segunda-feira, outubro 02, 2006

Doze anos de PT

Redação da TRIBUNA, domingo, 16h26min. À espera dos textos que serão publicados na segunda-feira (hoje), não consulto búzios e nem cartas para saber que Binho Marques, do PT, será – e é – governador do Acre. PT por mais quatro anos.
Com a oposição que Deus nos deu (obrigado, Senhor!), não há a mínima necessidade de búzios ou de cartas. O tempo presente, por si, é profético. Um tempo erguido desde que Jorge Viana deixou seu oráculo na Prefeitura de Rio Branco, projetando Binho Marques para o futuro. Esse, portanto, um dos erros da oposição: ela não sabe conjugar o verbo politizar no futuro do presente.
Nestas eleições, os adversários se perderam com denúncias incomprovadas. Se, em Rondônia, a Polícia Federal pega e prende; se, em São Paulo, a Polícia Federal pega e prende alguns petistas que deformam o partido, a oposição acreana não vê o mesmo aqui.
A oposição só aprende a contar: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 anos de governo petista. E, caso seja reprovada nas próximas eleições, a dança dos números continuará: 13, 14, 15, 16 anos. O tempo, para alguns, não ensina - humilha.
Pelos quatro anos que hão de vir, o governo do Partido dos Trabalhadores - tenho certeza! - buscará edificar o melhor, o mais elaborado, porque está em curso o que não pode retroceder, por exemplo, a educação.
Qualificar o ensino de língua portuguesa e de matemática representa, antes, tornar visível o que ocorre entre as quatro paredes da sala de aula para que possamos vê-la com seus limites e com seus erros.
A sala, como bem disse a secretária de Educação, a professora Maria Correa, é uma “caixa-preta”. O atual governo precisará abrir essa caixa, isto é, precisará saber não só o que é lecionado em sala, mas como é lecionado. A sala necessita ser exposta.
Para tanto, o PT dos próximos quatro anos deverá promover uma nova gestão, uma nova estrutura escolar, porque só os conselhos escolares não darão respostas a um ensino que deseja ser qualitativo.
À medida que isso ocorra, à medida que outras transformações surjam, restará à oposição catar no tempo as migalhas de sua própria história; sobrar-lhe-á tão-somente a dança dos números: 12, 13, 14, 15, 16 anos de governo petista, no mínimo.