domingo, março 25, 2012

Escola e Cultura

Se educação fosse a prioridade das prioridades para a Frente Popular, a escola seria também um belíssimo espaço cultural.

Mas nada de novo na educação acriana, somente o óbvio se mantém. O trivial.


Deveria haver ótimas salas de cinema em nossas escolas públicas com ótimos acervos de filmes nacionais e internacionais.

Mas cultura nunca foi o forte da Frente Popular. No ano passado, por exemplo, não houve a bienal do livro e muito menos a vinda de grupos teatrais de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minhas Gerais. Para que serve mesmo a Usina de Arte João Donato no governo do Tião?

Estrada e pontes nos darão identidade cultural, não é mesmo, governador? Quando um babaca de São Paulo afirmar na rede social que o Acre não existe, que aqui só mora gente inferior, diremos a ele como defesa que aqui tem ponte, viaduto e sinal de trânsito cronometrado como as cidades grandes, por isso somos desenvolvidos, não é mesmo, prefeitos?

(KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK)

Lugar de identidade regional chama-se   filmoteca, localizada na igual charmosa Biblioteca do Estado.

Raro neste país aluno de escola pública ter acesso a um espaço tão elegante e simples para a formação de jovens. O ambiente também nos educa.

Só lamento haver um só ambiente desse para nossos alunos. Filmotecas deveriam ser edificadas nas escolas.

De forma muito educada, muitos jovens assistiram a uma obra-prima do século 21 segundo Bernardo Bertolucci, um dos maiores cineastas do mundo.

Complexo, chato para alguns estudantes, "Lavoura Arcaica", de Luís Fernando Carvalho, provoca a inteligência por causa de seu estranhamento estético, por causa de ser um filme autoral. Ele faz pensar, muito diferente dos nossos políticos e dos sindicalistas da educação.    


Saída. Uma juventude levanta-se às 7h30 para assistir a um filme  

Sábado, ontem, 24 de março, às 7h45min, saí de casa para eu me encontrar com mais de 120 alunos.

Muitos não estão  nas fotos porque eu não esperei todos saírem da charmosa filmoteca. 


Na saída, uma parte dos 120 alunos. Destaco a educação deles

Há um bom tempo, não passava essa película de Luís Fernando.

Com essa obra, desejo que eles percebam conceitos


importantíssimo para a vida, por exemplo, ordem, prazer, obediência, paixão, lei, desobediência, família, sexo.

No filme, bem diferente do dicionário, a palavra é relação entre indivíduos; é vida na verossimilhança cinematográfica.

No filme, a palavra é exemplo em ação. Em 1990, eu já lecionava com bons filmes. Hoje, após 22 anos, não consigo imaginar aulas de literatura, de história, de filosofia, por exemplo, sem a presença mágica da 7ª Arte.

Sala quase cheia. Oito horas. Minutos depois, poltronas,
todas, ocupadas. Alguns ficaram de pé; outros, sentados
no corredor.   







Bem vestidos, comportaram-se bem. Não houve confusão. 



Alguns acharam o filme "chato", porque,

como as palavras predominam mais que as imagens, estas
passam lentamente. Entender um filme como esse é crucial 
entender as palavras e a relação entre elas.



O filme "
Lavoura Arcaica" é chato, porque não é
Tela Quente.






A escola deve priorizar filmes autorais, os que exigem de

alunos a interpretação, a mensagem implícita, aquela que
o adolescente precisa (des)cobrir.







A próxima película terá conteúdo contrário ao de Luís

Fernando Carvalho. Vinculada aos valores do naturalismo,
eles assistirão a "Amarelo Manga", em 26 de maio,


     


na charmosa filmoteca.



Se Deus permitir, a gente se encontra lá.



No Rio de Janeiro, em locais com sala de cinema, há também livrarias.


Compra-se o livro e páginas são vistas em forma de filme.


Depois, professores de literatura e de filosofia, por exemplo, debatem com os cinéfilos sobre o que foi visto.


Em abril, na escola, o  mesmo filme será analisado por mim.


Algumas cenas serão congeladas para o aluno perceber as palavras que compõem as imagens.

Que coisa feia!

Embora tenha sido beneficiado pela lei, sua condição de senador é ilegítima, porque não recebeu um voto sequer da população. O cidadão comum não o legitimou.


Seu mandato, portanto, é um tiro à queima-roupa contra a democracia. Que coisa feia! 


Proponha, senador, uma lei que não admitirá suplentes como o senhor e outra que não aceitará pensão para ex-governadores.


Entretanto, Aníbal propõe o mesmo plebiscito. O cara gosta de gastar dinheiro público e gosta de perder pela segunda vez.


Aproveite as mordomias do poder, senador, porque a população jamais votará em papagaio de eleição.

Não digo como petista, mas, como evangélico, o senhor deveria levantar a voz da justiça -pensão para ex-governador não é justo.

Será que isso é justo aos olhos de Deus, senador?