terça-feira, dezembro 04, 2007

Nunca fomos campeões do mundo

2006

Entre 57 países
Ciências

1. Finlândia - 563,32
52. Brasil - 390,33

Entre 56 países
Leitura

1. Coréia - 556,02
49. Brasil - 392,89

Entre 57 países
Matemática

1. China (Taiwan) - 549,36
54. Brasil - 369,52

Antônio (3)

Entre as várias alegrias deste ano, o meu aluno Antônio foi uma delas. Humilde, sempre calado, muito tímido, esse jovem talentoso me encarou como um bom obstáculo para eu ser ultrapassado.

Fez e refez sua dissertação várias vezes para aprender com os erros. Ótimo desenhista, esse cara precisa de uma direção que qualifique o ensino da escola HMM.

Para tanto, acredito que a nova gestora, professora Osmarina, com sua inteligência e com sua sensibilidade, ofertará uma outra escola pública a Antônio.

Tenho certeza de que transformei a escrita desse aluno, mas, mesmo assim, precisamos melhorar mais ainda.

Um grande abraço carinhoso em teu destino, Antônio, e que você seja vitorioso nesta breve vida.

Estude, meu irmão, porque, como eu disse, estude para que ninguém o humilhe, estude para transformar a vida de teus pais, estude para edificar uma sociedade melhor.

Antônio (2)



Muito bom.

Antônio (1)


Talentoso, a escola HMM precisa reconhecer alunos como Antônio.

Com sua arte, a escola poderia viablizar uma remuneração para seu talento.

Henrique Afonso em meu comentário

Setorial GLBT pede Comissão de Ética
para deputado do Acre

Matéria anônima

O setorial GLBT do PT requereu à Comissão Executiva Nacional do partido a abertura de Comissão de Ética contra o deputado federal Henrique Afonso (PT-AC), que tem se posicionado contra aprovação de leis que asseguram os direitos de homossexuais e produzido declarações consideradas homofóbicas.

"As ações do deputado sistematicamente têm se alinhado aos setores religiosos fundamentalistas em ações discriminatórias às lésbicas, gays, travestis, transexuais e bissexuais", afirma Julian Rodrigues, da Coordenação Nacional do Setorial GLBT e um dos autores do pedido de Comissão de Ética.

O pedido será analisado pela CEN em sua reunião do próximo dia 11, em Brasília, e o deputado Henrique Afonso pode ser expulso do PT.
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Conheci Henrique Afonso quando logo cheguei ao Acre em 1992, em Cruzeiro do Sul. O então sindicalista Henrique pertencia ao quadro realista da ditadura do proletariado, isto é, ao Partido Comunista do Brasil, o PC do B.

Um bom homem. Ótima pessoa. Ser humano digno de respeito, acreano que honra não só o Acre, mas este país tão carente de homens públicos decentes.

Conheci-o na simplicidade, morando em uma casa sem ostentação. Creio que ele ainda permanece simples, porque, hoje, no PT, o deputado federal não deixou de ser cristão.

Se ele critica os homossexuais, é porque lê a Bíblia. O Livro Sagrado condena relação entre pessoas do mesmo sexo. Ora, os homossexuais devem condenar Deus.

O Senhor que é homofóbico.

As férias da diretora

Escrever em um blog sobre a gestão de uma diretora não é ato de gente irresponsável, mas a certeza de que um gestor não pode ficar acima de normas, de leis, de procedimentos éticos. "Você está se queimando, Aldo", diziam alguns colegas.

Para mim, diretor deve ser exposto como qualquer pessoa pública, porque sua importância é vital. Escola mal administrada, alunos perdem muito. Por isso, uma vez informado, uma vez com fontes, eu não economizei críticas (éticas) à administração da professora Lúcia.

Quando saiu o resultado da eleição da escola Heloísa Mourão Marques, ela me disse que "tinha tirado um peso das costas". Hoje, soube que ela tirou suas férias. Escrito talvez por alunos, um cartaz no portão ironiza: "Amanhã, não haverá aula, porque a diretora Lúcia morreu."

A escola encontra-se largada há meses. Professores e funcionários a levam nas costas enquanto uma diretora permanece indiferente à educação pública. A professora Lúcia pensou que jamais fosse criticada por meio de um blog. Pagou para ver. E pagou caro. E eu, minha cara, não barganho com as aparências.

Sua administração contabilizou, também, arbitrariedades. Hoje, por exemplo, soube que um funcionário permanece dias sem trabalhar e, quando digo dias, somo mais de 15 dias. É correto? Devemos ficar calados? Não.

As férias, agora, representam mais um descaso por nós, funcionários, professores, alunos e pais. A Frente Popular deve repensar os deveres e as obrigações de um gestor escolar, porque os abusos existem.

E, quando eu souber deles, publicá-los-ei neste blog. No fundo, não sou eu quem fica queimado. O Acre mudou, e eu quero mais mudanças. Tenho sonhos e descobri há anos que meus alunos também sonham.