sábado, agosto 22, 2009

"Jeca Tatu", de Mazzaropi



Turmas do
segundo ano
C e D

No Acre, o governo reformou a Biblioteca Estadual, ofertando a alunos um ótimo lugar para assistir a bons filmes, a Filmoteca. Por ser ainda uma capital pequena, isto é, onde o deslocamento é rápido, onde ainda pulsa a calma, alunos de escolas públicas podem sair tranquilos de suas casas em um sábado para, em pouco tempo, aprecisar o filme "Jeca Tatu" em um lugar confortabilíssimo.

Há anos, meus olhos assistem a filmes aqui com os olhos de meus pupilos. Sempre achei esse lugar charmoso, próprio do Acre. Não se trata de uma grande sala de cinema, algo igual a São Paulo ou a Rio de Janeiro - que bom não ser igual -, mas de uma sala aconchegante, miúda, intimista. Em todas as escolas acrianas, deveria haver esse modelo de sala.

Da outra vez, por causa de um funcionário, esperamos uma hora. Hoje, tudo... tudo correu muito bem.

Mas por que assistir ao filme "Jeca Tatu", de Mazzaropi? No Acre, como sabemos, o espaço que predomina é o espaço rural. No entanto, a cultura desse espaço rural não se firma como identidade acriana. Nos programas locais de TV, por exemplo, não se ouve a maneira de falar do homem rural e, muito menos, suas outras formas culturais. Há um processo lento e sutil de sepultamento dessa cultura.

Por causa disso, revolvi estudar com eles a cultura rural, ou seja, o homem caipira para, em um segundo momento, haver o confronto de signos entre a cultura caipira e a cultura country ou entre o caipira e o caubói.

Depois desse filme, assistirão a outro: "Tapete Vermelho". Depois, ao último: "Auto da Compadecida". Neles, a cultura popular, representada pelo caipira. E um conceito cruza esses três filmes: o riso.