mais prático, além de não ser mais uma habilitação da Comunicação Social.
Para Ciro Marcondes Filho, professor da ECA-USP, as novas diretrizes propõem certa autonomização da profissão. “No fundo, o que se quer é o esvaziamento da teoria no jornalismo, fazendo com que ele seja ensinado dentro dos limites do próprio jornalismo – como se dá a produção de um jornal, como é a rotina de uma redação, etc.”. Assim, para o professor, haveria, entre outros fatores, um distanciamento de disciplinas que possibilitem uma formação mais consciente do profissional.
Com as novas diretrizes, acontecem, também, mudanças na carga horária – ela aumenta de 2700 horas para 3000 horas, sendo 50% das aulas práticas –, nas alterações no Trabalho de Conclusão de Curso – ele não poderá mais ser desenvolvido coletivamente –  e  a implementação do estágio curricular obrigatório. Segundo Marcondes Filho, o estágio obrigatório é menos interessante aos estudantes que às empresas, que continuariam a se favorecer de um sistema de trabalho rotativo e praticamente gratuito.
Para discutir essas e outras questões em torno das Novas Diretrizes Curriculares para os cursos de Jornalismo, Ciro Marcondes Filho irá mediar, no Espaço Revista CULT, a conversa “Para onde vai o Jornalismo?”, com Eugênio Bucci, professor da ECA-USP e jornalista, Leonardo Sakamoto, professor da PUC e jornalista, e Afonso de Albuquerque, professor da Universidade Federal Fluminense (UFF).